[GTER] RES: RES: ENC: ALERTA: Apagão na internet

Tukso Antartiko tukso.antartiko at gmail.com
Wed Aug 15 16:37:02 -03 2007


On 8/15/07, João Carlos Mendes Luís <jonny at jonny.eng.br> wrote:
...
> > No geral eu diria que isso é ruim. Em lugares onde a internet para o
> > usuário final tem menor preço/maior quantidade (Holanda,  Inglaterra,
> > Coréia, ...) o provedor da last-mile é independente do que provê a
> > conexão à Internet. Nos lugares onde a conexão é mais atrasada
> > (maioria das cidades do EUA, Brasil) o provedor de last-mile é o mesmo
> > que provê acesso internet. A exceção é a França, mas lá existe uma
> > concorrência agressiva entre dois provedores ADSL.
> >
> > Quando o usuário contrata os dois acessos juntos a percepção de
> > custo/qualidade se esvai.
> >
> > O usuário e muitas vezes nem o provedor sabem o que é custo de
> > last-mile e o que é custo do acesso à internet. Isto dá margem para o
> > provedor fazer jogo duplo, para os consumidores o que onera é a
> > conexão da internet, para os produtores o que mais impacta no custo é
> > o last-mile.
> >
> > O usuário também não sabe dizer onde está o problema na qualidade,
> > pois não pode isolar os dois fatores, e por este mesmo motivo também
> > não pode solucioná-lo facilmente.
> >
>
> Acho que a decisão sobre ser bom ou ruim está em quem tem resultado
> melhor: A multiplexação de vários usuários num unico provedor, ou a
> concorrência entre provedores para reduzir o preço.

Não vejo uma situação onde o provedor de Internet separado do
last-mile não seja melhor.

Sempre haverá opções de escolha do provedor de internet.

Pode acontecer do usuário não ter concorrência no last-mile, na mesma
probabilidade que existe hoje, mas mesmo nestes casos o usuário está
contratando um serviço específico (acesso de last-mile), de mais fácil
controle (preço/qualidade) pelos órgãos reguladores e por ele próprio.

Do ponto de vista geral, mesmo que o custo seja o mesmo ainda seria
melhor pois hoje os provedores de internet casada são intermediários
que impedem o acesso dos produtores até os consumidores. Com a
justificativa que o last-mile seria caro estes provedores cobram duas
vezes pelo mesmo serviço (last-mile) ou estabelecem preços proibitivos
quando querem impedir o acesso de determinado produtor.

>
> Infelizmente, o last mile de ADSL, pelo menos no que se refere a cobre,
> não vai ter concorrência tão cedo...  Talvez, se o WiMax funcionar de
> verdade, quem sabe?

Pode-se buscar soluções econômicas, tecnológicas ou políticas. Um país
como o Brasil não tem dinheiro para investir duas vezes no mesmo
serviço. Para que WiMax onde a densidade populacional é boa e já
existe ADSL? Falta vontade política para fazer cumprir a lei.

(...)
> > Quanto ao aluguel da rede metálica/ADSL da operadora local, isto
> > existe em alguns locais mas com várias limitações (preço, capacidade,
> > dificuldades) da companhia local.
> >
>
> No Brasil?
>

Acho que toda companhia telefônica tem isso, deve ser alguma obrigação
da Anatel. Mas o derespeito é o mesmo para as demais leis. As
operadoras fingem que cumprem e a Anatel finge que fiscaliza.

Para determinada operadora o aluguel do ADSL puro é mais caro do que o
valor da  mensalidade de internet casada que a mesma operadora cobra
do usuário comum, como justificativa a operadora diz que o preço da
internet casada é promocional, embora ninguém nunca tenha pago o preço
de tabela.

Mesma situação que acontece nos acordos de interconexão, o preço por
megabit em uma conexão de 100Mb, de tráfego parcial, comprada
diretamente no DC da operadora é quase o mesmo preço que uma conexão
de 1Mb, de tráfego global, entregue na sua porta.



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