[MASOCH-L] Tribunal de Contas do Ceará fracassa e abandona Softlivre

Tukso Antartiko tukso.antartiko at gmail.com
Wed Aug 8 23:01:26 -03 2007


>3 . Finaceiramente falando temos; 184 maquinas, fazendo as contas levando em
>consideração os preços locais (Fortaleza-Ce):
>
>    windows = em torno de R$  600,00
>    Office =                       R$ 1000,00     só os clientes
>    Anti-vírus =                  R$ 80,00

Tenho que discordar, um windows profissional OEM custa cerca de 200R$.
Se duvida faça um orçamento de um PC com e sem windows.

Para quê comprar uma licença completa se nunca usará o suporte
(call-center)? Trocar o computador todo ano também não é algo comum
para justificar comprar a licença separada do hardware.

Considerando o salário médio do trabalhador brasileiro de 1056R$,
encargos sociais de 102%, o preço do Windows equivale a dois dias de
trabalho, que na vida útil de 3 anos do computador, o gasto em windows
será de 0,27% do custo de mão de obra deste trabalhador ou 1min17s por
dia de trabalho.

É bem provável que a média salarial da sua empresa seja maior,
portanto o impacto financeiro será menor ainda.

Não instalando Windows o usuário fica impossibilitado de executar uma
série de programas, não só os pagos mas também gratuitos e livres que
funcionam apenas neste SO. Depender do Wine nem sempre funciona,
diminui o desempenho, aumenta os bugs e dificulta a instalação.

Diminuindo o número de softwares disponíveis para o usuário diminui
também a probabilidade dele utilizar aquele mais produtivo ou, na
ausência de alternativas, qualquer um.

O argumento, citado por alguns, de evitar que o usuário instale
softwares por conta própria, limita a criatividade e vai contra os
princípios do software livre, se for este o caso seria melhor chamar
de software grátis.

Não sou contra o software livre, mas um grande número dos seus
defensores assumem muito mais a postura anti- do que uma postura pró.
Ficam brigando para não instalar Windows de 200R$ ao invés de tentar
criar/melhorar softwares livres cujos equivalentes custam (mesmo)
milhares de reais. Impõem restrições aos usuários com argumentos pouco
convincentes ao invés de tentar convencer pela inovação e
produtividade.

Quanto ao MS Office, a versão OEM custa uns 350R$, eu acho um
desperdício enorme instalar visto que as funcionalidades essenciais
existem no Br ffice. Mas uma empresa com mais de dois mil funcionários
que tentou fazer a migração, não mudou por uma incompatibilidade boba
no BrOffice com outro sistema proprietário daquela empresa (muito mais
caro e complexo). Para dar um exemplo da postura anti- os mesmos que
exigiam fervorosamente a mudança ficaram calados quando o assunto foi
alterar (dar suporte) ao BrOffice se limitando em adotar a mesma
postura anti- em relação ao outro software que nem possui equivalente
livre.

Para o usuário doméstico, que produz pouco ou nenhum valor, todos os
custos são realmente apenas custos, ainda mais altos para aqueles com
pouco poder aquisitivo. Mas neste caso o maior "inimigo" do Software
Livre são as cópias ilegais, vulgo pirataria, que ninguém combate com
medo de arriscar a popularidade ou realmente não se importa em
combatê-la.



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