[MASOCH-L] Tribunal de Contas do Ceará fracassa e abandona Softlivre
Pedro R3 Junior
pr3j at pobox.com
Mon Aug 6 23:40:49 -03 2007
Apenas para acrescentar uma outra dimensão ao tema, onde diga-se de
passagem eu concordo com o Lao.
Minha grande restrição é ao uso de "padrões proprietários" em orgãos
governamentais. As informações disponibilizada pelo governo devem ser
democráticas, isto é, devem pode ser utilizadas por todos, e não somente
por aqueles dispostos a comprar este ou aquele software proprietário.
Então, uma discussão muito mais importante, na minha opinião, é a
utilização de "padrões livres" para as informações oferecidas pelo
governo na rede. É inconcebível que certos órgãos ainda exijam o uso de
um browser específico (seja ele qual for) ou entregue documentos que
necessitem a compra de um software proprietário para serem lidos
corretamente.
Quando a questão é governo, free standards é mais importante que
free software.
PR3J
Lao DanTong wrote:
> On Mon, 6 Aug 2007, Guilherme H. S. Ostrock wrote:
>
>
>> A primeira a ser defendida dee ser a de escolha entre o software
>> proprietário ou o livre, caso contrário teriamos uma ditadura tecnocrata.
>>
>
> note que o livre do conceito de software livre é "free as in freedom not
> as in free beer", e isso significa liberdade para programadores exercerem
> seu ofício sem a tirania da propriedade intelectual. isso não tem nada a
> ver com escolhas feitas pela direção de uma corporação. se ela ela escolhe
> errado (e eu acho que a nova direção do TCCe escolheu errado, ms duvido
> que lá alguém vai programar alguma coisa, de modo que essa escolha é meio
> irrelevante) que se entenda depois com quem tem que prestar contas.
>
> repito: a politização que se tem feito do software livre tem sido
> extremamente contraproducente, tiro saindo pela culatra. para vender a
> idéia de software livre tem que se mostrar:
> 1. as vantagens da existência de uma comunidade de suporte ou mesmo de
> contratos de suporte (Free not as in free beer) sobre os esquemas
> proprietários;
> 2. questões estratégicas como o domínio da tecnologia. Uma historinha
> interessante: há alguns anos um fabricante de elevadores no japão decidiu
> usar Linux em sua linha de controladores inteligentes. a explicação do
> diretor de planejamento estratégico foi que eles mantinham elevadores que
> foram fabricados no século XIX, portanto a perspectiva de vida de seus
> equipamentos podia exceder cem anos, tempo em que o software proprietário
> certamente não seria mais suportado, se é que o fabricante ainda
> existisse. Com o software livre a coisa mais difícil seria os engenheiros
> do próximo século terem que aprender uma antiga linguagem de programação
> aonhecida como C. Difícil, mas difícil é bem melhor que impossível,
> ponderou o diretor.
> 3. custo total, incluíndo todo o tempo perdido com vírus e anti-vírus e
> essa porcariada toda.
> Colocando essas questões na ponta do lápis haverá situações em que
> software livre se sai melhor, outras favoráveis a soluções (detesto esta
> palavra, para mim solução é coisa de químico) proprietárias e outras ainda
> favoráveis a esquemas híbridos. tudo tem que ser adequado à missão da
> corporação (no caso do tribunal de contas esta é achar pelo em ovo das
> contas do governo), aos usuários, etc. Só que eu nunca vi alguém fazer
> este tipo de estudo para valer para decidir compra de qualquer coisa. É
> tudo na base da influência de marketing ou de ideologia.
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