[MASOCH-L] Tribunal de Contas do Ceará fracassa e abandona Softlivre

Lao DanTong danton at inexo.com.br
Mon Aug 6 22:18:06 BRT 2007


On Mon, 6 Aug 2007, Guilherme H. S. Ostrock wrote:

> A primeira a ser defendida dee ser a de escolha entre o software
> proprietário ou o livre, caso contrário teriamos uma ditadura tecnocrata.

note que o livre do conceito de software livre é "free as in freedom not 
as in free beer", e isso significa liberdade para programadores exercerem 
seu ofício sem a tirania da propriedade intelectual. isso não tem nada a 
ver com escolhas feitas pela direção de uma corporação. se ela ela escolhe 
errado (e eu acho que a nova direção do TCCe escolheu errado, ms duvido 
que lá alguém vai programar alguma coisa, de modo que essa escolha é meio 
irrelevante) que se entenda depois com quem tem que prestar contas.

repito: a politização que se tem feito do software livre tem sido 
extremamente contraproducente, tiro saindo pela culatra. para vender a 
idéia de software livre tem que se mostrar:
1. as vantagens da existência de uma comunidade de suporte ou mesmo de 
contratos de suporte (Free not as in free beer) sobre os esquemas 
proprietários;
2. questões estratégicas como o domínio da tecnologia. Uma historinha 
interessante: há alguns anos um fabricante de elevadores no japão decidiu 
usar Linux em sua linha de controladores inteligentes. a explicação do 
diretor de planejamento estratégico foi que eles mantinham elevadores que 
foram fabricados no século XIX, portanto a perspectiva de vida de seus 
equipamentos podia exceder cem anos, tempo em que o software proprietário 
certamente não seria mais suportado, se é que o fabricante ainda 
existisse. Com o software livre a coisa mais difícil seria os engenheiros 
do próximo século terem que aprender uma antiga linguagem de programação 
aonhecida como C. Difícil, mas difícil é bem melhor que impossível, 
ponderou o diretor.
3. custo total, incluíndo todo o tempo perdido com vírus e anti-vírus e 
essa porcariada toda.
Colocando essas questões na ponta do lápis haverá situações em que 
software livre se sai melhor, outras favoráveis a soluções (detesto esta 
palavra, para mim solução é coisa de químico) proprietárias e outras ainda 
favoráveis a esquemas híbridos. tudo tem que ser adequado à missão da 
corporação (no caso do tribunal de contas esta é achar pelo em ovo das 
contas do governo), aos usuários, etc. Só que eu nunca vi alguém fazer 
este tipo de estudo para valer para decidir compra de qualquer coisa. É 
tudo na base da influência de marketing ou de ideologia.



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