[GTER] Latencia: Brasil x Europa
Fernando Frediani
fhfrediani at gmail.com
Tue Apr 24 17:55:28 -03 2018
Essa opção de chegar na Europa através dos cabos SACS + WACS é sem
dúvida uma opção a se considerar. Porém tem um detalhe bastante
importante que eu levaria em conta:
O cabo WACS já é um cabo que já está a algum tempo no mercado
(inaugurado em 2012) e é um dos principais cabos (senão o principal) que
liga o continente Africano à Europa então quem vende ele não está
desesperado por vender barato ou fazendo promoção.
Por isso quem vier desde o Brasil através do cabo SACS precisará
contratar capacidade nele e também no WACS para chegar a Europa (2
contratações independentes) e eu suspeito que isso certamente custaria
significativamente mais por Mega do que em um cabo direto para a Europa.
Usar o SACS para chegar à Africa e dali para Ásia pode até ser algo
interessante no futuro, mas para Europa eu acho que essa conta não fecha
nem financeiramente nem por latência quando comparado com um possível
cabo direto.
Fernando
On 24/04/2018 12:35, Rogerio Mariano wrote:
> Dois pontos precisam ser considerados nessa equação America do Sul x Africa
> x Europa...
>
> 1) Os países mais desenvolvidos em termos de interconexão na Africa são
> Africa do Sul e Angola, ou seja, são países mais ao sul e existe uma boa
> distancia de ambos até a Europa, o que deve melhorar muito com a
> implantação do cabo submarino WACS (https://wacscable.com/aboutus.jsp e
> https://en.wikipedia.org/wiki/West_Africa_Cable_System) que liga Africa x
> Europa. Então esse calculo de RTT e latência precisa entrar na conta da
> equação, partindo da premissa que os conteúdos ainda estão na Europa
> (exceto a Microsoft que já está também na Africa).
>
> OBS: Isso também estimula o crescimento dos IXPs/PTTs locais, a Africa hoje
> já conta com 72 IXPs/PTTs (vide diretório da PCH por região:
> https://www.pch.net/ixp/dir)
>
>
> 2) Com o advento dos cabos SACS e WACS uma outra turma de conteúdo se
> animou, que são as WeiBATs (Weibo, Baidu, Alibaba e Tencent) chinesas que
> de uma forma geopolítica tem bons negócios na Africa e com a facilidade de
> Interconexão começam a expandir e pensar em America do Sul (isso foi bem
> latente em conversa de corredor no ultimo Global Peering Forum em Seattle
> na semana passada).
>
> No final eu penso que o saldo pode ser muito positivo para a nossa região.
>
>
> Saudações,
>
> RMS
>
>
>
>
>
>
> Em 24 de abril de 2018 10:52, Fred Pedrisa <pedrisa at hyperfilter.com>
> escreveu:
>
>> Bom, se pensar por esse lado sim, mas também, alguma coisa tem que
>> melhorar, pois ao invés do cabo fazer um L agora vai ir praticamente em I,
>> então que fica mais curto o caminho, fica, e fica bastante...
>>
>>
>>
>> On 24/04/2018 10:37, Rafael Cresci wrote:
>>
>>> A latência de 200ms é comum sim, tanto pra lá quanto pra Los Angeles.
>>> A diferença é que o trafego entre LON/AMX/o resto pode estar
>>> congestionado e estes numeros subirem a 400ms facilmente no meio do pico do
>>> dia…
>>> O cabo direto ajuda a mitigar gargalos criados dentro dos EUA ou nos IX
>>> principais, dando um segundo caminho.
>>>
>>> Além do mais, um cabo que nãp passa dentro do domínio da NSA e do MI6 é
>>> interessante...
>>>
>>> On 24 Apr 2018, at 15:31, Fred Pedrisa <pedrisa at hyperfilter.com> wrote:
>>>> Olá, Rafael.
>>>>
>>>> Se forem esses os números, nem compensa fazer o cabo, pois hoje eu tenho
>>>> 190ms de latencia em SP direto para Amsterdam. Aí, pode jogar a fibra fora
>>>> então. :D
>>>>
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