[GTER] RES: Petição para Internet sem Limite de Trafego.
Felipe Trevisan
fetrevisan at gmail.com
Sun Jan 15 19:51:02 -02 2017
O que eu não entendo é porque ter todo esse trabalho, se está comprovado
que apenas 2% ou 5% dos usuários ultrapassam as supostas franquias. Que
aliás são criadas aleatoriamente (não vi nenhum método científico para
calculá-las)
E desses que ultrapassam, estão todos compartilhando com vizinhos.
E em todos os contratos é previsto que podem interromper o serviço de quem
compartilha.
Ou seja, para coibir compartilhamento, as ferramentas já implantadas,
funcionariam.
Vejam o tamanho do overhead criado nas redes, nos nocs, em sistemas,
equipamentos etc, somente para identificar um punhado de assinantes, que
com a conta bem feita, seriam assimilados, digeridos e esquecidos.
Aposto que se fizerem a conta, fica mais caro controlar os 5% que usam a
mais do que tocar a vida focando em atender bem os outros 95%.
On Jan 15, 2017 7:00 PM, "Tiago SR" <listas at tiagosr.com> wrote:
> Ah, e esqueci de falar: operadoras só puderam tomar a mais sacana de todas
> atitudes em relação a franquias no acesso móvel porque elas não possuem
> concorrência alguma e operam em cartel. No acesso fixo a situação é bem
> diferente: um deslize delas e podem ter sua dominação ameaçada.
>
> Falando em concorrência, essa questão de ter apenas 1 ou 2 empresas em uma
> cidade não é um ponto muito forte contra franquias. Esses casos somente
> devem ocorrer em cidades pequenas no interior, sendo assim:
>
> - Quando as únicas empresas forem operadoras, duvido muito que elas vão
> ter políticas de limite de tráfego exclusivas para essas cidades. A análise
> mais sensata da concorrência é, no meu ver, uma generalizada, que considere
> operadoras vs. todos provedores no país. Então nessas cidades com apenas as
> operadoras, a política adotada deve ser a mesma das outras, que considera
> que se o limite de tráfego for muito absurdo, a operadora vai perder
> clientes pra provedores locais e regionais. Alguém acha que empresas
> grandes, de nível nacional, fariam decisões tão localizadas assim? (não é
> pergunta retórica)
>
> - Quando as únicas empresas forem provedores, se forem mais de 1 eu já
> duvido da formação de um cartel para aplicarem limites combinados, uma vez
> que para tudo empresários desse setor são desunidos e enxergam no
> concorrente um inimigo. Para todos demais casos, há sempre a regra de que a
> demanda gera a oferta, então se uma cidade inteira está descontente, é
> esperado vir uma nova opção atender melhor as demandas. Isso se aplica até
> mesmo no outro caso, onde há apenas operadoras, onde provedores podem
> entrar para aproveitar a falha delas.
>
> ---- On Sun, 15 Jan 2017 18:37:06 -0200 Tiago SR <listas at tiagosr.com>
> wrote ----
> > Kurt,
> >
> > Nunca ouvi falar na Level 3, NTT, GTT, Comcast, Cogent ou qualquer
> outra vendendo trânsito ou transporte limitado por tráfego nos países onde
> franquias são adotadas livremente no mercado de acesso à Internet. E não
> são poucos países... O exemplo estrangeiro mostra que não vai ocorrer essa
> previsão sua e de outros por aí.
> >
> > Engano seu achar que o objetivo das franquias é fazer cada consumidor
> gastar mais, como operadoras fazem no acesso móvel. Franquia gera uma
> redução artificial no perfil de consumo dos assinantes, possibilitando um
> aumento na taxa de compartilhamento. Uma maior taxa de compartilhamento dá
> várias possibilidades à empresa: atender mais clientes, reduzir o preço dos
> planos ou ofertar planos com mais banda por preços razoáveis, uma vez que a
> maior taxa de compartilhamento proporciona menor custo por megabit por
> segundo na oferta ao consumidor final, aumentar a margem de lucro, etc.
> >
> > Duas considerações:
> > 1) atender mais clientes ou ofertar planos de mais banda através da
> implantação de franquia, ao invés de investimento em infraestrutura e
> fornecedores, nem sempre é pura sacanagem das empresas. Há casos e regiões
> em que esse investimento simplesmente é inviável, como no Norte do país e
> no interior de vários estados, além de locais com concorrência desleal de
> operadoras. Note que no meio dessas empresas estão também pequenos e médios
> provedores, não queria nivelar as coisas pelas grandes. As operadoras são a
> exceção, não a regra. São mais de 5.000 provedores autorizados contra 4 ou
> 5 operadoras, sendo que provedores, embora com apenas cerca de 2,8 milhões
> de assinantes (http://www.telesintese.com.br/banda-larga-2/), cobrem mais
> de 74% das cidades (esse é um número de 2008, hoje já deve ser mais:
> http://www.teleco.com.br/blarga_pprov.asp), ao contrário das grandes que
> focam apenas nos grandes centros. Além disso, não é todo mundo que consegue
> favorecimento suspeito do Estado para ter dinheiro à vontade, somente as
> operadoras mesmo.
> >
> > 2) aumentar margem de lucro não significa propriamente mais dinheiro no
> bolso dos empresários. Mais lucro é também ter mais recursos para
> investimentos. Investimentos esses que podem futuramente até dispensar o
> uso de franquias para manter os patamares de preço, quantidade de
> assinantes e bandas ofertadas. Por isso vejo limitar o tráfego como uma
> medida temporária, como uma ponte para que empresas em situações pouco
> favoráveis consigam se adaptar para as demandas emergentes do mercado.
> >
> > Note que para tudo isso que eu falei, não é preciso adotar limites
> absurdos como os das operadoras (que acredito que aumentariam com a demanda
> do mercado, assim como é nos outros países), até porque isso seria
> prejudicial. E não duvido que empresas com experiência nesse modelo em
> outros países já tenham encontrado alguma solução para gerar confiança
> nessas medições de consumo.
> >
> > ---- On Sun, 15 Jan 2017 13:43:02 -0200 Kurt Kraut <
> listas at kurtkraut.net> wrote ----
> > > Aos senhores que trabalham e/ou possuem ISPs e estão defendendo o
> limite
> > > por franquia,
> > >
> > >
> > > Vocês acham que seus fornecedores ficarão de braços cruzados vendo
> vocês
> > > artificialmente elevarem o custo do que vocês compram deles e
> revendem ao
> > > cliente final? Eles vão querer fazer parte da dança também. Pense com
> > > carinho como seria se seu fornecedor de trânsito, seu fornecedor de
> > > transporte até o IX.br de São Paulo e seu fornecedor de cross connect
> > > passasse a cobrar por **além da velocidade** do circuito como hoje já
> > > cobram, um custo pelo GB trafegado, exatamente assim como você
> deseja fazer
> > > com seus clientes.
> > >
> > > Acha mesmo que há espaço para os dois modelos coexistirem? Você tem
> mais de
> > > 2 opções de trânsito IP na sua cidade? Mais de 2 opções de
> transporte até o
> > > IX.br? E se os 2 fornecedores da sua cidade resolverem cobrar por
> franquia
> > > trânsito/transporte?
> > >
> > > Não tenham a ilusão que seu cliente que paga hoje R$80, por conta da
> > > franquia passará a pagar R$120. Quando acabar os R$80, ele vai ficar
> sem
> > > internet mesmo. Visitei em 2016 um desses ISPs que pegou frequência
> > > licenciada para vender acesso LTE fixo. Era final do mês e o uso do
> > > trânsito deles não passava de 30% da capacidade instalada. Quando
> perguntei
> > > o porquê recebi a seguinte resposta:
> > >
> > > - "Está em final de mês, pessoal está sem grana para comprar tráfego
> e
> > > voltar a navegar."
> > >
> > > As famílias e empresas não pagarão mais pelo serviço, vão fazer é
> > > racionamento do uso do serviço. E vão aprender conviver mais sem
> utilizar a
> > > internet. Vão voltar a usar televendas (telefone) em detrimento do
> > > e-commerce, para dar somente um exemplo.
> > >
> > > Você já não tem enorme desgaste com seus clientes dizendo que a
> velocidade
> > > do SpeedTest não bate, que você não está entregando a velocidade
> > > contratada? Está pronto com um batalhão de atendentes para além de
> > > responder questionamentos de velocidade, passar a ter contestação de
> fatura
> > > de cliente que diz ter trafegou 48GB enquanto sua fatura veio 50GB?
> Estão
> > > prontos para esse caos?
> > >
> > >
> > > Tem certeza que isso seria bom para o nosso mercado? Tomem cuidado,
> pois ao
> > > cobrar seus clientes por tráfego, vocês estão furando o casco do
> navio em
> > > que todos nós estamos.
> > >
> > >
> > > Abraços,
> > >
> > >
> > > Kurt Kraut
> > >
> > > Em 14 de janeiro de 2017 23:09, Andrio Prestes Jasper <
> mascaraapj at gmail.com>
> > > escreveu:
> > >
> > > > O mal do Brasil são os próprios Brasileiros.
> > > > Acostumados a pão e circo, exigem internet de graça, fazem grandes
> > > > mobilizações, mas viram a cara para os Serviços realmente Básicos,
> viram a
> > > > cara para o que realmente importa.
> > > > Vocês ja viram qto vcs pagam de imposto na energia? nos remédios?
> nos
> > > > alimentos?
> > > >
> > > > Em 14 de janeiro de 2017 20:04, Fernando Frediani <
> fhfrediani at gmail.com>
> > > > escreveu:
> > > >
> > > > > Certamente, vamos deixar o consumidor escolher entre os vários 2
> > > > provedores
> > > > > disponíveis em muitas regiões inclusive de cidades grandes.
> Certamente as
> > > > > franquias vão "aquecer" e dar uma "alavancada" no mercado.
> > > > >
> > > > > Dollynho me falou e eu acreditei.
> > > > >
> > > > > Fernando
> > > > >
> > > > > On 14 Jan 2017 12:03, "Raul Olive" <raul at novonet.com.br> wrote:
> > > > >
> > > > > > Tambem concordo com o amigo que disse para escolher a internet
> que
> > > > > quiser.
> > > > > >
> > > > > > Um ponto muito bom nisso vai ser a extinção do gatonet, esse
> sim
> > > > deturpa
> > > > > > muito o mercado dos provedores sérios.
> > > > > >
> > > > > > --
> > > > > >
> > > > > > Atenciosamente,
> > > > > > Raul Olive Eler
> > > > > > raul at novonet.com.br
> > > > > > CEO Novonet
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > > “AVISO DE CONDIFENCIALIDADE: A presente mensagem, suas
> continuações,
> > > > > > antecedentes e seus eventuais anexos são de uso privativo e
> exclusivo
> > > > de
> > > > > > pessoas físicas e/ou jurídicas, entidades e órgãos autorizados
> por
> > > > Acesse
> > > > > > Fácil Telecomunicações LTDA e podem conter informações
> confidenciais
> > > > e/ou
> > > > > > privilegiadas. Fica terminantemente vedado copiar, mostrar,
> modificar,
> > > > > > divulgar ou se beneficiar, mediata ou imediatamente, direta ou
> > > > > > indiretamente, destas informações sem a autorização de seus
> criadores e
> > > > > > autores. Caso este e-mail tenha sido recebido por engano, por
> obséquio,
> > > > > > informe o remetente e apague/delete a mensagem imediatamente.
> Acesse
> > > > > Fácil
> > > > > > Telecomunicações LTDA terá e se valerá do direito de pleitear
> reparação
> > > > > > material, moral e de todas as ordens e níveis pelos danos
> causados pela
> > > > > > utilização indevida das informações e de requisitar a
> aplicação das
> > > > > > penalidades cabíveis e previstas na legislação brasileira
> vigente.”
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > > -----Mensagem original-----
> > > > > > De: gter [mailto:gter-bounces at eng.registro.br] Em nome de
> Israel Ramos
> > > > > > Enviada em: sexta-feira, 13 de janeiro de 2017 12:05
> > > > > > Para: Grupo de Trabalho de Engenharia e Operacao de Redes
> > > > > > Assunto: Re: [GTER] Petição para Internet sem Limite de
> Trafego.
> > > > > >
> > > > > > Leandro,
> > > > > >
> > > > > > Entre Brasil e Irlanda, eu prefiro o Brasil. Tanto é que
> voltei pra cá.
> > > > > > O que relatei são fatos reais e não estou querendo comparar
> países.
> > > > Seria
> > > > > > muita ingenuidade querer fazer comparações desta maneira.
> > > > > > Os fatos que relatei foram para mostrar que é tecnicamente
> possível
> > > > > > atender em escala clientes sem impor limites de trafego e
> ainda lucrar.
> > > > > >
> > > > > > A questão que gostaria de trazer pra mesa é a de que não se
> resolve
> > > > > > problemas técnicos na base da "canetada". Isso é ilusão!
> > > > > > Se a qualidade de serviços estivesse proporcionalmente ligada a
> > > > > quantidade
> > > > > > de leis/regras impostas nós teríamos aqui no Brasil a melhor
> rede de
> > > > > > telecomunicações do mundo.
> > > > > >
> > > > > > Acredito que devemos olhar para o problema por uma outra
> perspectiva.
> > > > > > Nivelar por baixo ou criar limitações ridículas só estimula a
> > > > degradação
> > > > > > dos mercados.
> > > > > >
> > > > > > Se as operadoras estão com dificuldades de entregar serviços
> com
> > > > > > qualidade, então que invistam mais em infraestrutura ou
> limitem as
> > > > > vendas.
> > > > > > É simplesmente business e não política! Quem investe mais
> lucra mais.
> > > > > >
> > > > > > Criar regras para legalizar a venda de "gato por lebre" não
> vai ser
> > > > > > benéfico pra nenhum mercado.
> > > > > >
> > > > > > As agências reguladoras deveriam estar focadas em outros
> aspectos de
> > > > > > regulação, como por exemplo esse lance do aluguel de postes
> que virou
> > > > > > piada. Deveriam estar focadas em questões de concessão para
> estimular o
> > > > > > concorrência e diminuir o oligopólio. Na minha opinião essas
> são
> > > > questões
> > > > > > muito mais sérias e impactantes.
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > >
> > > > > > On Fri, 13 Jan 2017 at 11:26 Leandro Carlos Rodrigues <
> > > > > > leandro at allchemistry.com.br> wrote:
> > > > > >
> > > > > > > Em 13/01/2017 10:48, Israel Ramos escreveu:
> > > > > > > > Gostaria de deixar aqui um relato pessoal,
> > > > > > > >
> > > > > > > > Morei da Irlanda durante o ano de 2015. Lá eu contratei um
> plano de
> > > > > > > > banda larga fixa residencial de 100Mb/s sem limite algum de
> > > > > > > > franquia. Pagava 50 euros mensais.
> > > > > > > > No Smartphone eu utilizava um plano 4G pré pago SEM LIMITE
> de
> > > > > > > > tráfego ou banda. Cada recarga custava 20 euros e me dava
> direito
> > > > de
> > > > > > > > utilizar o serviços sem qualquer limite durante 30 dias em
> qualquer
> > > > > > lugar do país.
> > > > > > > > Minutos de ligações só eram cobrados caso fossem para
> outras
> > > > > > > > operadoras
> > > > > > > ou
> > > > > > > > para fora do país, custando poucos centavos por minuto e
> que eram
> > > > > > > > descontados do valor da recarga. Caso os 20 euros acabasse
> antes
> > > > dos
> > > > > > > > 30 dias (coisa que nunca aconteceu comigo), eu ficava
> somente
> > > > > > > > impedido de realizar ligações para outras operadoras. O
> trafego de
> > > > > > > > dados e ligações dentro da operadora eram livres e válidos
> até o
> > > > > > termino dos 30 dias.
> > > > > > > > Os serviços eram cobrados por período. Ou seja, pague X e
> utilize
> > > > de
> > > > > > > forma
> > > > > > > > ilimitada durante X dias.
> > > > > > > > A qualidade era excepcional, muito estável, velocidade
> > > > indiscutível,
> > > > > > > > a cobertura era de se espantar. Era 4G 100% do tempo em
> qualquer
> > > > > lugar.
> > > > > > > Usava
> > > > > > > > Netflix, Youtube, Spotfy sem qualquer problema pelo 4G sem
> > > > > > > > interrupção durante a ida e volta trabalho.
> > > > > > > > A briga entre as operadoras era baseada em quem conseguia
> entregar
> > > > o
> > > > > > > melhor
> > > > > > > > preço e em alguns casos alguns serviços especiais como por
> exemplo,
> > > > > > > > uma
> > > > > > > das
> > > > > > > > operadoras oferecia ligações internacionais a 1
> centavo/minuto,
> > > > > > > > outra operadora oferecia descontos no cinema, outra
> oferecia
> > > > > > > > desconto na compra de aparelho e etc. Entregar qualidade
> de rede e
> > > > > > > > cobertura era obrigação minima da operadora.
> > > > > > > >
> > > > > > > > Voltando ao caso "BRASIL", será mesmo que limitar o
> consumo dos
> > > > > > > > usuários iria aumentar a qualidade dos serviços? 1 minuto
> de
> > > > > > > > silêncio para refletirmos sobre a resposta...
> > > > > > >
> > > > > > > Nossa, chega de Brasil gente. Esse país aqui não tem mais
> jeito não.
> > > > > > >
> > > > > > >
> > > > > > > https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndice_de_Liberdade_Econ%
> > > > C3%B4mica
> > > > > > >
> > > > > > >
> > > > > > > Bora lá morar na Irlanda galera. Já estou arrumando as malas
> aqui.
> > > > > > > rsss
> > > > > > >
> > > > > > > --
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> > > > Andrio Prestes Jasper
> > > > Skype: andriopj
> > > > LinkedIn <https://www.linkedin.com/in/andrio-prestes-jasper-
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> > > > Celular: (65) 9320.3170 / 8444.0040
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