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Mon Feb 27 10:13:46 -03 2017


Pergunta.

Se vc vai na padaria e solicita 20 paẽs, e a atendente fala, olha vc só vai
levar 10, pq vc come demais e eu preciso fornecer para outros clientes.(vc
vai ficar puto), é a mesma coisa dos heavy-users, se o cara contratou o
plano que assim seja.
Acho que esta idéia de limitar ou fazer qq coisa para reduzir ou cortar a
conexão, é uma discussão muito complexa e assim. Eu não gostaria de ter
minha velocidade baixada porquê uso ela demais, já que contratei o plano X
ou Y.

qtos clientes normais x heavy-users temos na rede? acho que fica no tipo
10:1. IDK.

Em 26 de fevereiro de 2017 21:05, Bruno Cabral <bruno at openline.com.br>
escreveu:

> Ola
>
> As empresas deviam linhas de planos de expansão, que enchiam o caixa do
> tesouro ao invés de serem investidas na melhoria do serviço. O governo FHC
> zerou esse investimento *antes de privatizar essas companhias*
> http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi180112.htm tanto que após a
> venda, já se conseguia instalação imediata de linhas sem esperar os anos
> dos planos de expansão. Foram as novas administrações que investiram
> rapidamente "100 bilhões" e resolveram tudo em poucos meses? Pense bem, se
> tivesse entrado 100 bilhões em dólares vindos da Espanha e dos EUA, o
> segundo governo FHC teria crise cambial?
>
> Outro fator que levou a baixa procura pelas concessões (tanto que o
> consórcio telemar foi montado as pressas "no limite da irresponsabilidade"
> para não micar aquela área) foi o artigo 86 da LGT que dizia que as
> empresas deveriam operar *apenas o objeto da concessão* (telefonia fixa) *e
> nenhum outro*. Já se sabia, na época, que o futuro seria redes de dados e,
> deixo para a imaginação os motivos, nunca foi licitada a rede de dados nem
> muito menos criado um serviço público de comunicação de dados (SLE e SRE
> não contam). A "licença" SRTT foi expedida as pressas *pós privatização do
> STFC* porque as empresas tinham redes de dados (similares a RENPAC) e ficou
> o vácuo no processo justamente devido ao artigo 86. O absurdo foi tão
> grande que após a criação do SCM (que é privado), as detentoras de SRTT
> foram "convidadas" a fazer atualização das licenças para SCM pela agência.
>
> O modelo concorrencial previa duas empresas em cada área de concessão, a
> privatizada e sua "espelho". Como as privatizadas tinham rede e começavam
> com clientes, seria um investimento hercúleo fazer uma espelho funcionar. A
> GVT conseguiu (devido ao já citado imbróglio na administração da BrT) mas a
> Vesper, espelho da Telefonica e da Telemar, não, assim como nenhuma
> espelhinho AFAIK conseguiu oferecer telefonia fixa nas cidades onde houve a
> possibilidade.
>
> As concessionarias de "troncos" (Embratel e sua espelho, Intelig),
> acabaram por receber autorização de telefonia fixa e a concorrência das
> concessionárias que passaram a operar suas redes de troncos sozinhas, sem
> aquelas. Ambas foram vendidas e revendidas, vale frisar.
>
> Essas empresas seguiram a revelia da Lei explorando os regimes de dados,
> acabaram montando suas empresas de telefonia celular (o próximo filão) e
> através de manobras como o subsidio da telefonia fixa para celular, o
> subsidio cruzado entre a tarifa de assinatura (que deveria custear a oferta
> do serviço em regime publico e os orelhões), e outros menos óbvios (como
> comprar empresas de rede para dificultar a concorrência), lograram em se
> tornar bastante lucrativas (vide as remessas de lucro para suas matrizes)
> enquanto prestavam um serviço deficiente (mas que comparado a não poder
> comprar até o governo FHC, ainda é visto por muitos como "melhora"). O
> próprio artigo 86 da LGT depois foi mudado, meio na surdina, no congresso,
> em 2011.
>
> Em outros locais a privatização ocorreu de forma diferente. O modelo bem
> sucedido mais citado é o Openreach da Inglaterra, onde empresas privadas
> compram da operadora de fios e conseguem concorrer numa boa. Também falam
> de países pequenos onde há mais liberdade, mas nada continental quanto o
> Brasil.
>
> A ideia da empresa modelo é calcular quanto custa operar uma rede e poder
> confrontar com os investimentos e custos declarados pelas concessionárias,
> permitindo saber se os reajustes tarifários são honestos. Sem esses
> estudos, a agência dita reguladora precisa acreditar nos relatórios das
> operadoras. A BrT teve muitos problemas judiciais entre os sócios devido a
> acusações de desvios e a OI sabemos como está, então os dados contábeis ou
> não são muito confiáveis ou a CVM nem a agência estão fazendo um bom
> trabalho de auditagem. Por que?
>
> Tenho muitas decepções com o governo deposto, entre eles ter enterrado a
> ADI 1688 da criação da anatel, engavetado a CPI dessa agencia reguladora,
> não ter tomado de volta as concessões em 2005, mas o modelo foi criado bem
> antes e os primeiros presidentes da agência dita reguladora saíram dela
> direto para a presidência das concessionárias que fiscalizavam. Tem um
> ótimo livro sobre isso, para quem se interessar pelo tema:
> http://permita.me/?q=a+privataria+tucana+pdf
>
> Para quem perguntou do subsidio da assinatura fixa,
> https://www.proteste.org.br/institucional/imprensa/press-
> release/2012/fim-da-assinatura-basica-do-telefone-fixo
>
> Minhas soluções? Quebrar as concessionárias em empresas menores, como as
> Baby Bells https://en.wikipedia.org/wiki/Breakup_of_the_Bell_System ou
> pelo menos tomar de volta os fios e prédios das centrais que eram do
> sistema Telebras, e permitir que *todos* tenham acesso a esses fios e
> espaços, preferencialmente condicionando desconto no uso dos fios a troca
> por investimento na expansão da rede
>
> E sim, tem que partir do Estado, porque telecomunicação é competência da
> união segundo a CF88.
>
> []s, !3runo Cabral
>
>
> --
> gter list    https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
>



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