[GTER] MP estuda banir whatsapp e facebook

[Renato Rodrigues Branco]

Felipe Trevisan, se me permitires,
faço das tuas palavras as minhas.
Primeiro cumpra-se a lei.
Depois discutimos ela.

Renato R. Branco


Em 3 de agosto de 2016 00:21, Felipe Trevisan <fetrevisan at gmail.com>
escreveu:

> Não tem desculpas. Ordem judicial tem de ser seguida. Mandou quebrar a
> criptografia, que se quebre. E outra, não vai ser necessário quebrar
> criptografia alguma, basta o whatsapp desligar a criptografia fim a fim do
> dispositivo solicitado pelo juízo, igualzinho era antes dele criptografar
> todas as conversas, e passar a entregar as mensagens onde a justiça
> determinar.
>
> Se um dos lados não tem criptografia, ela não acontece naquela conversa. Ou
> seja, mandou grampear o bispo e ele fala com a Papa, a conversa do Papa é
> criptografada, mas quando ela fala com o bispo, não é. Paciencia. Ossos do
> ofício.
>
>
> Este acima é um ponto e não deveria ser base para toda essa polemica que
> para mim é gerada por causa de figuras como o próprio criador da
> criptografia do WA, o auto declarado anarquista ( e portanto anti qualquer
> governo, seja ele democrático, de direito, ditadura, tirania, Hitler, Jesus
> Cristo ou qq outro) Moxie Marlinspike.
> https://en.wikipedia.org/wiki/Moxie_Marlinspike
>
> Aliás, este nem é o nome verdadeiro dele, e o hobby dele parece ser
> justamente quebrar criptografias, o que me faz pensar que ele pode ser um
> daqueles hackers de filmes que pode fazer sozinho o que a NSA não faz com
> toda a sua estrutura. Isto é poder,e o poder seduz. Muito.
>
>
> Superada esta discussão, entramos em uma outra sobre a
> validade/legalidade/constitucionalidade das leis que embasam a
> possibilidade de quebra de sigilos. Aqui sim entra a discussão sobre o
> estado de direito, o abuso de autoridades, a força e idoneidade das
> instituições, etc, etc, etc, e finalmente o Marco Civil brasileiro.
>
>
> As analogias são perda de tempo. Se o juiz manda voce entregar as imagens
> da camera do seu predio que filmou um movimento suspeito na rua, você vai
> fornecer. Foi assim que resolveram o sequestro da sogra do Bernie
> Ecclestone. Se o farol fica vermelho você para. São acordos e concessões
> que as pessoas fazem para poderem viver em sociedade.
>
> Pra muita gente é muito mais tranquilo que a justiça quebre o sigilo do seu
> WA, do que a própria esposa.
>
> Não tenho vaidade nenhuma com esta história da justiça quebrar sigilos. Eu
> ajo em uma camada inferior não dando motivos para que ela quebre meu
> sigilo. E preservo meu sigilo contra bisbilhotagem de terceiros,
> concorrentes, etc. O estado, SE ESTIVER FUNCIONANDO BEM, não vai querer ou
> sequer ter motivos para quebrar meu sigilo.
>
>
>
> abs,
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
> 2016-08-02 16:49 GMT-03:00 Antonio Modesto <modesto at isimples.com.br>:
>
> >
> >
> > On 02-08-2016 10:42, Danton Nunes wrote:
> >
> >> On Mon, 1 Aug 2016, Andrio Prestes Jasper wrote:
> >>
> >> Não se pode solicitar aos correios que revele o conteúdo de uma carta já
> >>> entregue.... porém, pode-se solicitar que todas as próximas cartas do
> >>> indivíduo X (que está sendo investigado) tenha o conteúdo revelado
> antes
> >>> de
> >>> ser entregue.
> >>>
> >>
> >> pode mesmo?
> >>
> >> constituição, artigo 5:
> >> .....
> >> XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações
> >> telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último
> >> caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer
> >> para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
> >>
> >> o último caso diz respeito às comunicações telefônicas. correspondência
> e
> >> telegráficas estão excluídas.
> >>
> >
> > Isso diz claramente que em caso de ordem judicial, o sigilo pode ser
> > quebrado.
> >
> >
> >>
> >> --
> >> gter list    https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
> >>
> >
> > --
> > Atenciosamente,
> >
> >
> >
> > --
> > gter list    https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
> >
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A Terra não é uma herança de nossos pais e avós, mas sim um empréstimo de
nossos filhos e netos". Ditado africano