[GTER] PTT (e PTT-SP) - Envolvimento da comunidade

Douglas Fischer fischerdouglas at gmail.com
Fri May 15 16:49:50 -03 2015


   "mas gostaria de comentar o que eu acho que hoje
   é o maior problema do PTT.br em escala nacional:
   a busca desenfreada por se conectar apenas em SP."
Acredito que é nesse trecho que a expressão "vítima do próprio sucesso" se
enquadre melhor.




Dois ASNs conterrâneos, vizinhos por menos de 1000m, andam mais de 2-3 mil
Km cada um para trocar tráfego lá em SPO.
E fazem isso mesmo tendo um PTT a menos de 30-40 Km de casa.

E porque isso acontece?
Porque esses ASNs não estão em busca de troca de tráfego, e sim do que eles
chama de trânsito barato que o PTT-SPO oferece.

E porque eles pensam dessa maneira?
Porque a postura do PTT-metro, visando garantir o sucesso do projeto
especificamente em São Paulo, tem sido justamente essa! Com praticamente
todos os provedores de conteúdo dentro do PTT-SP, um provedor típico pode
ter mais de 2/3 de seu tráfego vindo pelo ATM+bilateral.




E isso não é ruim por ser assim! É ruim por ser assim só em SPO.
Oque falta agora é espalhar essa metodologia para os demais PTTs.
E COMO FAZER ISSO?


É certo que não é função do PTT.br pagar por interconexões entre os
provedores de conteúdo e os PTT-locais.
Mas isso não significa que o PTT.br não possa fomentar que esse custo seja
viabilizado pelos próprios participantes.

Talvez um trabalho menos no escopo técnico e mais no escopo estratégico.
Algo com uma cara muito parecida com as campanhas de aderência ao IPv6.
   Quase como um tutor/conciliador entre os ASNs regionais, mostrando que o
trabalho em conjunto deles pode:
   - reduzir custos de transporte
   - otimizar comunicação inter ASNs
   - viabilizar a instalação de caches-oficiais locais


Sei que isso pode parecer utópico, mas pelo que li a respeito, iniciativa
parecidas acontecem lá pras bandas do Euro-IX.

Em 15 de maio de 2015 13:13, Rubens Kuhl <rubensk at gmail.com> escreveu:

> >
> > O que me chamou mais a atenção, recentemente, foi a explicação segundo a
> > qual os problemas intermitentes com o Google Cache são decorrência do
> > estouro de capacidade de alguns PIX do PTT de SP. (Se eu entendi errado
> me
> > desculpem...)
> >
> >
> Essa foi a teoria que alguém levantou, mas que não parece se sustentar na
> prática. É muito mais comum o Google atingir limite de capacidade de seus
> servidores de SP do que do PIX aonde ele está ligado ou dos PIX aonde os
> "eyeballs" estão conectados recebendo o tráfego do Google. O Google tem um
> mix de serviços (vídeo, busca, e-mail, mobile app store, docs) que requer
> um bom número de RUs (rack-units) /Gbps... mesmo o vídeo que é o de maior
> relação ainda sim não é tanto asim.
>
> Diferente por exemplo de caras como Netflix, UPX, Globo.com etc. que com um
> ou dois racks geram 100 Gbps fácil. Esses tem um poder muito alto de
> saturar o PIX alheio... e o Netflix em Porto Alegre teve um efeito desses,
> por exemplo.
>
>
>
> O outro ponto só pode ser discutido depois de superado o ponto inicial, mas
> > vale a pena ser apresentado. O modelo de PTT no Brasil é elogiadissimo
> > mundo afora como uma solução inovadora, que aliou um pragmatismo técnico
> e
> > comercial, com o modelo de abertura de pontos de interconexão (PIX) de
> > forma bastante democrática. Isso levou ao crescimento do PTT,
> especialmente
> > de SP, de forma exponencial.
> >
>
> Esse modelo, incluindo o do ccTLD nacional alavancar os IXs, foi aliás
> recentemente replicado no Canadá.
>
> Eu pincei só algumas partes e não comentei o principal da sua mensagem, o
> que deixo para outros fazerem, mas gostaria de comentar o que eu acho que
> hoje é o maior problema do PTT.br em escala nacional: a busca desenfreada
> por se conectar apenas em SP. Enquanto na Europa muitos estão ao mesmo
> tempo no AMS-IX, no LINX e no DE-CIX, aqui as diferenças de participação
> entre (por exemplo) SP, Rio e Belo Horizonte são muito grandes...isso gera
> uma dependência de ponto único que não precisaria existir, pois muitas
> redes de acesso vem buscar conteúdos, tipicamente muito mais ágeis do que
> uma rede de acesso. Cai o POP de uma operadora no PIX dela de SP e a Caiu é
> inundada de mensagens "Caiu o PTT", mostrando como essa dependência se
> manifesta.
>
>
> Rubens
> --
> gter list    https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
>



-- 
Douglas Fernando Fischer
Engº de Controle e Automação



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