[GTER] Modelo de venda de transito no Brasil

Rubens Kuhl rubensk at gmail.com
Fri Sep 5 22:45:31 -03 2014


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> Conversando com um gerente de contas de uma operadora aqui no Brasil e com
> alguns amigos que tem provedores eles me disseram que aqui normalmente
> funciona diferente. Aqui, em muitos casos, a operadora apesar de te dar uma
> porta de 1Gbp/s faz controle de banda na velocidade que você contratou
> (e.g: 700Mbp/s) e voce pode consumir quanto quiser dentro daquela
> velocidade. Achei estranho ser dessa forma e perguntado o porque de ser
> assim aqui no Brasil ele disse "que é ao costume e a cultura já é assim por
> muitos anos".
>
>
Isso tem vários motivos, alguns já mencionados mas vou deixar minha
impressão:
- Como aqui é mais comum a operadora ir até o cliente do que o cliente se
hospedar num datacenter/carrier hotel, há o custo de última milha. Esse
custo de último milha se torna grande numa conta de burstable dando a
percepção de que o cliente está pagando para não ter nada, pois
culturalmente não se vê valor na disponibilidade de um serviço, só no seu
efetivo uso.
- Muitas teles tem limites de capacidade em localidades menores que são
inferiores à velocidade de interface. Exemplo, ela chega com um STM-4 (622
Mbps) e entrega numa interface Gigabit.
- Não há um consenso no mercado se o burstable deveria custar mais em valor
unitário (por ser banda que não estava compromissada) ou custar menos por
ganho de escala. Isso dificulta quando a operadora tem uma visão e o
cliente outra.
- É difícil vender burstable quando não se é Tier 1, pois no fundo você
está apostando demais em perfil de tráfego e ganhos estatísticos de rede.
Operadores Tier 1 conseguem vender pois seus custos são muito internos e
mais controláveis.


Rubens



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