[GTER] Modelo de venda de transito no Brasil
Felipe Trevisan
fetrevisan at gmail.com
Fri Sep 5 23:20:44 -03 2014
No livro The Internet Peering PlayBook, uma das jogadas que ele apresenta é
o provedor que se instala dentro de um data center de alta disponibilidade
de links e contrata pelo menos 20 links de diferentes empresas, todos
usando a regra do 95th percentile. Ele ajustaria seu consumo para nunca
passar de 5th percentile e no final do mês, praticamente não pagava nada de
transito, somente o minimo para se conectar na porta.
Se vc tiver 24 links, basta usar uma hora em cada um por dia que cai nesse
cenário. Imagine que interessante se isso ocorrese aqui.
Eu acho que é em grande parte, cultural mesmo, e em certa parte, baseado na
infra estrutura disponivel. Na Australia (Oceania em geral) que estão
conectados a internet através de um único cabo submarino, o cliente final é
tarifado por Mb, igual telefonia aqui no Brasil.
Outra coisa, na Europa, grande parte do consumo esta direcionado aos IDC da
propria Europa. Nao tem muito trafego internacional. Aqui no Brasil, isto
seria equivalente ao que é destinado aos PTT´s. A hora que todo conteúdo
estiver no PTT é capaz de que as operadoras pensem em alguma forma criativa
de se bilhetar, para tentar aumentar a receita.
ᐧ
2014-09-05 22:45 GMT-03:00 Rubens Kuhl <rubensk at gmail.com>:
> >
> > Conversando com um gerente de contas de uma operadora aqui no Brasil e
> com
> > alguns amigos que tem provedores eles me disseram que aqui normalmente
> > funciona diferente. Aqui, em muitos casos, a operadora apesar de te dar
> uma
> > porta de 1Gbp/s faz controle de banda na velocidade que você contratou
> > (e.g: 700Mbp/s) e voce pode consumir quanto quiser dentro daquela
> > velocidade. Achei estranho ser dessa forma e perguntado o porque de ser
> > assim aqui no Brasil ele disse "que é ao costume e a cultura já é assim
> por
> > muitos anos".
> >
> >
> Isso tem vários motivos, alguns já mencionados mas vou deixar minha
> impressão:
> - Como aqui é mais comum a operadora ir até o cliente do que o cliente se
> hospedar num datacenter/carrier hotel, há o custo de última milha. Esse
> custo de último milha se torna grande numa conta de burstable dando a
> percepção de que o cliente está pagando para não ter nada, pois
> culturalmente não se vê valor na disponibilidade de um serviço, só no seu
> efetivo uso.
> - Muitas teles tem limites de capacidade em localidades menores que são
> inferiores à velocidade de interface. Exemplo, ela chega com um STM-4 (622
> Mbps) e entrega numa interface Gigabit.
> - Não há um consenso no mercado se o burstable deveria custar mais em valor
> unitário (por ser banda que não estava compromissada) ou custar menos por
> ganho de escala. Isso dificulta quando a operadora tem uma visão e o
> cliente outra.
> - É difícil vender burstable quando não se é Tier 1, pois no fundo você
> está apostando demais em perfil de tráfego e ganhos estatísticos de rede.
> Operadores Tier 1 conseguem vender pois seus custos são muito internos e
> mais controláveis.
>
>
> Rubens
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