[GTER] Modelo de venda de transito no Brasil

Fernando Frediani fhfrediani at gmail.com
Fri Sep 5 21:19:26 -03 2014


Pessoal,
Preciso de uma ajuda para entender algo que acredito ser simples, mas 
que ainda me confunde aqui no Brasil.
Recentemente retornei ao Brasil vindo da Europa aonde trabalhei por 
vários anos. Lá vendíamos transito aos nossos clientes da seguinte forma:

- Cada cliente tinha no mínimo 1 porta de 100Mbp/s ou 1 Gbp/s e podia 
utilizar utilizar o link em full speed se assim desejasse ou precisasse, 
mas o que ele paga no final do mês é o que chamamos de Commited Data 
Rate(CDR) (por exemplo 10Mbp/s) que é a média mensal de consumo medido 
usando a medida 95th percentile, desconsiderando os picos do mês. Se ele 
passar dos 10Mbp/s na média ele então paga um valor diferente pelo Mbp/s 
adicional sem o perigo de saturação do link. O famoso conhecido como 
'burstable internet bandwidth'. Conforme o consumo médio aumenta a única 
coisa que ele tem que fazer é contratar uma CDR maior e negociar um 
valor menor desde que o tráfego esteja dentro da capacidade do link.
Conversando com um gerente de contas de uma operadora aqui no Brasil e 
com alguns amigos que tem provedores eles me disseram que aqui 
normalmente funciona diferente. Aqui, em muitos casos, a operadora 
apesar de te dar uma porta de 1Gbp/s faz controle de banda na velocidade 
que você contratou (e.g: 700Mbp/s) e voce pode consumir quanto quiser 
dentro daquela velocidade. Achei estranho ser dessa forma e perguntado o 
porque de ser assim aqui no Brasil ele disse "que é ao costume e a 
cultura já é assim por muitos anos".

O interessante é que nós que comprávamos transito da Level 3 e tínhamos 
várias portas Gigabit em diversos datacenters de vários países, 
pagávamos um único valor  do Mbp/s e que era calculado como a média do 
consumo de todas essas portas, mesmo que algumas tivessem baixo tráfego.

É realmente menos comum não se contratar burstable por aqui ou existem 
os dois modelos de venda de transito que são igualmente viáveis 
economicamente ?

Obrigado.
Fernando








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