[GTER] Borda ideal para provedores

Felipe Trevisan fetrevisan at gmail.com
Thu May 8 18:43:01 -03 2014


O Bruno tem razão, teve uma experiencia ruim em um cenario diferente. Acho
que temos outro cenário e outra oportunidade agora.
A principal diferença é que na época vc comprava de um competidor. Aqui vc
esta comprando de uma entidade que nao presta serviços, não é SCM, nao
atende clientes finais, portanto não compete com voce. Ela só faz o meio. O
que vai passar ali em cima é de inteira responsabilidade de quem contrata.
Talvez seja a oportunidade de montar o provedor novamente, pois a unica
coisa que vc vai precisar de fato é o seu roteador de borda, um DNS e os
servidores do serviços especificos que quiser oferecer, como VOIP, email,
IPTV, etc...



Shine, organizei suas duvidas abaixo e vou respondendo após cada uma. Ficou
um pouco longo. :-)




Shine, a operação é mais simples do que colocou. O circuito é provisionado
> com velocidade já ajustada.
> Se o provedor do Shine estiver na VLAN 100 por exemplo, a porta do cliente
> é provisionada com a VLAN100 e velocidade já ajustada para por exemplo
30mb
> down e 10 mb up.
>


   - A mudança seria feita diretamente pelo provedor de serviço e controle
   da conta do usuário idem. Ou seja, teria que ter um operador no provedor
   de serviços para fazer isso (= +Op Ex).

Existe um intermediario neutro entre os provedores e a rede fisica. Podemos
chamá-lo de "operador do unbundling". Esta entidade é responsável por rodar
o software que adminsitra tudo. As redes físicas podem ser de sua
propriedade ou de terceiros, contratadas por ele.
O sistema usado compartilha as informações dos usuários com os provedores.
Um provedor só pode ver seu cliente. Quando acessar um endereço que não é
seu cliente, vai ver que existe um cliente com serviço, mas nao vai saber
quem é o provedor daquele cliente nem qual serviço ele esta contratando.
A mudança é feita automaticamente. Nao tem +Opex por conta disso.
Justamente o contrario, reduz opex pela automação. Tecnicamente a mudança
que ocorre é apenas o reprovisionamento da VLAN adequada na porta do
cliente.
Se o cliente tem o serviço do ISP x e este ISP usa a VLAN x dentro da rede,
o sistema envia um comando diretamente ao switch para mudar a porta do
cliente, por exemplo a fa0/10 da VLAN x para VLAN y. Simples e rápido. Tudo
é registrado e pode ser auditado.




> O Provedor passa a enxergar o cliente, dentro da velocidade acordada, e no
> cadastro do cliente é associada a porta de conexão. Se ele estiver
> conectado na porta fa0/2 do switch 10.10.10.10, o cadastro dele tem a
> informação:
> Cliente A no ponto de acesso 10.10.10.10-0-2.
> Fiz uma apresentacao rapida de algumas telas do sistema para ilustrar o
que
> estamos falando: http://bit.ly/screenshots_rede

>

   - Mas vamos para um exemplo mais real. Se o provedor A tem o cliente, o
   endereçamento é do provedor. Quem vai operar o DHCP (por exemplo, podia ser
   PPPoE ou PPP+L2TP, etc.), resumindo, o controlador de acesso?
   - Ligar o meio físico de última milha é fácil, mas controlar quem está
   usando qual IP e deixar mapeado... é outra história.

Normalmente quem opera o DHCP é o provedor. O cliente passa pela rede do
provedor de rede de forma transparente até os roteadores do ISP. Esta
estrutura do ISP que gerou a duvida inicial desse thread.
Existe uma opção no sistema para o provedor cadastrar seu bloco de IP para
cada tipo de serviço e o sistema do do "operador do unbundling" administra
e mantem os logs. Não é comumente usado mas daria para ser feito.




Por isso a duvida inicial: como montar uma borda para operar em um ambiente
> onde a rede de transporte é operado por um terceiro? O provedor vai
> precisar administrar suas conexões com a internet e também o controle mais
> detalhado dos seus clientes. Vai precisar controlar os IP´s cedidos aos
> clientes (DHCP) e manter log das conexões.




   - Eu tenho mais dúvidas ainda. Como acoplar a rede dos provedores?
      - O provedor tem um ou mais pontos de interconexao com os
      equipamentos do provedor de rede. Pode ser feito através do PTT inclusive.
      -
      - Como criar a redundância lógica entre os provedores?
      - Porque haveria redundancia entre os provedores? O provedor deve
      manter seus equipamentos funcionando. Pode optar por se interconectar em
      mais de um ponto, mas a interconexao entre estes dois pontos do ISP é de
      responsabilidade dele.
      -
      - Como gerir a banda e como planejar as contingências e deixar o
   upgrade flexível?
      - Essa duvida faz parte da duvida inicial de como montar a borda
      ideal. Este é um problema para o ISP resolver que eu estou querendo saber
      como fazer tambem. O provedor de rede vai dar o tubo, a mágica é
com o ISP.
      -
      - Veja, eu entendo que podem existir soluções criativas para isso,
   por isso estou aberto a discutir e entender melhor, mesmo que hoje não seja
   a minha especialidade. A solução de acesso é intrínseca à borda, então se
   pudermos discutir melhor o modelo técnico dele fica mais fácil entender
   como atuar com a borda também. Claro que não precisa ser em detalhes, mas
   precisa ter um pouco mais de profundidade.
      - Adoraria discutir com voce e com demais interessados os detalhes e
      até fazermos testes.
      - Voce pode me envair as duvidas, ou entao marcamos um call.






*Se houver problemas na rede de acesso.
> Se os equipamentos sairem do ar por rompimento de fibras, por exemplo, o
> sistema alarma e um icone é colocado ao lado do nome do switch. Quando o
> cliente ligar para o provedor para reclamar que esta sem serviço, este
> consultará o sistema e o cadastro do cliente e ali constará o equipamento
> onde o cliente esta conectado com a informacao de alarme ao lado.
> O provedor poderá informar imediatamente que há problemas na rede e
> detalhes como previsão de retorno, que constarão no ticket.
>


   - Bem, mas como o provedor de serviços irá saber da previsão do
restabelecimento
   do serviço?
      - Atualmente, se seu provedor te deixar na mao, vc liga no noc dele e
      abre um chamado, depois acompanha o ticket.
      - Aqui vc vai acompanhar o ticket sem precisar abrir o chamado, pois
      voce terá acesso direto na mesma base de informação que o responsavel por
      arrumar a rede (supondo que seja um problema de rede).
      -
      - O provedor de rede vai colocar a previsão no sistema? Qual o tempo
   necessário para identificar e colocar a previsão?
      - SIm, no ticket referente ao incidente vao constar as ifnormações
      detalhadas.
      - Nao tem filtro. A informacao trocada entre o provedor de serviços,
      o operador do unbundling e o prorietario de rede é vista por todos. Todos
      ficam ao par do que ocorre. Um novo tipo de relacionamento.
      -
      - Por exemplo fibras não são emendadas tão rapidamente, o sistema
   teria que alimentar o tempo de deslocamento da equipe, fusão, etc.
      - O ticket vai conter as informacoes. Elas sao enviadas pelas equipes
      responsaveis. O coordenador das equipes de campo pode alimentar o sistema.
      -
      - Fora isso, nem sempre um problema de rede é simples como um
   rompimento, na verdade uma boa parte é por erros manuais de
   configuração. Sem contar com os bugs, migrações para melhoria da rede,
   entre outros.
      - Tem razão. A experiencia mostra que a maior parte dos problemas são
      resolvidos pelo atendimento nivel 1 dado pelo proprio ISP quando
o cliente
      liga. O ISP nem abre o ticket no sistema compartilhado pois
resolve dentro
      de casa.
      - Caso efetue todos os testes e não consiga resolver dentro de sua
      estrutra, o ISP abre um ticket na plataforma e imediatamente é visto por
      outros envolvidos.






*Cobrança dos serviços
> A cobrança é feita através de uma unica NF. O provedor de serviços (ISP)
> cobra o cliente diretamente. O provedor de rede cobra o ISP.
> O cliente nao cai em venda casada, ao contrario, ele tem total liberdade
> para contratar o serviço de internet do ISP "y" e telefone do ISP "x".
>


   - O modelo seria por tempo de serviço ou por quantidade de dados?
      - Este é um controle do ISP. O uso da rede é por usuario/por
      serviço/por velocidade.
      - Exemplo: um tubo de 100 Mb poderia custar 100 reais, o de 200Mb 200
      reais. IPTV adiciona mais 20, VOIP adiciona mais 5.
      -
      - Como o sistema faria a auditoria de uso?
      - O sistema é todo auditável. O provedor de rede somente monitora o
      trafego das portas e se elas estao de pé. Garante que não haja gargalos
      entre os nós, fazendo os upgrades neessários quando a capacidade
demandar.
   - Como seria a qualificação da qualidade de serviço, como seria a tomada
   de métrica do serviço?
      - Pode haver uma configuracao geral dizendoq ue VLANs de voz tem
      prioridade sobre as de dados dedicados, que tem prioridade sobre as de
      dados compartilhados. Este tipo de filtro só é ativado se houver
gargalo. A
      idéia é que não haja gargalos.
   - Coisas como jitter, latência, taxa efetiva de transferência de dados
      - Mesmo caso da resposta acima.








Abs,
















ᐧ


2014-05-08 16:24 GMT-03:00 Shine <eshine at gmail.com>:

> Bem, não culpo o Bruno. :)
> O modelo de acesso Internet é muito acirrado e injusto.
> Vou comentar inline abaixo.
>
> Shine, a operação é mais simples do que colocou. O circuito é provisionado
> > com velocidade já ajustada.
> > Se o provedor do Shine estiver na VLAN 100 por exemplo, a porta do
> cliente
> > é provisionada com a VLAN100 e velocidade já ajustada para por exemplo
> 30mb
> > down e 10 mb up.
> >
> A mudança seria feita diretamente pelo provedor de serviço e controle da
> conta do usuário idem. Ou seja, teria que ter um operador no provedor de
> serviços para fazer isso (= +Op Ex).
>
>
> > O Provedor passa a enxergar o cliente, dentro da velocidade acordada, e
> no
> > cadastro do cliente é associada a porta de conexão. Se ele estiver
> > conectado na porta fa0/2 do switch 10.10.10.10, o cadastro dele tem a
> > informação:
> > Cliente A no ponto de acesso 10.10.10.10-0-2.
> > Fiz uma apresentacao rapida de algumas telas do sistema para ilustrar o
> que
> > estamos falando: http://bit.ly/screenshots_rede
> >
> Mas vamos para um exemplo mais real. Se o provedor A tem o cliente, o
> endereçamento é do provedor. Quem vai operar o DHCP (por exemplo, podia ser
> PPPoE ou PPP+L2TP, etc.), resumindo, o controlador de acesso?
> Ligar o meio físico de última milha é fácil, mas controlar quem está usando
> qual IP e deixar mapeado... é outra história.
>
> Por isso a duvida inicial: como montar uma borda para operar em um ambiente
> > onde a rede de transporte é operado por um terceiro? O provedor vai
> > precisar administrar suas conexões com a internet e também o controle
> mais
> > detalhado dos seus clientes. Vai precisar controlar os IP´s cedidos aos
> > clientes (DHCP) e manter log das conexões.
> >
> Eu tenho mais dúvidas ainda. Como acoplar a rede dos provedores? Como criar
> a redundância lógica entre os provedores? Como gerir a banda e como
> planejar as contingências e deixar o upgrade flexível?
> Veja, eu entendo que podem existir soluções criativas para isso, por isso
> estou aberto a discutir e entender melhor, mesmo que hoje não seja a minha
> especialidade. A solução de acesso é intrínseca à borda, então se pudermos
> discutir melhor o modelo técnico dele fica mais fácil entender como atuar
> com a borda também. Claro que não precisa ser em detalhes, mas precisa ter
> um pouco mais de profundidade.
>
> *Se houver problemas na rede de acesso.
> > Se os equipamentos sairem do ar por rompimento de fibras, por exemplo, o
> > sistema alarma e um icone é colocado ao lado do nome do switch. Quando o
> > cliente ligar para o provedor para reclamar que esta sem serviço, este
> > consultará o sistema e o cadastro do cliente e ali constará o equipamento
> > onde o cliente esta conectado com a informacao de alarme ao lado.
> > O provedor poderá informar imediatamente que há problemas na rede e
> > detalhes como previsão de retorno, que constarão no ticket.
> >
> Bem, mas como o provedor de serviços irá saber da previsão do
> restabelecimento do serviço? O provedor de rede vai colocar a previsão no
> sistema? Qual o tempo necessário para identificar e colocar a previsão? Por
> exemplo fibras não são emendadas tão rapidamente, o sistema teria que
> alimentar o tempo de deslocamento da equipe, fusão, etc.
> Fora isso, nem sempre um problema de rede é simples como um rompimento, na
> verdade uma boa parte é por erros manuais de configuração. Sem contar com
> os bugs, migrações para melhoria da rede, entre outros.
>
> *Cobrança dos serviços
> > A cobrança é feita através de uma unica NF. O provedor de serviços (ISP)
> > cobra o cliente diretamente. O provedor de rede cobra o ISP.
> > O cliente nao cai em venda casada, ao contrario, ele tem total liberdade
> > para contratar o serviço de internet do ISP "y" e telefone do ISP "x".
> >
> O modelo seria por tempo de serviço ou por quantidade de dados? Como o
> sistema faria a auditoria de uso? Como seria a qualificação da qualidade de
> serviço, como seria a tomada de métrica do serviço? Coisas como jitter,
> latência, taxa efetiva de transferência de dados
> --
> gter list    https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
>



More information about the gter mailing list