[GTER] Fwd: [caiu] PTT - Sp com problemas?

Rubens Kuhl rubensk at gmail.com
Sat Mar 22 12:00:02 -03 2014


Esta mensagem havia sido apagada das filas de moderação da GTER e da Caiu
por falha de identificação de em qual lista ela estava, pois o tema é da
GTER e não da Caiu. Repostando na GTER para continuidade dos temas, e
pedimos a todos que exerçam auto-moderação nas duas listas tanto na
tendência inflamatória quanto na de off-topics.

Rubens

---------- Forwarded message ----------
From: Douglas Fischer <fischerdouglas at gmail.com>
Date: 2014-03-21 16:26 GMT-03:00
Subject: Re: [caiu] PTT - Sp com problemas?
To: Lista das indisponibilidades da Internet brasileira <
caiu at eng.registro.br>, Grupo de Trabalho de Engenharia e Operacao de Redes <
gter at eng.registro.br>


Ascenco,
a qualidade dos serviços prestados pelo NIC é publica e notória e
inquestionável.
E aqui explicito minhas congratulações a você e a toda equipe equipe do NIC.

Porém eu sou obrigado a colocar algumas críticas sobre
o modelo que vem se adotando nos PTTs no Brasil.

     P.S.:
    Aliás venho recorrentemente fazendo essas críticas.
    E em várias situações fui moderado(censurado).
       Reconheço que houveram momentos em que meu
       coração tomou para si o controle das palavras.

Eu me lembro que comecei minhas críticas em
 um
tom descontraído dizendo que o nome do PTT-SP deveria ser mudado para
PTT-SPO.

Minha visão é que essa centralização absurda das interconexões de Internet
em São Paulo é extremamente prejudicial a saúde das telecomunicações
Brasileiras.

OK, é sabido que:
 - Os grandes geradores de conteúdo(Google, Facebook, AWS, Netflix, etc)
estão em São Paulo.
 - O centro nervoso comercial e financeiro, incluindo as infraestruturas
dos grandes players dessas áreas(bancos, mega-lojas, etc) estão em São
Paulo.
 - Todas as grandes teles tem suas infraestruturas principais em São Paulo.
E por isso sabemos que é lógico que o maior volume de tráfego Internet
esteja em São Paulo.
E também por esses motivos é "entendível" que ASNs do Oiapoque ao Chuí
queiram estar em no PTT-SP.

Porém, se analisados os alfarrábios dos NAPs do mundo ver-se-á que o
conceito de PIX na verdade surge para reduzir latência entre end-users em
uma mesma região. Um segundo motivador para o nascimento dos IXPs foi
também a minimização de impactos nas comunicações locais em caso de falhas
nos PEERINGs entre UP-UP-UP-Streams...(Além da simplificação dos Peerings.)

E analisando a história de alguns exemplos de IXP(DE-CIX, LINX, EQUINIX...)
vemos claramente esse conceito posto em prática.

O que eu venho percebendo é que a postura do
NIC/PTT.BR vem a contramão desse conceito.
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Como o Ascenso comentou, hoje no PTT-SP são mais 500 participantes, 28 PIX,
400 Gbps, etc.
 Mas espere um pouquinho...
  GEOLOCALIZAÇÃO
    Participantes
    - Desses participantes(considerando a localização do border-router):
      - Quantos são da cidade de São Paulo?
        - OK, muito restrito. Quantos são da grande São Paulo?
    - Quantos são de fora do estado de São Paulo?
     - Quantos chegam via transporte?
      - Quantos tem mais de 2 camadas de encapsulamento no transporte até o
PTT?
         (QinQ, EoIP, VPLS, etc, etc etc...)
    PIX
    - Desses PIX, quantos estão sobrepostos?
    - Na grande São Paulo, como está a densidade de PIX nas sub-regiões?
  LATÊNCIA
   - Em condições normais(sem link atolado)
    - Quantos tem menos de 2 ms p/ os 2 route-servers?
    - Quantos tem menos de 40 ms p/ todos os demais participantes?
   ENGENHARIA DE TRÁFEGO
  - Em média, quanto desses 400 Gbps vai para participantes fora da Grande
SP?
   RAIO DE IMPACTO DE PROBLEMAS
  - Dos problemas ocorridos de maneira generalizada no PTT-SP, e em PIX
localizados, quantos end-user de quais regiões do país foram afetados?


EFEITOS COLATERAIS
 - Para os que estão mais longe de SP, chegaram a analisar como o custo do
trânsito Internet ficou menor em relação ao transporte até o PTT-SPO?
Ou seria o preço do trânsito que baixou em função de economia de escala e
redução de custos operacionais, porém as teles não repassaram essa baixa ao
valor do transporte?
  - Quantos PIX se formaram recentemente no PTT-SP?
   - Teria isso a ver com as taxas de conexão?
  - Como vai a taxa de crescimento dos outros PTTs em relação ao de SP?
   - E se o tráfego "buscado" diretamente de São Paulo por ASNs
circunvizinhos aos outros PTTs fosse contabilizado nos PTT das respectivas
regiões?

Aonde eu quero chegar com essas perguntas/respostas?
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Como fui bastante prolixo no trecho anterior, procurarei ser bastante
sucinto a seguir, e em havendo interesse posso discorrer mais profundamente.

Acredito em uma estrutura de PTTs mais distribuída e interconectada seja
mais estável e escalável.
    Na verdade uma idéia muito parecida com o que é
   utilizado em telefonia, onde existe a obrigatoriedade
   de interconexão local entre as operadoras.

   PTTs regionais conectados a PTTs macro-regionais.
   Estes por sua vez com no mínimo 2 conexões a outros
   macro-regionais.
      Em primeira análise imagino essa interconexão em
      L3, mas olhar para os gringos é uma boa referência.

Outro aspecto a ser considerado é o provimento de serviços dentro da
infraestrutura dos PTT/PIX.
 Exemplos?
 - Caches como o do Google, Netflix, etc...
 - DNSs recursivos abertos exclusivamente aos blocos daquele PTT.

EMPECILHOS
Surgem perguntas referentes as interconexões dos PTTs:
 - Quem vai custear os custos dessas interconexões?
   - Minha primeira sugestão é que esse custo seja rateado
     pelos participantes, seguindo exemplo do EURO-IX.
     Como seria a métrica de rateio? Não faço a mínima idéia.
  - Mas o Coordenador do Projeto PTT-METRO Sr. Milton Kaoru Kashiwakura,
merecedor de IMENSO crédito por ter feito isso tudo acontecer, não deixou
claro em um dos PTT-Fórum que a interconexão dos PTTs não iria acontecer?

   1ª Pergunta - Já não é tempo de repensar isso?
   2ª Pergunta - Qual a real motivação dessa negativa à interconexão?
                 Me pego a pensar nos efeitos colaterais.


Em 21 de março de 2014 10:51, Eduardo Ascenco Reis <eascenco at nic.br>escreveu:

Prezado José Bento,
>
>
> On 03/20/2014 09:47 PM, José Bento Tomazeli wrote:
>
>> nossa que porcaria, quase todo dia vejo quedas no ptt sp, será que vai ser
>> sempre assim?
>>
>
> O perfil de tráfego da conexão da BDNet ao PTT.br de São Paulo não mostra
> isso.
>
> Se a BDNet entende que há problema na conexão, basta abrir um chamado no
> Meu PTT (https://meu.ptt.br/) que iremos colocá-lo em quarentena e tratar
> o caso.
>
> Destaco novamente que o PTT.br de São Paulo está com operação normal e com
> tráfego agregado crescendo (ontem atingiu quase 400Gbps).
>
> Atualmente há mais de 500 participantes conectados nos 28 PIX do PTT.br
> São Paulo, assim todos os dias tratamos casos de quedas de fibras ópticas,
> falhas de transporte, problemas com a conexão/equipamentos/rede dos
> participantes, falhas de PIX, falhas de equipamentos, etc.
>
> Ou seja, problemas fazem parte da vida da operação de qualquer rede que
> esteja funcionando.
>
> A equipe do NIC.br, responsável pelo PTT.br, está disponível para atuar em
> cada caso de forma pontual.
>
>
> Atenciosamente,
>
> --
>
> Eduardo Ascenço Reis
>
> PTT.br - http://ptt.br/
> NIC.br - http://nic.br/
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Douglas Fernando Fischer
Engº de Controle e Automação



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