[GTER] Servidores 1U homologados para FreeBSD, Linux e OpenBSD
Rubens Kuhl
rubensk at gmail.com
Wed Jan 8 17:32:21 -02 2014
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> Só pra esclarecer alguns pontos que me pareceram pertinentes.
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> A FreeBSD Brasil LTDA tem autorização formal (contratual) da FreeBSD
> Foundation pra homologar hardware pra FreeBSD na AL e Caribe. No Brasil o
> MT1000 da Daruma, Intrepid e Constellation da TCorp por exemplo são alguns
> produtos ja homologados. O ServerU L100 foi submetido a todos os testes e
> critérios necessários, incluindo medições de performance e não apenas
> compatibilidade de hardware. Pra FreeBSD apenas 2 hardware ficam none@ no
> pciconf -lv mas ambos tem modulo de kernel fornecido pelo fabricante.
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Legal, muito bom.
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> Pra Linux, o equipamento precisou ser homologado pra entrar na Arcellor em
> Trinidad & Tobago, e pra um edital da Marinha. Pra Linux o processo foi
> feito pela ServerU junto a MontaVista, na Florida, que pertence a Cavium e
> é credenciada NOCA pra garantia de competência. Inclusiva a MV foi
> indicação direta da Texas Instruments que como alguns devem estar cientes,
> fundiu (comprou) com a divisão de chips de comms da Intel. A certificação
> foi traduzida juramentada, foi aceita em edital nacional. Pra Linux o mesmo
> hardware não controlado pelo FreeBSD também não é controlado pelos kernel
> 2.4, 2.6 e 3. Mas drivers pra todos os kernel são suportados. Nos testes
> foram usados Fedora, RHEL (primários), Ubuntu, Debian e Slackware.
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Este aqui eu não chamaria de homologação Linux, apesar de ter colado na
edital. O pessoal da MontaVista é muito competente, mas eles não tem
autoridade para determinar algo como homologado Linux, e sim como
homologado Cavium. A principal diferença de um processo de homologação para
um conjunto de testes qualquer é que os testes que fazem parte de um
processo de homologação foram definidos a partir de um consenso técnico de
uma grupo público e tal processo foi criado, escrutinizado e melhorado
publicamente, ou por um grupo com autoridade de fé pública, como acontece
com homologações governamentais.
(para registro: a NOCA é uma associação que define princípios genéricos em
programas de certificação, não características técnicas específicas para
uma determinada certificação).
Então esse aqui eu vou deixar na mesma categoria do OpenBSD que você lista
abaixo.
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> Pra OpenBSD é isso que você disse. A garantia somos nós de fato, sem
> qualquer autorização formal de terceiros. Inclusive nem existe muita
> formalidade pra isso no OpenBSD, então fizemos o melhor que é possível. Nós
> sabemos os perfis esperados pra uso da máquina e sabemos como testar e
> homologar. O processo foi exatamente o mesmo que o feito pra FreeBSD.
>
E eu acho interessante que vocês tenham tido esse trabalho, que como já
comentaram é bem mais aprofundado do que muitos equipamentos tem de
performance divulgada, e esse tipo de teste é mais usual para sistemas
operacionais abertos do que homologações clássicas.
> Pra NetBSD a Wasabi Systems não respondeu como podíamos certificar nem a
> Fundação. Então apesar de testado não levantamos essa bandeira sem
> autorização, porque a Wasabi atua no mesmo segmento.
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> Sobre ANATEL, bom, vamos dar tempo ao tempo. Trazer o L100 pro Brasil,
> montar parte aqui, ja foi um trabalho danado e ja precisamos fazer diversos
> registros de NCM, demais regulações é parte do trabalho e da demanda. Antes
> de tudo espero que o L100 agrade, que atenda as expectativas e seja bem
> aceito. O que precisar e pudermos, vamos fazer mas não da pra fazer tudo
> com antecedência, alguns processos são mais demorados que outros. Por hora
> nosso objetivo principal é ter mais gente usando os equipamentos e ouvir o
> que esses usuários tem a dizer. E se for possível vamos continuar evoluindo
> e modificando o que for preciso.
>
Eu acho que valeria citar enquanto isso certificações que, apesar de em
termos regulatórios não resolverem, mostram características importantes do
produto como UL e CE, se o produto tiver (e imagino que tenha).
Mas você deve ter notado que continuo entendendo que, exceto no caso de
FreeBSD, o termo homologação não se aplicaria. Isso não é picuinha, é um
posicionamento de quem também lida com produto (mesmo que de serviço) e
percebo no mercado como um todo, não só de hardware, um excesso na busca
por argumentos de venda. E que para um produto B2B como esse, vale tentar
explicar melhor o que foi testado e como, ao invés de usar um selo como
argumento.
Que bom que agora esse produto está disponível, inclusive porque ele vai
permitir soluções abertas de alta performance no lugar de soluções fechadas
que são criticadas frequentemente nesta lista. Eu mesmo vou checar se o
L100 pode ou não ser base para uma idéia que já comentei aqui (roteador x86
de 90 Mpps), e a disponibilidade dele é muito positiva.
Agora é trabalhar! :-)
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>
>
Eu acho que se um número significativo de unidades for adquirida por SCMs e
instalada exatamente no ponto em que há uma estação licenciada que é
justamente o de interconexão com outros backbones, homologação Anatel é um
passo. E não que homologação Anatel diga nada sobre performance ou
qualidade, é basicamente para dizer que não vai causar interferência
eletromagnética, derrubar disjuntor ou dar choque em pessoas... mas esse é
um dos riscos regulatórios que vejo pairando sobre pequenos e médios SCMs,
enquanto os grandes utilizam equipamentos onde homologação Anatel já é
parte da rotina de trazer o equipamento para o país.
Rubens
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