[GTER] Quando o ministro fala "hub" ele quer dizer PTT?

Flavio Amaral famaral at netflix.com
Tue Apr 23 18:44:01 -03 2013


Alguns comentários.

Existe conteúdo sim aqui no BR, só que algumas operadoras por vontade
própria não querem fazer peering aqui e acham mais lógico ir até Miami
pegar conteúdo. Não sei se outro ponto de troca de tráfego seria a solução,
uma vez que já existe pelo menos 1 em cada capital.

Em todos esses anos trabalhando com Internet no BR, acredito que um dos
maiores inimigos do crescimento e estabilidade das redes são os custos.
Como fatores que contribuem:
- carga tributária em telecomunicações muito alta;
- carga tributária em importar equipamentos muito alta;
- preços altos do Mbps no Brasil devido aos fatores acima;

Esses problemas não se resolvem enquanto forem encarados como problemas de
poucos que reclamam e não de todos.

Vocês já pensaram o que seria do Brasil com o preço do mega abaixo dos R$
10,00, com a maioria do conteúdo local (empresas construindo mega data
centers aqui) e com preços de roteadores, switches, servidores e storage
equivalentes aos praticados nos EUA?


2013/4/23 Rubens Kuhl <rubensk at gmail.com>

> Realmente nunca parei para perguntar sobre o trafego das grandes por lá, só
> > tinha a ideia de que eles estando lá, estão entregando trafego. Mas
> > pensando bem, pode ter o mesmo sentido de várias grandes empresas que
> > estão, por exemplo, no PTT-SP e não entregam tráfego lá (só estão
> presente
> > para constar).
> >
>
> No caso do PTT-Metro até dá para ter uma idéia pelos que não estão no
> ATM... mas mesmo no ATM, uma rede pode decidir usar ou não as rotas ali
> publicadas.
>
>
> > E quanto a todos esses alto custos que mencionou para um aumento de CDNs,
> > foi justamente o que quis dizer sobre uma ajuda do governo. Claro,
> utopia,
> > mas é uma hipótese para melhorar trafego internacional. Fora que
> aumentando
> > CDN aqui, diminui o trafego comum internacional e eles podem ser
> abastecido
> > mais facilmente (isso em trafego, não em $).
> >
>
> Não é tão utópico: o governo já tem comentado de uma possível zona franca
> digital, prevista para ficar em Fortaleza, onde a importação de
> equipamentos seria barata mas o equipamento teria que ficar dentro de um
> datacenter na zona franca. Aí a questão seria se as CDNs conseguiriam ou
> não trânsito internacional barato lá... talvez consigam, pois Fortaleza é a
> convergência de todas as rotas ópticas pelo Atlântico.
>
> Fortaleza está a uns bons ms de SP e mais ainda do Sul, mas já fica melhor
> do que Miami e bem melhor que NYC, SFO ou LAX.
>
>
> Rubens
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
> >
> >
> > Em 23 de abril de 2013 12:12, Rubens Kuhl <rubensk at gmail.com> escreveu:
> >
> > > 2013/4/23 Vinícius Garcia <lgarcia.vinicius at gmail.com>
> > >
> > > > Acho que o trafego internacional que tanto temos limitações seria
> > > aliviado
> > > > com mais CDNs aqui dentro das empresas que mais são consumidas. Vejo
> > que
> > > > mesmo tendo várias no país, muita coisa dependo de vir de fora
> > > diretamente,
> > > > o que prejudica o escoamento do trafego. Podemos ofertar dezenas de
> > Mbps
> > > > para os clientes, mas a grande maioria vai ver um vídeo no facebook
> > > travar
> > > > toda hora quando assiste ou um download de algo internacional,
> batendo
> > > > no máximo 100kB/s.
> > > >
> > >
> > > Mesmo as CDNs precisam de trânsito internacional para se abastecerem...
> > > conversando com operadores de CDNs eles costumam apontar estes
> problemas
> > no
> > > Brasil
> > > - Alto custo de entrada de equipamentos no país, medido tanto em $
> quanto
> > > em tempo
> > > - Alto custo de trânsito internacional
> > > - Fragmentação do trânsito nacional, onde mesmo para atender uma cidade
> > há
> > > dificuldade de estar disponível para todas as redes ali operando
> > (inclusive
> > > as big-5).
> > >
> > >
> > > > Além da fibra que querem passar para os outros continentes, acho que
> o
> > > > governo poderia ajudar (mais) as empresas internacionais de conteúdo
> a
> > > > prover o trafego daqui de dentro. E também a criação de um PTT mais
> > > > acessível como o do Terremark que é pouco acessível e tem a maior
> parte
> > > das
> > > > empresas grandes de conteúdo, comparado com os PTTs da NIC.
> > > > Esse é o meu ponto de vista.
> > > >
> > >
> > > Como assim, o da Terremark é mais acessível mas é pouco acessível ?
> > >
> > > Quanto a grandes empresas de conteúdo que estariam no Terremark mas não
> > no
> > > PTT-Metro, você já pediu a algum membro da Terremark uma análise de
> > Netflow
> > > com quanto tráfego elas efetivam geram lá ? Porque quando eu estava num
> > > operador que tinha peering na Terremark, eu via empresas como Akamai e
> > MSN
> > > por lá apenas para constar, porque elas atendiam tudo que se pedia de
> > > servidores nos EUA.
> > >
> > >
> > >
> > > Rubens
> > > --
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> > >
> >
> >
> >
> > --
> > Vinicius Garcia
> > 19-98761065
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> >
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