[GTER] O fim do mundo como nós o conhecemos

Patrick Tracanelli eksffa at freebsdbrasil.com.br
Fri Sep 14 14:01:32 -03 2012


Em 14/09/2012, às 13:51, Patrick Tracanelli escreveu:

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> Em 14/09/2012, às 12:26, Rubens Kuhl escreveu:
> 
>> E os endereços IPv4 no velho mundo acabaram...
>> 
>> 
>> ... corram para as colinas.
>> (onde há muitas árvores de IPv6)
>> 
>> 
>> Rubens
> 
> Você sabe se existe alguma estratégia, nem que em estágio de conversa de botequim para reciclar e pegar de volta CIDR alocados mas não em uso?
> 
> Todos sabemos que aqui em terras tupiniquins, era uma prática comum simplesmente mentir descaradamente nos projetos para conseguir comprovar uso que justificasse alocação mínima de /20. Essa prática era comum também quando a tutela era da LACNIC, antes de ir pro NIC.Br, então temos anos dessa prática. No velho mundo idem, para alguns países.
> 
> Além disso todos sabemos que as operadoras ao ativar um BGP com CIDR próprio para cliente que antes era com rede da operadora, só cobra "devolução" da rede alocada quando a própria operadora parece precisar. Mas acredito que nunca devolvam ao NIC.BR ou LACNIC ou outro regional, de forma expressiva.
> 
> Além disso temos uma série de CIDR alocados para ASN que nem sequer os anunciam. São coisas absurdas como ISPs com /19 alocado que anuncia (e consome) /22. 
> 
> Sem falar dos casos menos óbvios, de quem tem seu /20 padrãozão, anuncia seu /20 mas usa um /24 no máximo, as vezes /23. Esses dariam mais trabalho inventariar o quanto usam de fato.
> 
> Mas enfim, eu tenho pra mim algo óbvio pra todos, que o v4 só está acabando em 2012/2013 porque no passado esse recurso escasso foi esbanjado e sua alocação racional negligenciada. E não falo de um passado de início da Internet civil, falo de poucos anos atrás. Estaria tudo bem se hoje o uso de fato tivesse aumentado, mas a alocação indiscriminada e concessão idem de CIDR do passado não reflete hoje em uso autêntico em grande parte dos casos.
> 
> Vejo algo parecido hoje com a forma e tamanho com que o v6 vem sendo concedido e alocado e mais uma vez sem refletir integralmente sequer nas tabelas bgp v6. Mas devido ao tamanho do v6 tenho esperança de não ter chinês no mundo o suficiente ou endereçamento v6 mobile em peças de roupas o suficiente para concluir que a mesma coisa possa acontecer com v6, ao menos enquanto eu não estiver aposentado.
> 
> Mas o que eu me pergunto é se alguém vai ter coragem de correr atrás dos prefixos v4 desperdiçados, subutilizados ou simplesmente não (ou nunca) utilizados. Existem estratégias de fato sendo elaboradas pra isso?
> 
> Porque vejo o mundo numa preguiça danada de alocar v6. E o pior, uma cultura, de donos de provedores e detentores de ASN e CIDR de outros setores de negócio (lógico que não estou generalizando) simplesmente não ter um plano para v6, nem que de longo prazo.
> 
> Ontem mesmo ouvi de um diretor de infra de uma grande empresa de mídia nacional dizer:
> 
> "ah não pra que ipv6? quem tem que se preocupar com isso são os provedores que precisam endereçar os usuários, agora eu que sou o produto final de onde os usuários querem chegar, os provedores vão ter que dar seus pulos para trazerem seus clientes ipv6 para minha infra-estrutura ipv4" 
> 
> -- ou seja esse tipo de gestor de infra de um local que é referência nacional em mídia, que tem algum conhecimento técnico faz a gente pensar em tuneis 6to4 NAT-PT ou qualquer outra estratégia de transição com duração por tempo indeterminado.
> 
> No NIC.Br mesmo existe alguma estratégia após a etapa de "formação" e "educação" (ao meu ver exemplarmente executada no Brasil com os cursos de v6 e bgp para v6)? 
> 
> Acho que alguma regra e punição/incentivo (doer no bolso sempre parece uma estratégia que funciona) pra quem não entregar dual-headed pra usuários finais, pra quem não tiver entradas DNS v6 ao menos para web e MX tudo até até um prazo/data (2014, 2015, ...)? Ou antes disso a simples inspeção de tabelas bgp e procurar desperdícios óbvios e pegar de volta um recurso que não pertence a quem tem a tutela do CIDR -- e essa tutela não dar ao cidadão o luxo de deixar parado só porque ele paga um valor qualquer anualmente.
> 
> Porque em pouco tempo começa a necessidade autêntica, justa e real de empresas e provedores precisarem de mais blocos v4 e tudo que terão disponível é v6 (num mundo com preguiça de correr pro v6), enquanto o vizinho ao lado tem v4 de sobra e parado.


Eu não tinha me atentado a:

http://lacnic.net/pt/politicas/manual7-1.html
http://registro.br/provedor/numeracao/recuperacao.html





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