[GTER] Utilizar IP no méximo

Rafael Cresci cresci at gmail.com
Thu Jul 19 23:29:50 -03 2012


On Jul 19, 2012, at 10:41 PM, Rubens Kuhl wrote:

> Num caso genérico pode até ser, mas é notório que banda é cara no
> México (efeito do monopólio) e a latência para lá é sempre ruim (tanto
> que México consta como exceção de SLA em todos os contratos de banda
> internacional que analisei e assinei).

E em qualquer país caribenho ou centro-americano a situação não é muito diferente. Quanto mais bananas tiver na republiqueta, piores ou mais instáveis são as latências e garantias. Nem mesmo o Panama escapa, e olha que é um dos menos piores.

> Outro ponto curioso é que há apenas dois países da América
> Latina/Caribe com NIR (registro nacional), e são exatamente Brasil e
> México. Os outros países pedem recursos de numeração diretamente ao
> LACNIC; esse tipo de migração de IPs é bastante sugestivo de algum
> tipo de arbitragem, quer financeira, quer - o que é ainda pior - de
> evitar políticas locais de atribuição de IPs.

Pode ser, como pode não ser.

A princípio legal todos são inocentes até que se prove o contrário. E no caso específico em tela, a empresa que está tentando fazer isso é uma multinacional respeitada e séria, que não teria chegado aonde chegou sem seguir as regras "pelo livro" (não que não tenha cometido "bad business decisions" como instalar um datacenter no meio do sertão da Paraíba e depois sofrer com operadoras subóptimas que vivem tendo rompimento de fibra; mas isso não é ilegal, é só burrice ;-) ).

Situação teorética:
Filial México usando IPs do carrier. Carrier se recusa a fornecer mais blocos (N razões, desde comerciais à mesmo falta de alocações próprias disponíveis - eu já tive carrier que o máximo que fornecia era um /23 agregado ou desagregado, acima disso eles não davam de jeito nenhum) e a alocação atual já está esgotada e precisam expandir.

Substratos:
a) Alocação atual no Mexico não atinge o mínimo exigido para se solicitar um bloco ao IAR (NIC.MX) e nem nas projeções de 3 meses.
b) Custo de uma alocação inicial: US$ 1000 de registro do AS, US$ 1000 de registro do bloco, e US$ 1000 anuais (NIC MX) versus NIC.BR mesmos custos (com o dólar defasado) exceto a taxa de alocação do ASN. Logo, os custos a principio não são o motivo da migração.

E se a alocação brasileira deles tem /24s sobrando que possam ser anunciadas para o Mexico e evitar todo o processo de se abrir um outro ASN e adquirir um novo bloco?
E se a intenção for a de utilização otimizada de IPs? Tem sobrando no Brasil então aloca para o México sem ter de pedir novos IPs a um RIR (qualquer que seja).

Lembro ainda que a empresa em tela tem filiais (e datacenters) nos EUA, México, Colombia, Brasil, Londres, Amsterdam, Hong Kong e Índia, então, também têm alocações ARIN e RIPE e APNIC. Creio óbvio que eles estejam tentando usar uma alocação da LACNIC dentro da própria região da LACNIC (já que México não é ARIN), seria o natural a se fazer?

[]s
Rafael Cresci


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