[GTER] O "mito" da latência satelital.

Antonio Carlos Pina antoniocarlospina at gmail.com
Mon Aug 2 17:21:52 -03 2010


Marlon,

Satélites geoestacionários orbitam a cerca de 36.000km de altitude. São
72.000km ida e volta, o que dá aprox. 1/4 da distância da percorrida pela
luz em 1 segundo no vácuo (300000km). Só aí você já teria, considerando essa
conta burra e eliminando outras latências intrínseca, 250ms. Como é a
velocidade da luz, isso será problema até termos satélites mais baixos (ou
balões) ou encontrarmos uma forma de dobrar o espaço.

Note que se você está fazendo download ou streaming esses 250ms serão
ignorados. Mas um protocolo "falador" (idas e voltas) vai sofrer.

O ack adiantado teoricamente baixaria a latência para a metade disso, mas
não tenho vivência para dizer como é a experiência do usuário. Os
compressores, se conseguirem detectar padrões, devem trazer alguma melhora
(imagino que eles não sejam burros de bufferizar informação e comprimir, o
que aumentaria a latência, e sim tentar enviar determinados padrões de bits
com menos bits, usando mapas de tradução 0000=0 1010=1, etc)

Se o uso for apenas navegação na web e leitura/envio de e-mails, penso que a
solução do satélite funcionará bem.

Abs



Em 2 de agosto de 2010 16:32, MARLON BORBA <MBORBA at trf3.jus.br> escreveu:

> Senhores,
>
> Embora a ela não mais pertença (estou na área de Segurança da
> Informação), acompanho de perto as ações de administração da rede
> da Justiça Federal brasileira (ou, ao menos, da 3ª Região, SP e MS).
>
> Um dos problemas alegados pela JF para a expansão de sua conectividade
> a seções judiciárias distantes, como é o caso de Rondônia, Amapá ou
> Roraima, é a inexistência de meios físicos diretos de conexão, obrigando
> o órgão a contratar circuitos de satélite.
>
> Sucede, porém, que tais circuitos apresentam, segundo se diz, uma
> elevada latência, a ponto de piorar o tempo de resposta das aplicações.
> Para mitigar o problema, alguns fabricantes de equipamentos de
> compressão de dados (Juniper/Peribit e outros) argumentam que pode-se
> usar a técnica de "handshaking antecipado" em que o produto se antecipa à
> resposta do servidor remoto e dá como efetivada a conexão (embora sem
> dados, que os compressores não chegam a tal milagre).
>
> Aí lhes faço duas perguntas:
>
> a) No que realmente esses "compressores" (em relação aos quais nutro
> uma antiga desconfiança) podem beneficiar conexões de elevada latência,
> se, pela inexistência de meio físico, os dados "comprimidos" trafegam no
> MESMO SINAL DE SATÉLITE!?
>
> b) A situação da latência é ainda de tal ordem crítica? E, realmente,
> satélite vem a ser, nos dias de hoje, a ÚNICA opção para essas
> localidades distantes?
>
>
>
> --
>
> Abraços,
>
> Marlon Borba, CISSP, APC DataCenter Associate
> Técnico Judiciário · Segurança da Informação
> IPv6 Evangelist · Moreq-Jus Evangelist
> Comissão Local de Resposta a Incidentes - CLRI
> TRF 3 Região
> (11) 3012-2030 (VoIP)
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