[GTER] e-learning IPv6 do NIC.br

Antonio M. Moreiras moreiras at nic.br
Wed Jun 3 16:26:40 -03 2009


Olá Anderson,

Agradeço as críticas e acredito que elas sejam pertinentes.

É bom dizer que contratamos uma empresa especializada e com boa
experiência de mercado na área, que nos auxiliou na maioria dos aspectos
que você citou. Suponho, entretanto, que o que é estado da arte na
academia, não seja ainda o estado da arte no mercado...

Temos outras ferramentas, que suponho, amenizem a situação e
complementem o curso, como o site (http://ipv6.br), sala de chat no IRC
e, em breve, cursos presenciais com laboratório.

Se você ou o pessoal de EAD da Unicamp puder nos fornecer sugestões
pontuais e práticas sobre como melhorar o curso em si, faremos o
possível para implementá-las. Se houver alguém disposto a usar o
conteúdo produzido e criar um curso totalmente novo e baseado em
melhores técnicas, certamente autorizaremos o uso do material.

Abraços.
Moreiras.

Anderson Goulart escreveu:
> Olá Antônio e demais,
>
> É uma ótima iniciativa do CGI.br e NIC.br, entretanto, gostaria que revissem
> os modelos de e-learning considerados para este e outros cursos. Talvez eles
> não sejam suficientes para alcançar o objetivo de vocês: disseminar o IPv6 e
> incentivar a migração. Digo isso porque estamos conversando sobre o tema na
> lista de EAD da Unicamp e alguns estudos já foram feitos sobre a capacidade
> de aprendizado das pessoas. Vou reproduzir abaixo, um trecho de uma das
> mensagens do professor Milton Sobreiro que resume a discussão:
>
> "Minha especialização em EAD concluí com um Estudo de
> Caso intitulado"Teleaula: Uma outra face da Educomunicação", onde trabalho a
> questão da Teleaula sem tirar os olhos em algumas teorias de fundamental
> importância - Teoria Cognitiva, Teoria da Comunicação e Estilos de
> Aprendizagem. Para que tivesse uma substância prática, afinal se tratava de
> um Estudo de Caso, fiz uma pesquisa de campo com 100 acadêmicos de graduação
> e pós-graduação lato-senso na modalidade EAD, afim de identificar seus
> estilos de aprendizagem de maior predominância, onde obtive o seguinte
> resultado: os estudantes com predominância sinestésica somavam 68%, os
> visuais 25%, os que apresentavam um "empate técnico" entre visual e
> sinestésico eram 4%, só então vinham os puramente auditivos com 2% e os
> visuais auditivos com 1%.
> O formato da Teleaula, produzidas com professores em plano americano, slides
> estáticos, pouca movimentação, mudanças de entonações nas vozes ou BG
> sonoro, onde este docente fala, apenas, e monotonamente, e para piorar a
> situação deixam os slides muito pouco tempo no ar, para que o professor
> continue como o detentor pleno do conhecimento, se aproxima à Educação
> Bancária, repudiada por Paulo Freire, de competência pedagógica
> indiscutível. Ele só atinge ao auditivo, que aprende com facilidade apenas
> ouvindo, mas o visual, que precisa ver o objeto de aprendizado para fazer
> suas analogias e mapas mentais, assim como o sinestésico que precisa
> executar atividades, ver movimentações e entonações diferenciadas na voz,
> ficam perdidos, dependendo de uma gravação da aula para que possam
> reassistí-las assincronamente para parar, observar os slides, talvez
> anotá-los, ou experimentá-los, reouvir algumas falas do docente, para só
> então, tirar alguma coisa da aula... aí já perdeu a oportunidade de
> interação ao vivo com aquele professor."
>
> Considerando o modelo proposto por vocês no curso de IPv6, um número pequeno
> conseguirá absorver o conteúdo ou assistir até o fim. Minha opinião sobre o
> que já assisti:
>
> - A pessoa que diz o texto parece não saber nada sobre o assunto. Ela tenta
> dar ênfase em trechos das frases para parecer que sabe
> - A voz é contínua, sem variações
> - A pessoa não acrescenta nada além do que já está escrito. Porque não fazer
> um manual ou cartilha então?
> - A leitura é lenta, cansativa para o ouvinte
> - Os detalhes visuais dos botões, menus, etc chamam mais atenção do que o
> próprio material
> - Não há como tirar dúvidas no modelo proposto (excluindo as listas como a
> do GTER)
> - Seria interessante ter comments abaixo da apresentação para troca de
> idéias sobre o tema
>
> Bom, não sei se isso é relevante para o trabalho de vocês, mas fica
> registrado como informação para quem desejar produzir novos cursos de EAD.
>
>
> Abraços, global
>
>   
>



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