[GTER] RES: Fast Ethernet 10 Mb dando 9.8 (9.852Kilobits)

[Carlos Roberto Maciel Carneiro]

No caso do caminhão, se no momento da venda a unidade de medida for o metro 
cubico comportado realmente esta incorreto.
Mas, eu pelo menos, nunca vi uma transportadora vendendo o metro cubico da 
"caçamba" exceto caminhoes para transporte de liquidos.

Para que um grupo de trabalho mudando para 10.2Mb para pagarmos por 10.2 e 
termos 10Mb? :))

O problema é no formato de venda e divulgação do produto, sendo mais de 
competencia comercial/divulgação e juridica do que técnica.

Sabemos que existem as perdas, ok, mas o cliente não pode comprar 10 para 
ter 9.

Imagina você um cliente leigo onde precisa de um link de dados para rodar 
uma determinada aplicação(video por exemplo) que não roda em 1.9 / 1.8Mb e 
sim 2Mb para cima.
O cliente sem saber que existe a perda por overhead(pois ele não é técnico 
nem está explicito na proposta de venda nem no contrato) contrata um link de 
2Mb mas não consegue fazer funcionar a aplicação porque ele recebe menos do 
que o minimo exigido.

Livre-se por um certo momento o seu conhecimento técnico e olhe "por fora" a 
situação, imagine a situação da mesma forma que você compra o seu paozinho, 
o seu açucar, o seu refrigerante ou cerveja,...

Encerro aqui a minha participação nesse post por já ter ultrapassado por 
muito tempo o escopo principal da lista..


Atenciosamente,
CARLOS ROBERTO MACIEL CARNEIRO
carlos.roberto.maciel at gmail.com

----- Original Message ----- 
From: Andre Uratsuka Manoel
To: Grupo de Trabalho de Engenharia e Operacao de Redes
Sent: Monday, February 02, 2009 12:37 PM
Subject: Re: [GTER] RES: Fast Ethernet 10 Mb dando 9.8 (9.852Kilobits)


Ola,

2009/2/2 Carlos Roberto Maciel Carneiro <carlos.roberto.maciel at gmail.com>:
>
> Quando você vai comprar o açucar você compra o saco plastico ou o açucar?
> Não me importa que o saco plastico onde é embalado o açucar suporta 1Kg 
> mas
> tenho que desconsiderar 50gr porque para lacrar o espaço consumido limita 
> a
> quantidade de produto interno.

Se é para fazer metáfora, pense no seguinte: se você contrata um
caminhão para transportar objetos e esse caminhão tem x metros cúbicos
de espaço, eles não estão agindo de má fé se o transporte é feito em
caixas e essa é a característica típica do transporte, mesmo que haja
alguma perda pelo fato de esse transporte ser feito por caixas.

> Se eu comprei 10Mb de "link internet" problema é da operadora se ela me
> colocou em uma rede que só passa 9.8Mb ela que dê o jeito e me entregue os
> 10Mb contratados.
> Quando você contrata o link o seu objetivo é contratar a rede ou aquilo 
> que
> passa por ela?
> (Estamos falando aqui de uma variação para baixo de ~2% do objeto fim do
> contrato)

Nesse caso você poderia propor a criação de um grupo de trabalho no
IEEE para desenvolver um procolo Ethernet de 10.2Mbps, porque essa
seria a única saída para o seu dilema.

> Quanto a comparação feita com o saco de carvão, "onde o produto pode 
> sofrer
> alteração", que seja bem explicito nas linhas do contrato, pois mesmo
> colocando nas entre-linhas sem destaque cabe contestação a título de má-fé
> dizeres como, "Sai da operadora 10Mb do serviço contratado porém devido a
> perdas no meio do caminho que não quero compensar você terá cerca de 98% 
> do
> serviço contratado."
>
> Quanto as análises técnicas concordo plenamente mas olhando pelo lado
> funcional e como um usuário leigo acredito que caiba sim contestação pois 
> na
> descrição do produto tem que estar claro que o produto pode sofrer
> variações(tanto para cima como para baixo) mas nesse caso é sempre para
> baixo, desproporcional para o cliente, aquele que contratou o serviço que
> tem acima de tudo o direito de ter aquilo que foi contratado e da forma
> contratada e no "volume" contratado.

Você está bastante indignado, mas eu não vejo exatamente por quê. Me
parece que é como você entrar no procon reclamando que pagou para
assistir a um filme no cinema, mas perdeu 2 minutos com a cena de
abertura e título inicial. Não existe variação para cima porque para
fazer isso você precisaria exigir que as operadoras passasem outros
números que não os nominais. Eles passariam a oferecer, digamos, 1.8,
9, 29, 90, ou 140mbps e esses números são menos úteis do que os
valores nominais respectivos de 2, 10, 34, 100 e 155.

André
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