[GTER] Sprint x Cogent depeering

Tukso Antartiko tukso.antartiko at gmail.com
Thu Dec 4 21:49:35 -02 2008


2008/12/4 Frederico A C Neves <fneves at registro.br>

>
> > As obrigações do CG já foram mencionadas em email anterior e me parecem
> > condizentes com as minhas colocações anteriores.
>
> NIC.br != CGI.br != Anatel != Minicom != Congresso
>

Para deixar claro, este é o email anterior que cita as atribuições do CG:
http://eng.registro.br/pipermail/gter/2008-December/020971.html

Não há nenhuma citação à Anatel, Minicom ou Congresso, nem ao CADE ou MP que
o CG deveria procurar se relacionar igualmente bem. Quanto aos três
primeiros um relacionamento no mesmo nível dos lobbystas das operadoras já
está bom. Já viram quanta bobagem estes caras falam sem ninguém para
explicar ou contrapor?

NIC.br e CGI estão diretamente ligados, você pode discordar mas é isso é
opinião de cada um


>
> Desde os primórdios da LGT Internet sempre foi tratado como serviço de
> valor adicionado, ou seja não regulado.


No entanto vários pontos da LGT relacionados à Internet e a telecomunicação
que a sustenta foram ignorados, muitas empresas as desreipeitam fingindo que
cumprem. Já comparou o preço de uma porta de interconexão com o preço de
Internet global? Já leu as cláusulas destes acordos?


> Vejo que você advoga por
> mudanças na regulação do setor.


Não só de mudanças mas especialmente cumprimento e dados que sirvam de
insumo para sustentar estas mudanças. No entanto não queira minimizar minhas
sugestões a isso.


> Mas esta lista não me parece poder
> fazer nada ou quase nada de prático por isto.


Mas a situação muda quando tem o poder de influenciar,  ou melhorar a
atuação dos órgãos que participa, solta um "Let´s hope" e recrimina o uso de
tráfego internacional ignorando as causas de tal uso.


>
> > E não desfocar o problema, criticando indiscriminadamente quem usa
> tranporte
> > internacional, inclusive àqueles que o fazem como forma de subsistência.
>
> Desfocar do que ??? Estamos falando de troca de tráfego no Brasil não ?


Miami, citada no email original não é Brasil.


>
> > > Dá uma dica então de como agir pelo benefício da comunidade que não
> > > seja pela coordenação e cooperação ?
> >
> > Apesar da virtual ausência do registro.br nas incontáveis manifestações
> que
> > fiz nesse sentido, inclusives as ignoradas na própria mensagem que
> responde,
> > estas podem ser encontradas no histórico desta lista.
>
> Talvez se você tiver um comportamento mais responsável e civilizado, a
> começar por se identificar, seja menos ignorado.


Não faça perguntas retóricas, se desde o início não tinha intenção de
responder, que não o fizesse


>
>
> > > Promover a formação de novos ASNs
> > > locais e fornecer a infra-estrutura necessária para que estes se
> > > comuniquem me parece uma forma bem efetiva de agir.
> > >
> >
> > A questão da integração local soa bem até que "local" encontra uma parede
> e
> > não se faz nada a respeito. Isto caso "local" se refira a outra cidade
> > diferente de São Paulo.
>
> Este país é do tamanho de um continente e não seremos nós que
> resolveremos os problemas da integração nacional. Se você está fora
> dos centros aonde existe interesse de tráfeto você será obrigado a
> comprar conectividade até o local aonde isto existe, seja ela para ter
> acesso a peering ou transito e não há nada que possamos fazer em
> relação a isto.
>

Não queira reduzir o assunto a um ponto, para muitos PTTs inanos a solução é
muito mais simples: gestão desmotivada/sobrecarregada, falta de suporte
terceirizado, PIX mal localizado, instalação de 5,4 km de fibra (que custa
algumas poucas dezenas de milhares de reais),  datacenter que não permite
entrada de fibra de terceiros, ...

Você usou o plural "grandes centros", mas se olhar bem os demais PTTs (fora
SP) praticamente saturaram o potencial de tráfego local. E tem gente que
ainda menospreza, não adianta pedir o corredor para correr e não dar água.
Tudo isso já foi mencionado no link que postei.

Alguns gigas de conexão entre os PTTs mais saturados é totalmente factível.
Apesar de não ser caro talvez o CG nem precise desenbolsar nada, basta ser a
instituição independente que organiza a caixinha. Este é mais um ponto onde
discordo veementemente, mas pelo jeito o CG tem sua posição contrária
igualmente forte.



>
> > Quanto a mais ASNs me parece apenas mais do mesmo, lembra-se que o
> problema
> > real é o peering das empresas monopolistas? Além de ser uma exigência um
> > pouco extremado para conseguir uma redução ligeira dos custos em relação
> à
> > compra através de uma empresa independente.
>
> Espernear pelo peering com os grandes não é um caminho muito
> produtivo, promover a possibilidade para que os "pequenos" possam
> trocar tráfego entre si é muito mais efetivo. Bom pode ser que você
> efetivamente não queira isto e advogue a regulação para exigir que o
> grande troque com o médio mas não com o pequeno.
>

Claro, eu e os comunistas comedores de criancinhas.


>
> Só para lhe dar uma idéia o nosso pequeno ASN hoje já entrega mais da
> metade do seu tráfego em acordos de troca de tráfego majoritariamente
> multilaterais.


Não me faça rir, o registro.br é uma instituição sem fins lucrativos que não
compete com ninguém. Para rejeitar peering tem que ter ares de lobo mau.

Que levante a mão os ASNs pequenos que fazem peering gratuito com seus
concorrentes monopolistas do mesmo jeito que o registro faz.


>
>
> Não disse que é off-topic, disse que esta linha de discussão me parece
> infrutifera. Ficar procurando alguém para nos tutelar ou culpar é uma
> linha de pensamento já bem ultrapassada.... nada como o nosso bom e
> velho e grande estado :-)
>

Como disse antes, se não fosse uma intervenção de quem tem por atribuição
executar ações e não fosse acompanhada de uma crítica vazia a tráfego
internacional, minha resposta nem existiria.


>
> > > > Se o interesse não for tão grande assim há coisas muito mais simples
> > > > que também ajudariam a interconexão das redes:
> > > > http://eng.registro.br/pipermail/gter/2008-September/020315.html
> > > > http://eng.registro.br/pipermail/gter/2008-September/020301.html
> > > >
> > > > Enfim, mas o que me motivou a responder foi esta crítica generalizada
> > > > a quem usa tráfego internacional para acessar redes BR. Sei que a
> > > > motivação pode se referir à troca de tráfego entre E e G, assunto de
> > > > emails recentes, mas se conhece os motivos, ou conhece E, critique E
> e
> > >
> > > Qual o objetivo prático de criticar a Embratel aqui ?
> >
> >
> > Parece bem óbvio criticar determinados acordos de peering que levam à
> > situações exdrúxulas, mas caso haja alguma dúvida peça que o
> > registro.brfaça uma consulta com os provedores para saber se estão com
> > algum problema
> > em obter peering satisfatório com determinada operadora. Acredito que não
> > faltarão manifestações para te esclarecer.
> >
> > Quanto à troca de tráfego entre E e G, o CG, cumprindo suas atribuições,
> > deveria solicitar diretamente tais esclarecimentos.
>
> Se você quer continuar esta história poste o AS-PATH.
>

Não fui eu quem começou a crítica e portanto não vou prolongar.


>
> > > > não os que usam tráfego internacional apenas porque precisam
> > > > sobreviver ao monopólio e preços/peering abusivos destas três.
> > > > Monopólio este que muitos preferem fingir que não existe  o pecado
> > > > capital da má qualidade da internet brasileira.
> > >
> > > Por mais que exista um benefício econômico, o deserviço da adição de
> > > 300ms entre os clientes de quem faz isto e os do ASN X já me parece
> > > mais do que suficiente para relegar o "pequeno" que opera desta forma
> > > a continuar nesta condição.
> > >
> >
> > Como diz a Cogent, qualquer um está aberto a peering local diante de
> > condições justas. Não sei como anda o setor de pesquisa do registro.brmas o
> > SLA do RTT até Miami está mais para 100 do que 300ms.
>
> Não estamos falando em hospedar conteúdo em Miami, estamos falando em
> trocar tráfego em Miami entre dois ASNs aqui no Brasil, neste caso são
> no mínimo 2 x RTT.
>
>
Não aprendi a roteamento ontem nem estamos em 1994.

Considerando apenas o tráfego trocado com as nacionais monopolistas, já que
para as demais o peering não costuma ser grande problema. Com isso corta-se
boa parte da demanda de tráfego.

No restante a maioria dos provedores possui tráfego desbalanceado, não é
incomum a proporção ser de dezenas de vezes. Para esta maioria não é preciso
que o request e o response sigam o mesmo caminho, assim compra-se um link
dezenas de vezes menor no Brasil (refletido proporcionalmente no custo) e se
utiliza o mesmo para a finalidade (envio ou recebimento) que demande a menor
quantidade de tráfego, portanto o acréscimo é sim apenas de (1 RTT
internacional menos metade do RTT local). Livro e carro americano é tudo
igual, não anda em nossas estradas.

Mas como os monopolistas não merecem nem os centavos, pode-se obter uma
estatística por máquina DPI ou pagando um profissional (vou respeitar os
segredos dos Black Mágicos) de que tipo de tráfego é esperado para cada
prefixo (tanto origem como destino) e mandar por 2xRTT internacional a
grande maioria restante, composta por tráfego não crítico, que usa muita
banda mas precisa de pouca qualidade. Tudo bem que em 1994 não havia isso.

Outra coisa que não havia em 1994 era virtualização. Porque não hospedar
conteúdo no exterior? 120 ms tá muito, o cliente quer menos? O backup da
máquina virtual é transferido em uma janela de poucos minutos no link
internacional e antes que ele perceba está usando apenas RTT local. Nem dá
tempo de resmungar.

"I love Miami" ... na verdade não, Miami é caro.



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