[GTER] Sprint x Cogent depeering

Frederico A C Neves fneves at registro.br
Thu Dec 4 18:40:18 -02 2008


On Thu, Dec 04, 2008 at 03:01:10PM -0200, Tukso Antartiko wrote:
...
> As obrigações do CG já foram mencionadas em email anterior e me parecem
> condizentes com as minhas colocações anteriores.

NIC.br != CGI.br != Anatel != Minicom != Congresso

> O problema de peering tem muito pouco de físico. A causa é muito clara, os
> acordos de peering das empresas monopolistas. O que o NIC.BR pode fazer ou
> alguém com tamanha influência no registro.br pode fazer é reportar o
> problema, e especialmente sua causa, para o nível competente de modo que
> este, pela representação que possui haja com tal peso perante os orgãos
> reguladores.

Desde os primórdios da LGT Internet sempre foi tratado como serviço de
valor adicionado, ou seja não regulado. Vejo que você advoga por
mudanças na regulação do setor. Mas esta lista não me parece poder
fazer nada ou quase nada de prático por isto.

> E não desfocar o problema, criticando indiscriminadamente quem usa tranporte
> internacional, inclusive àqueles que o fazem como forma de subsistência.

Desfocar do que ??? Estamos falando de troca de tráfego no Brasil não ?

...
> > Dá uma dica então de como agir pelo benefício da comunidade que não
> > seja pela coordenação e cooperação ?
> 
> Apesar da virtual ausência do registro.br nas incontáveis manifestações que
> fiz nesse sentido, inclusives as ignoradas na própria mensagem que responde,
> estas podem ser encontradas no histórico desta lista.

Talvez se você tiver um comportamento mais responsável e civilizado, a
começar por se identificar, seja menos ignorado.

> > Promover a formação de novos ASNs
> > locais e fornecer a infra-estrutura necessária para que estes se
> > comuniquem me parece uma forma bem efetiva de agir.
> >
> 
> A questão da integração local soa bem até que "local" encontra uma parede e
> não se faz nada a respeito. Isto caso "local" se refira a outra cidade
> diferente de São Paulo.

Este país é do tamanho de um continente e não seremos nós que
resolveremos os problemas da integração nacional. Se você está fora
dos centros aonde existe interesse de tráfeto você será obrigado a
comprar conectividade até o local aonde isto existe, seja ela para ter
acesso a peering ou transito e não há nada que possamos fazer em
relação a isto.

> Quanto a mais ASNs me parece apenas mais do mesmo, lembra-se que o problema
> real é o peering das empresas monopolistas? Além de ser uma exigência um
> pouco extremado para conseguir uma redução ligeira dos custos em relação à
> compra através de uma empresa independente.

Espernear pelo peering com os grandes não é um caminho muito
produtivo, promover a possibilidade para que os "pequenos" possam
trocar tráfego entre si é muito mais efetivo. Bom pode ser que você
efetivamente não queira isto e advogue a regulação para exigir que o
grande troque com o médio mas não com o pequeno.

Só para lhe dar uma idéia o nosso pequeno ASN hoje já entrega mais da
metade do seu tráfego em acordos de troca de tráfego majoritariamente
multilaterais.

> > Esta é uma lista de engenheiros, ou seja trata na prática do que é
> > possível de ser feito para melhorar a situação atual. Buscar aqui as
> > causas ou soluções para o problema dos monopólios regionais de
> > telecomunicação, apesar de interessante me parece que vai ser bem
> > ineficiente.
> 
> 
> Você não entendeu, a causa do tráfego internacional ser mais barato são os
> custos e acordos de peering das empresas monopolistas. O ponto aqui não é o
> monopólio em si. O balancemento ideal entre custo, capacidade e qualidade
> está diretamente relacionados ao trabalho diário dos engenheiros. E neste
> sentido qualquer discussão sobre custo é on-topic, seja este custo derivado
> do monopólio ou não.

Não disse que é off-topic, disse que esta linha de discussão me parece
infrutifera. Ficar procurando alguém para nos tutelar ou culpar é uma
linha de pensamento já bem ultrapassada.... nada como o nosso bom e
velho e grande estado :-)

> > > Se o interesse não for tão grande assim há coisas muito mais simples
> > > que também ajudariam a interconexão das redes:
> > > http://eng.registro.br/pipermail/gter/2008-September/020315.html
> > > http://eng.registro.br/pipermail/gter/2008-September/020301.html
> > >
> > > Enfim, mas o que me motivou a responder foi esta crítica generalizada
> > > a quem usa tráfego internacional para acessar redes BR. Sei que a
> > > motivação pode se referir à troca de tráfego entre E e G, assunto de
> > > emails recentes, mas se conhece os motivos, ou conhece E, critique E e
> >
> > Qual o objetivo prático de criticar a Embratel aqui ?
> 
> 
> Parece bem óbvio criticar determinados acordos de peering que levam à
> situações exdrúxulas, mas caso haja alguma dúvida peça que o
> registro.brfaça uma consulta com os provedores para saber se estão com
> algum problema
> em obter peering satisfatório com determinada operadora. Acredito que não
> faltarão manifestações para te esclarecer.
> 
> Quanto à troca de tráfego entre E e G, o CG, cumprindo suas atribuições,
> deveria solicitar diretamente tais esclarecimentos.

Se você quer continuar esta história poste o AS-PATH.

> > > não os que usam tráfego internacional apenas porque precisam
> > > sobreviver ao monopólio e preços/peering abusivos destas três.
> > > Monopólio este que muitos preferem fingir que não existe  o pecado
> > > capital da má qualidade da internet brasileira.
> >
> > Por mais que exista um benefício econômico, o deserviço da adição de
> > 300ms entre os clientes de quem faz isto e os do ASN X já me parece
> > mais do que suficiente para relegar o "pequeno" que opera desta forma
> > a continuar nesta condição.
> >
> 
> Como diz a Cogent, qualquer um está aberto a peering local diante de
> condições justas. Não sei como anda o setor de pesquisa do registro.br mas o
> SLA do RTT até Miami está mais para 100 do que 300ms.

Não estamos falando em hospedar conteúdo em Miami, estamos falando em
trocar tráfego em Miami entre dois ASNs aqui no Brasil, neste caso são
no mínimo 2 x RTT.

[]s
Fred



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