[GTER] RES: Confirmado traffic shaping no Virtua

Erick Robert Heinrich erick at heinrich.com.br
Thu Jun 21 11:24:55 -03 2007


Apoiado 100%... As operadoras estão se acentando, querendo apenas ganhar
dinheiro, evoluindo muito pouco e numa aceleração muito baixa, enquanto o
mundo lah fora está jah pensando em redes residenciais de 100Mbps de banda
larga a preços muito mais acessíveis... mas, como é fácil criar esse tipo de
monopólio aqui no Brasil, elas naum precisam investir muito em upgrades de
infra-estrutura... jah estão ganhando muito bem fazendo pouco... velho
jeitinho brasileiro... portanto ao invés de gastar em infra estrutura, que é
o que a internet está demandando, vamos limitar o acesso dos nossos
clientes à internet...

Quero soh ver quando o tal do IPTV começar a pegar...

Em 21/06/07, Andre Uratsuka Manoel <andre at insite.com.br> escreveu:
>
> On Thu, Jun 21, 2007 at 12:55:01AM -0300, Tukso Antartiko wrote:
> > Não sou advogado e isto não é conselho legal, estamos apenas
> > discutindo de maneira informal. Não tome qualquer ação baseada nesta
> > discussão sem antes consultar um advogado.
>
>        Idem
>
> > Pelo meu entendimento se um tráfego é ilegal você não é obrigado a
> > transportar. Você me perguntaria quais as bases legais para esta
> > conclusão. Como disse não sou advogado apenas "tento" prestar atenção
> > nas palavras deles para "tentar" compreender o que eles querem dizer.
>
>        Eu diria que se você sabe sem sombra de dúvida que o tráfego é
>        ilegal, você tem o dever de não transportar.
>
> > Atualmente, a maioria do tráfego P2P é ilegal.
>
>        Mas não todo o tráfego P2P é ilegal e você não pode, ou no
>        mínimo não deve, partir de uma presunção de culpa dos seus
>        clientes.
>
> > Sob meu ponto de vista, faz parte da responsabilidade moral de um
> > provedor, com os recursos que tiver disponíveis, tentar identificar e
> > bloquear tráfego "claramente ilegal".
>
>        Do meu ponto de vista, não. Não faz parte das atribuições do
>        provedor tentar identificar e bloquear esse conteúdo, mesmo
>        porque faz parte das obrigações do provedor respeitar a
>        privacidade dos usuários. Provedor não é, e não deve ser,
>        polícia. As pessoas não são culpadas antes de cometerem um
>        crime, apenas depois.
>
> > Alguns que não dêem importância à moral dirão que este tipo de
> > responsabilidade é bobagem. Que seja, mas são nos grandes vazios
> > morais que alguns moralistas conseguem espaço para promover medidas
> > draconianas.
>
>        Obrigado pela parte que me toca. Você diz que eu sou amoral.
>        Mas talvez seja o contrário. Eu não sou um usuário de redes
>        P2P, mas eu acho importante que pelo menos diversas delas
>        existam. E acho importate que outros valores importantes como
>        liberdade e privacidade também são importantes. A moralidade e a
>        ética não tem só um lado, mas sim um balanço entre diversos
>        princípios e interesses. Você está falando sobre evitar custos
>        altos de banda e usando a moral como justificativa. Em outras
>        palavras, você está sendo um falso moralista.
>
> > Partindo para o aspecto prático outros dirão que controlar TODO o
> > tráfego ilegal é maluquice, visto o tempo e a complexidade envolvida.
> > Realmente é muito complicado, especialmente quando não é controlado
> > logo no ínicio e se dissemina, mas tendo a "acreditar" que a regra de
> > Pareto se repete no P2P:
> > apenas alguns arquivos e origens seriam responsáveis por grande parte
> > do tráfego P2P.
> >
> > Para ter um impacto significativo o importante não é filtrar tudo, mas
> > saber no que se focar.
> >
> > Não quero entrar muito na definição do que seja claramente ilegal, mas
> > um filme de Holywood que ainda está no cinema, tem grande chance de
> > ser um arquivo claramente ilegal. E provavelmente também será um
> > grande tráfego P2P, por ser recente.
>
>        Tem grande chance ou tem a certeza? Como você sabe que o que
>        está trafegando é um filme de hollywood e não um ISO do ubuntu,
>        ou um vídeo que está em domínio público e portanto pode ser
>        legalmente trocado? Você tem idéia do número de filmes que já
>        estão em domínio público?
>
> > Existem também situações onde determinado servidor, normalmente no
> > exterior, é dedicado a atividades principalmente ilegais e por isso
> > gera muito tráfego. Primeiro faça uma denúncia informal para o
> > provedor do mesmo.
> > Se não resolver, como você não é proprietário de direitos autorais
> > nenhum, nem recomendo que se associe a eles se não quiser se tornar
> > refém dos mesmos, faça uma denúncia aos orgãos competentes que "chegou
> > ao seu conhecimento através da mídia (um site qualquer) a existência
> > de uma site/servidor com diversas atividades ilegais".
> > Depois, de posse da denúncia, peça para um juiz  "com o objetivo de
> > salvaguardar os seus usuários, autorização para bloquear o referido
> > servidor enquanto o processo é investigado"
>
>        Você acabou de descrever o youtube, onde há
>        atividades ilegais acontecendo, embora elas não sejam, a meu
>        ver, nem de longe a maioria. Você quer pedir para um juiz
>        bloquear acesso a um site sem que haja culpa estabelecida e
>        simplesmente para resolver os seus problemas de banda. Vejo aí o
>        seu interesse se sobrepondo ao interesse dos seus usuários.
>
>        Acho que se sua política é essa, você devia deixar claro para
>        seus potenciais e existentes clientes que isso acontece, e nunca
>        mentir ou fingir.
>
> > Existem outras soluções e esta sozinha não resolverá o problema,
> > especialmente com o esperado aumento do tráfego P2P legalizado. Mas,
> > considerando o aspecto moral e não importando quanto de banda se dê
> > para os entusiastas de P2P que eles se adaptarão para abusar tudo,
> > esta é uma das melhores soluções.
>
>        Você não gosta mesmo dos seus usuários, pelo visto... A
>        tendência é todo mundo consumir muita banda, não importa quem.
>        Temos youtube, google video, WOW, chats de video, radios
>        on-line, joost, e pelo visto todos que usam esses serviços são
>        problema para você.
>
> > Agora o lado ruim. Tudo funciona bem enquanto você está no comando,
> > mas quando descobrirem que está filtrando tráfego logo chuverão
> > liminares pedindo bloqueios. Estes bloqueios extras podem tomar todos
> > seus recursos e você considerará alguns deles imorais.
>
>        Sim, mas nesse caso, quem é você para julgar? Você já simulou
>        uma repulsa moral a determinadas atividades para reduzir seu
>        gasto de banda...
>
> > Por isso tome o seguintes cuidados:
> >
> > - Seja low profile.
> > Não deixe seu usuário comum saber que você está filtrando tráfego,
> > faça-o pensar que é o destino dele que está com problema. Exemplo:
> > deixe ele acessar a página principal de um site famoso, mas faça que a
> > pesquisa nunca retorne resultado.
>
>        Você está falando em interferir diretamente na resposta do site?
>        Não faça isso! Você não tem o direito de fazer isso!
>
> > - NUNCA desenvolva uma solução in house.
> > Compre uma caixa preta, especificada por você e fabricada no exterior
> > (para não existir vendedor, candidato a testemunha, que diga que ela
> > faz tudo e mais um pouco.)
>
>        Estamos agora na área da simulação.
>
> > Se alguém te pedir algo extra você poderá responder com razão: os
> > filtros são atualizados pelo fabricante eu só consigo excluir, que eu
> > saiba ela suporta apenas dez filtros, não guarda log.
> >
> > Se alguém quiser te obrigar a usar, seu advogado pode, pelo fato de
> > nenhum produto ser perfeito, tornar os defeitos (falsos positivos,
> > lentidão, falhas, travamentos) tão horripilantes que você não precise
> > usar.
> >
> > Agora, se você desenvolve um produto destes internamente:
> > "incompetência" não será considerada desculpa e nem quero imaginar o
> > que será forçado a fazer e quando custará esta brincadeira.
> >
> > Depois falo dos pacotes/conexões pois já falei muito hoje.
>
>        Veja, acho que você tem o direito de fazer operações na sua rede
>        para garantir ou favorecer a estabilidade dela. Acho
>        permissível, por exemplo, impor limites diários e mensais de banda,
>        dar baixa prioridade para tráfego em determinadas portas sobre
> outro
>        tráfego, mas você deve fazer isso sem olhar o conteúdo, e você
>        deve ser claro que está fazendo isso e por que motivo. Se um
>        cliente dá muito prejuízo, cancele o contrato, mas não fique
>        prejudicando todo mundo e mentindo sobre isso. Eu não vou ficar
>        nervoso, pensando em processar você se você me avisar com
>        antecedência.
>
>        A área é difícil porque nessa área escala conta muito, e as
>        operadoras tem muita escala. Ao mesmo tempo, não compartilham a
>        rede, bloqueando o unbundling e tentam avançar no Wimax, eu sei
>        disso, mas a lógica do aumento de banda e dos novos protocolos
>        é inexorável. Oferecer um serviço melhor que elas é talvez uma
> saída
>        melhor que oferecer um serviço pior. Se você é pequeno e oferece
>        um bom serviço e sair do negócio porque não conseguiu crescer
> rápido
>        o suficiente para acompanhar as grandes, eu vou sentir a sua falta,
>        e talvez até faça campanha contra as grandes. Se você é tão ruim ou
>        pior que elas, eu não estou nem aí.
>
>
>        Andre
>
> --
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