[GTER] Fw: Arbitrariedade praticada pelo UOL]

Carlos Ribeiro cribeiro at mail.inet.com.br
Sun Jan 26 18:55:00 -02 2003


Cleri,

Imagino a sua surpresa ao perceber o que estava acontecendo. Sua preocupação é 
mais do que justificada. Apesar disso tudo, se você quiser ganhar esta briga, 
é importante separar os aspectos do problema. De acordo com o que você 
relatou no seu email, podemos fazer a seguinte análise:

1) Do ponto de vista técnico, não há nada de errado com o que você diz que o 
UOL está fazendo. Os servidores são deles, eles podem fazer o que quiserem. A 
liberdade da Internet é justamente essa, e não há nenhum termo de garantia 
atachado em qualquer pacote que passa pela rede.

2) Do ponto de vista legal, o redirecionamento de tráfego em si também não 
representa nenhum problema. Ninguém é obrigado a dar tratamento igual ao 
tráfego da Internet, e até onde eu saiba, não há regulamentação nenhuma a 
respeito.

3) Do ponto de vista ético, certamente o UOL passou dos limites.

4) Se há um problema legal, ele decorre do critério de discriminação de 
tráfego, na forma do ABUSO DE PODER ECONÔMICO, que ficaria configurado pelo 
fato de UOL ser uma empresa de porte nacional e que está usando tratamento 
discriminatório para 'aliciar' usuários de outros provedores. Como bem disse 
o Rubens, aqui tem munição para o CADE.

Sugiro a vocês que se sentem afetados pelo redirecionamento que tomem algumas 
providências:

1) Acumulem evidências sobre o problema. Não sei qual a melhor forma, mas 
algumas impressões de página devem ajudar.

2) Verifiquem quais são os provedores afetados pelo problema. Por exemplo, 
clientes do IG ou do Terra também são redirecionados? Se eles não estiverem 
sendo redirecionados, fica mais fácil alegar a discriminação com base 
econômica.

Finalmente, lembro de um ditado que eu vi em inglês, que diz: 

"Nunca atribua à malícia o que pode ser adequadamente explicado pela 
estupidez"

Dito isso, não me surpreenderia se o redirecionamento fosse suspenso 
voluntariamente pelo UOL. 


Carlos Ribeiro
cribeiro at mail.inet.com.br



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