[GTER] Decisao PROCON SP

Saliel Figueira Filho saff at alternex.com.br
Fri May 17 14:22:00 -03 2002


Salve,

Carlos Ribeiro <carribeiro at yahoo.com> writes:
> 
> Saliel,
> 
> Isso pressupõe que o ISP tem a infraestrutura necessária para acesso
> em banda larga, ou seja: links STM1 ou superiores, switches ATM,
> giga routers... tirando meia dúzia de ISPs nacionais, quem mais tem
> condições de fazer isso funcionar? Afinal de contas, quantos ISPs no
> Brasil tem sequer um AS próprio?

Concordo que carregar tráfego de banda larga em tempos de gnutella e
afins não é pra qualquer um ... Talvez não tenhamos mesmo hoje
condição de suportar mais do que meia dúzia de provedores de banda
larga. O meu comentário não se limitava à banda larga. Hoje existem
este mesmo tipo de contrato com relação a acesso discado. 

O provedor local, pequeno, tem que se mexer para reduzir seus custos,
trocar tráfego, fugir da extorsão do trânsito, ser criativo. Para isto
tem que saber mais de Internet. BGP não é conhecimento iniciático, não
tem que ter medo.

> 
> O modelo que temos no Brasil, com todos seus defeitos, tem uma
> virtude: ele permite que os pequenos ISPs - aqueles locais, com
> poucas centenas de assinantes - continuem prestando serviços. Está
> cada vez mais difícil, é verdade, mas não dá para fazer mágica: é
> uma questão de mercado. Não dá para reclamar do modelo.

Eu não sou contra o modelo, só acho a atenção deveria se deslocar
naquilo que o Rubens falou, o contrato casado de venda de acesso IP,
levando todo o tráfego banda larga para dentro da operadora, e tirando
todo a capacidade do provedor de negociar o contrato dos seus
links. Se o provedor se acomodar, ele vai perder o usuário. Sei que
isto (banda larga) não é para todos, mas se a prática persistir,
estaremos todos na mão das operadoras no que diz respeito a banda
larga.

> 
> Também discordo de outro comentário seu, segundo o qual IP não é o
> negócio da operadora; 

Desculpe a generalização ;-)! Tenho certeza que nos últimos anos houve
uma evolução muito grande do nível de conhecimento sobre Internet
dentro das operadoras, e também que IP é assunto estratégico dentro
das operadoras (ainda mais com a evolução do VoIP), mas _trânsito para
Internet_ não é o negócio principal das operadoras.

Você que (creio) trabalha com acesso IP p/ a internet dentro de uma
operadora, deve saber bem do que eu estou falando, mas por outro lado,
a CBTC Telecom pode ser atípica :-)

> Aliás, você se assustaria em ver que o nosso 'maior upstream' já não
> é tão exclusivo como já foi...

Não precisa me dizer ... :-)

Saliel




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