[GTER] Traffic Engineering

Loureiro, Rodrigo RLoureiro at unispherenetworks.com
Mon May 6 12:09:00 -03 2002


Reinaldo,
 
Acredito realmente que o primeiro passo em direção a uma rede convergente
seja ter uma infra-estrutura capaz de acomodar o pior caso, seja esse voz,
vídeo etc. 
 
Lembro-me da sua palestra sobre traffic engineering, onde você sugeria
atualizar os drivers TCP dos hosts da rede , a fim de otiimzar o consumo de
banda. Não preciso dizer que não concordo com esse ponto-de-vista, e que ele
é completamente inviável para um provedor de serviço, no entanto respeito-o.
 
Carlos, da próxima vez responderei em offline.
 
--
Rodrigo

-----Original Message-----
From: Reinaldo Penno [mailto:reinaldo_penno at nortelnetworks.com]
Sent: Monday, May 06, 2002 7:37 AM
To: gter at eng.registro.br
Subject: RE: [GTER] Traffic Engineering





>-----Original Message----- 
>From: Loureiro, Rodrigo [ mailto:RLoureiro at unispherenetworks.com
<mailto:RLoureiro at unispherenetworks.com> ] 
>Sent: Monday, May 06, 2002 7:27 AM 
>To: 'gter at eng.registro.br' 
>Subject: RE: [GTER] Traffic Engineering 
> 
> 
>Carlos, 
> 
>Acho que o problema começa antes disso. Primeiramente você 
>precisa ter uma 
>infra-estrutura IP capaz de atender as condições de contorno de sua 
>aplicação (ex: baixa latência). Existem diversos pré-requisitos 
>arquiteturais para se conseguir isso, como arquitetura 
>distribuída baseada 
>em hardware (ASICs, FPGAs), implementação de filas em hardware 
>por usuário, 
>wire-speed, capacidade de coletar estatísitcas granulares em 
>wire-speed sem 
>afetar a performance do equipamento... 

papo de vendedor...vamos ver se no proximo email vc da argumentos mais
convincentes. 

Imagine que exista uma 
>política de 
>QoS implementada no backbone, de forma a dar preferência a aplicações 
>críticas. E,num determinado instante de tempo, experimentou-se 
>congestão num 
>nó da rede. Se esse nó da rede não conseguir diferenciar 
>tráfego tão rápido 
>quanto a velocidade da linha, certamente os pacotes da 
>aplicação crítica 
>serão discartados, mesmo que a quantidade de tráfego crítico 
>seja menor do 
>que a banda disponível no tronco congestionado. 
> 
>Enfim, concordo que convergir diferentes tecnologias numa mesma 
>infra-estrutura seja complicado num primeiro momento, principalmente no 
>tocante à capacity-planning, engenharia de tráfego... 
>Entretanto, existe 
>solução estável para todos os pontos levantados abaixo e, uma 
>vez feito da 
>forma correta e endereçando todos as condições de contorno 
>relevantes, a 
>operação fica bastante otimizada. 
> 
> 
>-- 
>Rodrigo 
> 
> 
> 
>-----Original Message----- 
>From: Carlos Ribeiro [ mailto:carribeiro at yahoo.com
<mailto:carribeiro at yahoo.com> ] 
>Sent: Friday, May 03, 2002 2:38 PM 
>To: gter at eng.registro.br 
>Subject: Re: [GTER] Traffic Engineering 
> 
> 
>On Fri 03 May 2002 15:55, you wrote: 
>> Enfim, já existe tecnologia capaz de fazer grande uso dos 
>conceitos de 
>> traffic engineering. 
> 
>Rodrigo, 
> 
>Certamente que a tecnologia existe... RSVP-TE, CR-LDP e toda 
>uma sopa de 
>letrinhas para estabelecer túneis 'automagicamente' dentro uma 
>rede MPLS. No 
> 
>entanto, não foi esse o ponto que eu estava levantando. 
> 
>Para tirar proveito dessas ferramentas, é necessário que seja feito um 
>trabalho sério de dimensionamento e de engenharia de tráfego. 
>Por exemplo: 
>em 
>uma rede de voz tradicional, existe o modelo de Erlang, onde 
>todo interesse 
>de tráfego é considerado. O resultado final indica o 
>dimensionamento correto 
> 
>dos troncos entre as centrais para carregar o tráfego especificado. 
> 
>Agora, vamos fazer tudo sobre IP, com MPLS e RSVP-TE. Qual 
>será a banda 
>necessária em cada tronco? Se a única aplicação na rede for 
>voz-sobre-IP, 
>então o modelo de Erlang se aplica, pelo menos no sentido de 
>prever quantas 
>conversações simultâneas precisam ser suportadas no mesmo 
>link. Em princípio 
> 
>(há controvérsias a respeito disso), bastaria converter o 
>número de canais 
>em 
>volume de banda, usando para isso os parâmetros de 
>dimensionamento do canal 
>emulado com voz sobre IP (incluindo overhead, etc.). 
> 
>Agora, vejamos as diferenças de se fazer isso sobre uma rede IP/MPLS. 
> 
>1) Suponhamos que um determinado roteador 'caia'. O tráfego de 
>voz deve ser 
>reroteado por outro caminho. No caso da central de voz, 
>existem conceitos 
>como rota alternativa e rota de transbordo, que permitem ao 
>engenheiro de 
>tráfego especificar, de antemão, qual será a política de 
>roteamento em caso 
>de problemas. Estas rotas (alternativa e transbordo) também 
>seguem políticas 
> 
>bem definidas, e são dimensionadas de acordo com os estudos de 
>engenharia de 
> 
>tráfego. Assim, a operadora sabe que, se uma rota 'cai', a 
>rota de reserva 
>tem capacidade para suportar o tráfego adicional. 
> 
>No caso da rede IP/MPLS, a escolha da rota alternativa depende 
>em grande 
>medida do IGP utilizado (OSPF-TE ou MP-BGP, por exemplo), e 
>dos pesos usados 
> 
>para cada uma das rotas. No entanto, qualquer um que já tenha tentado 
>configurar sistemas de roteamento IP dinâmico sabe o quanto é 
>difícil prever 
> 
>exatamente o que vai ocorrer em cada cenário; mais difícil 
>ainda é acertar 
>os 
>pesos de tal forma que você consiga prever o que acontece em 
>*qualquer* 
>cenário. Uma pequena mexida em um ajuste local, e a 
>convergência da rede 
>para 
>outros casos também é afetada. Assim, é fácil que uma decisão de 
>reroteamento 
>faça com que o tráfego, que antes cabia no tronco principal, 
>sature o tronco 
> 
>reserva. 
> 
>2) Por enquanto, era só voz... agora, coloque no mesmo tronco 
>voz, dados, 
>etc. Neste momento, ainda não há modelos adequados para prever 
>o que é que 
>pode acontecer quando houver uma falha. O resultado vai 
>depender do bom 
>senso, da experiência (e sorte) do engenheiro responsável pelo 
>roteamento 
>IP. 
> 
>Felizmente (ou infelizmente?) o problema ainda não é sério, 
>porque ainda é 
>mais barato superdimensionar os troncos de dados do que fazer um bom 
>trabalho 
>de engenharia de tráfego. No entanto, por mais que desejemos 
>que seja assim, 
> 
>isso não deve permanecer para sempre... Mesmo hoje, com um 
>cenário econômico 
> 
>recessivo, falar em superdimensionamento é tabu. 
> 
> 
>Em resumo: Traffic Engineering não se resolve só com uma 
>tecnologia, ou com 
>um protocolo, por melhores que sejam. É necessário desenvolver 
>modelos, 
>práticas, e principalmente, cultura para que isso seja 
>possível. A não ser, 
>é 
>claro, que continue sendo mais barato superdimensionar os troncos... 
> 
> 
>Carlos Ribeiro 
>CTBC Telecom 
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