[MASOCH-L] Recuperação de Dados - HD Externo

Henrique de Moraes Holschuh henrique.holschuh at ima.sp.gov.br
Fri Feb 24 10:35:14 -03 2012


On 23-02-2012 21:35, Bruno Camargo wrote:
> Li q vc precisa estar em um ambiente livre de poeira pra poder abrir
>  o disco com mais segurança.
>
> E se eu fosse num data center e fizesse a troca do "plate" lá dentro,
> onde teoricamente não existe poeira.

Você iria estragar o disco ainda mais, e provavelmente tornar impossível
a recuperação.  A definição de "não existe poeira" para fazer isso
direito é absurda, mas até dá para gambiarrar[1].  Só que o conserto
potencialmente pode levar bastante tempo (é mais minucioso que trocar
CCFL de LCD de laptop, que leva diversas horas se você não tem prática)
e precisa de uma área de trabalho muito bem iluminada, calma, com lupa e
o ferramental necessário, para fazer essas trocas de componentes
internos do disco com segurança.

Então, você tem as ferramentas, conhecimento, e um disco doador para
trocar o motor do spindle, motor linear, e a head-assembly (completa,
você não vai conseguir fazer a micro-soldagem do amplificador em linha e
dos cabeçotes) se o problema for um deles?

Note que o disco doador precisa ser do mesmo tipo *interno* do
fabricante (ou seja, um disco em que um swap de placas com o que deu
defeito funcionaria).  Não sei se trocar só os pratos com os de um disco
em perfeito funcionamento que é do mesmo modelo e tamanho, mas não é do
mesmo tipo interno (ou seja, usa motor linear, amplificadores ou motor
de spindle diferente) dá certo, mas se der, já facilita.

E depois que trocar, tem que fazer uma imagem imediata do disco, porque
provavelmente ele vai durar bem pouco tempo antes de morrer de vez.
Algumas horas com sorte.

Você tem exatamente uma chance de fazer um reparo gambiarrado desses,
ele estraga tanto o disco que não vai adiantar mandar para laboratório
de recuperação de dados depois.

> E sim, os dados são muito importantes para minha esposa, emails
> profissionais dela...

Se eram tão importantes, porque não tinha backup?  Essa é uma pergunta
retórica, mas é a lição que tem que ser aprendida.

[1] Usa-se uma sala extremamente limpa na definição gambiarral da coisa
(uma onde você não vê poeira e fiapos boiando no ar contra uma luz
forte), luvas cirúrgicas impecáveis, e um jateamento de nitrogênio (ou
ar ultra-filtrado) muito cuidadoso para remover qualquer partícula que
se depositou sobre (e abaixo) dos pratos durante os trabalhos e antes de
fechar o disco.  O disco _provavelmente_ vai durar tempo suficiente para
fazer a imagem, mas vai se autodestruir bem rapidamente.

[2] imagem usando software de recuperação (copia tudo sem retry na
primeira passada, volta e tenta ler o que não conseguiu ler
anteriormente, e repete até ler tudo, atingir algum limite de
tentativas, ou o disco abrir o bico de vez).

-- 
Henrique de Moraes Holschuh <hmh at ima.sp.gov.br>
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