[MASOCH-L] Tribunal de Contas do Ceará fracassa e abandona Softlivre

Edison Bortolin edison at coslinux.com.br
Mon Aug 6 12:29:27 -03 2007


Eu concordo com o Ricardo e no lugar dele faria a mesma coisa. Acredito que
são pessoas como ele que mudam o mundo. Continue  lutando pelos seus ideais
Ricardo.

Com relação ao e-mail do Leonardo, concordo plenamente. Belo e-mail!

E acerca da frase:

"Devemos sempre trabalhar como a mente voltada para o mercado e olhos de
águia
para ver o mais longe que for possivel e nisso ir pelo caminho de maior
sucesso."

acredito que seja justamente isso que o Ricardo, o Leonardo, eu e tantos
outros estão fazendo, promovendo o uso do Linux e Software Livre onde é
possível ou cabível.

-- 
Edison Bortolin

Em 05/08/07, Leonardo Rodrigues Magalhães <leolistas at solutti.com.br>
escreveu:
>
>
>    Marco Gobbo, concordo em partes com suas afirmações abaixo. Vamos lá
> ...
>
>
> Gobbo, Marco [DANFORTH] escreveu:
> > Soluçao Linux meu amigo, é para ser utilizada SOMENTE por
> > administradores de
> > rede
> > e de sistemas, analistas, tecnicos, e todas as pessoas envolvidas com os
> > servidores,
> > firewalls, etc... ou seja,   Linux é uma grande e poderosa soluçao pro
> > CORE
> > e pra quem
> > entende. não para usuarios.
> >
> >
>
>    Pra iniciar, temos que fazer uma diferenciação que, ao meu ver, é
> fundamental para que eu possa seguir com o meu pensamento. Existem 2
> tipos de usuários finais: o usuário final DOMÉSTICO e o usuário final
> CORPORATIVO.
>
>    O usuário final DOMÉSTICO é aquele usuário de casa, que geralmente
> não têm alguém a quem recorrer caso tenha algum problema. É o usuário
> que quer, ele mesmo, instalar seus programas, fazer tudo, sem controle e
> restrição nenhuma. Tá que nessa 'fazer tudo sem controle e sem
> restrição' ele acaba se lascando .... mas isso é outro assunto. O
> usuário final DOMÉSTICO utiliza uma gama enorme de aplicações: internet,
> office, instant messaging, edição de fotos/vídeos, P2P, jogos ... enfim,
> tudo que ele quiser.
>
>    O usuário final CORPORATIVO é aquele que está dentro de uma empresa,
> utilizando softwares que a empresa julga necessários e que possui uma
> equipe de suporte que pode ser acionada, caso algo fora do normal
> aconteça, podendo ser a necessidade de um novo software ou algum
> problema ou erro. Esse usuário final não deveria conseguir instalar
> programas na sua estação. Intencionalmente, ele nem mesmo conseguiria
> baixá-los através da Internet, fato conseguido através do controle de
> internet do ambiente corporativo. Mas, se por um acaso ele conseguir
> algum 'instalador' (pendrive, CD), ele talvez não deveria ter permissão
> pra instalá-lo. O usuário final CORPORATIVO, diferente do DOMÉSTICO,
> utiliza uma gama limitada de softwares. Em vários casos inclusive, o
> usuário final CORPORATIVO abre um programa no começo da manhã e vai
> ficar com ele aberto até o final da tarde (frentes de caixa por exemplo).
>
>    Eu digo ainda que o usuário final de PEQUENAS empresas, que não
> possui departamento nem estrutura de TI bem definidas, NÃO se enquadra
> na minha classificação de usuário final CORPORATIVO.
>
>
>
>    Bom ... feita essa diferenciação entre usuários domésticos e
> corporativos, eu acho que o Linux pode se encaixar muito bem nas
> situações de usuários CORPORATIVOS sim, desde que um estudo da
> viabilidade dessa migração seja bem feito previamente. Claro que
> provavelmente vai exigir algum treinamento para os usuários, já que
> mudanças vão ocorrer, não dá pra manter 'igualzinho'. Mas pra nossa
> sorte, muitas aplicações são bem triviais (navegar e email por exemplo)
> e não devemos ter grande problema com essas.
>
>    Pacotes Office inclusive já não deveriam trazer grandes problemas.
> Muita gente, nessa altura do campeonato, já utiliza soluções gratuitas
> de Office, como Open Office por exemplo, que rodam tanto em M$ como em
> Linux. Por isso, OpenOffice no Windows ou no Linux não será grande
> diferença.
>
>    Os sistemas de gestão da empresa também deve rodar em Linux. Se não
> rodam, talvez a migração nem deveria ter sido pensada. Mas se os
> sistemas rodam em Linux, ele deve ser o mesmo sistema que roda no
> Windows e, de novo, não apresentará grandes problemas.
>
>    Sobre as dificuldades de instalar software em Linux, bibliotecas,
> dependências .... isso não é problema do usuário. Como disse, eu acho
> que o usuário final nem deve ter permissão pra isso. Essa tarefa, então,
> fica à cargo do Departamento de TI, assim como configurações e demais
> alterações gerenciais.
>
>    Nos ambientes corporativos onde existem políticas de controle do que
> o usuário consegue fazer na sua estação (não instalar programas, não
> alterar certas configurações do sistema, etc etc), os softwares de
> gestão e demais softwares utilizados possuem versão que rode nativamente
> no Linux (wine não vale pois requer DLLs do Windows e caracteriza
> pirataria tê-las no disco sem ter a licença) ..... nesses casos, eu acho
> que o Linux pode SIM ser um substituto para o Windows nas estações de
> trabalho.
>
>    Agora uma coisa que você citou é em muitos ambientes MUITO mais
> importante que o quesito técnico: o fator 'costume'.
>
>    Diferente que o Marcelo Fleury disse em resposta anterior, eu acho o
> fator costume importantíssimo. Existem ambientes onde os usuários são
> tão fechados à mudanças, por causa do costume, que QUALQUER migração,
> seja ela qual for, dará errado pelo simples fato dos usuários não
> quererem mudar seus costumes. Muitas vezes os usuários repudiam mudanças
> mesmo sem saber quais serão as vantagens do processo. Eles só não querem
> mudar e pronto.
>
>    Já vi grandes empresas perdendo muito dinheiro em migrações, alguns
> casos pra ferramentas de enorme aceitação no mercado, sendo utilizado
> por diversas outras empresas, mas em alguns casos simplesmente não deu
> certo porque os usuários não quiseram que desse certo. Ou, na melhor das
> hipóteses, os usuários não fazem a menor questão de ajudar no processo.
> Isso tudo leva o processo como um todo a falhar.
>
>    Por isso eu acho que o costume precisa ser levado em consideração sim
> e tratado, seja através de treinamentos, seja através de uma equipe de
> TI verdadeiramente preparada pra atender as necessidades dos usuários
> finais da empresa.
>
>    E, pra acabar com costume, muitas vezes é necessário bater o pé
> mesmo: já mudou e é assim agora. Se ficarmos eternamente ouvindo
> chorinhos dos usuários, nunca iremos fazer migração nenhuma. Claro que
> não devemos fechar os olhos pros problemas reais da migração e da nova
> plataforma e tentar empurrar goela abaixo. Isso também não funcionará.
> Mas ficar eternamente ouvindo murmurinhos, também não dá.
>
>
>    Dito tudo isso, eu acho SIM que o Linux pode substituir, em diversas
> situações, outras plataformas de software (M$). Sistemas que não rodam
> nativamente em Linux, como alguns sistemas de bancos e outras coisinhas,
> podem ser centralizadas num servidor TS por exemplo, sendo utilizado
> apenas pelos usuários que precisam delas.
>
>    Não acho, porém, que TODOS Windows podem ser substituídos por Linux.
> Nem em servidores nem em estações de trabalho. Acho que ambas
> plataformas possuem seus méritos e também deméritos. A escolha de
> utilizar essa ou aquela é uma decisão individual SEMPRE. O que deu certo
> pro vizinho pode não dar certo pra você.
>
>
> --
>
>
>         Atenciosamente / Sincerily,
>         Leonardo Rodrigues
>         Solutti Tecnologia
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>         My SPAMTRAP, do not email it
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