[GTER] Casos fortuitos e de força maior

Fernando Frediani fhfrediani at gmail.com
Fri Mar 22 12:19:15 -03 2019


A maioria dos casos de problemas em um backbone são casos de força maior 
e possivelmente fora do alcance da empresa evitar (queda de árvore, 
falta de energia elétrica, roubo de cabos ou caixas de emenda, etc).

Isso no entanto não necessariamente à exime de responsabilidade na 
prestação de serviço:
- Se uma parte do backbone fica fora do ar ela precisa se certificar que 
possui caminhos alternativos para escoar aquela parte do tráfego.
- Se acaba energia no PoP ele precisa ter baterias suficientes para um 
tempo de operação razoável. E quando isso nao for suficiente mandar um 
técnico com um gerador portátil ou algo do tipo.
- Se a última milha rompe ela possui o tempo mínimo estipulado em 
contrato à seu favor para reparar e para isso precisa ter alguma equipe 
própria ou terceira de prontidão para despachar par ao local

Nada disso se confunde com eventos catastróficos com uma enchente, 
tsunami, desmoronamento, etc

Acredito que não se trata de uma ciência exata mas não é tão difícil 
diferenciar um do outro.

Fernando

On 22/03/2019 08:51, MDias wrote:
> Olá pessoal, bom dia.
>
> Obrigado pelas respostas.
>
> Andrio, tem razão.  kkkkkkkkkk.
>
> Fica claro, pra mim,  que algumas operadoras/provedores estão 
> pretendendo ofuscar sua responsabilidade se apoiando nestes dois 
> conceitos "jurídicos". Mais um caso para "engrossar" os exemplos. 
> Determinada operadora indicou como caso fortuito ou força maior a 
> falta de energia em uma de suas centrais, como sendo responsabilidade 
> da concessionária elétrica local... e por aí vai...
>
>
> Abs,
>
> Marcelo Dias
>
> Em 21/03/2019 23:17, Andrio Prestes Jasper escreveu:
>> Depois de ler esse artigo entendi o teor daquela velha frase:
>> "Cabeça de juiz e bumbum de bebê nunca se sabe o que vai sair..."
>>
>> https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/580567/stj-manifesta-seu-entendimento-sobre-caso-fortuito-e-forca-maior 
>>
>>
>> Em qui, 21 de mar de 2019 às 16:38, Alberto Freire 
>> <alberto at netlogui.com.br>
>> escreveu:
>>
>>> Independente de caso foruito ou por força maior (são a mesma coisa),
>>> "acidentes" em cabos e estruturas de telecomunição é algo inerente à
>>> atividade.
>>>
>>> No meu ponto de vista, apenas eventos naturais são considerados
>>> 'fortuito/força maior', que realmente é algo complexo para se
>>> proteger/planejar. Qualquer outra coisa é passível de 
>>> previsibilidade da
>>> ocorrência, e podem ser planejados para se evitar ou reduzir impactos.
>>>
>>> Acredito que os contratados deveriam trabalhar com probabilidades, 
>>> assim
>>> seria mais simples criar SLAs em realidades pontuais e aceitáveis de 
>>> cada
>>> um.
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>> On Thu, Mar 21, 2019 at 2:54 PM MDias <diasrnp at gmail.com> wrote:
>>>
>>>> Olá pessoal, boa tarde.
>>>>
>>>> Alguém do grupo tem experiência com casos chamados de fortuitos ou 
>>>> força
>>>> maior em telecomunicações? Tem alguma documentação que possam indicar?
>>>> O questionamento está relacionado ao fato de que, tenho notado, 
>>>> empresas
>>>> de telecomunicações ou provedores que contratamos tem utilizado 
>>>> casos de
>>>> corte de fibra por queda de postes, obras, poda de árvores, etc, como
>>>> casos fortuitos e de força maior.
>>>>
>>>> Meu entendimento é este:
>>>>
>>>> *"...Caso fortuito*. É o evento proveniente de ato humano, 
>>>> imprevisível
>>>> e inevitável, que impede o cumprimento de uma obrigação, tais como: a
>>>> greve, a guerra etc. Não se confunde com *força maior*, que é um 
>>>> evento
>>>> previsível *ou* imprevisível, porém inevitável, decorrente das 
>>>> *forças*
>>>> da natureza, como o raio, a tempestade etc..."
>>>>
>>>>
>>>> Att,
>>>>
>>>> Marcelo Dias
>>>>
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>>>>
>>>
>>> -- 
>>> Alberto Freire
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