[GTER] Como se antecipar ao downtime baseado na metereologia?

T. Ayub listas at ayub.net.br
Tue Mar 12 12:16:51 -03 2019


Aloha Edinilson,


Obrigado por compartilhar sua experiência. Mas o que busco mesmo é um
"efeito borboleta": tempo severo pode causar direta ou indiretamente dano
às telecomunicações, seja rádio-enlace ou seja fibra:

*1)* Temperaturas altas podem provocar travamentos em equipamentos
eletrônicos em campo, fora de data center.
*2)* Ventanias e chuva podem provocar interrupção prolongada de energia
para além da autonomia de no-breaks e geradores.
*3)* Granizo podem danificar permanentemente antenas de rádio enlace.
*4)* Ventanias e granizo podem provocar quedas de árvores e postes rompendo
fibras aéreas.
*5)* Incidência de raios podem queimar equipamentos, principalmente os
expostos em torres e rooftops.
*6)* A alta pluviosidade pode reduzir (ou interromper) a modulação de
rádio-enlaces.

E a lista segue. O que gostaria de responder é:

*a)* A partir de quantos milímetros de chuva um dado PoP ou cliente é
afetado na maioria das vezes?
*b)* A partir de quantos km/h de vento um dado PoP ou cliente é afetado na
maioria das vezes?
*c)* A partir de quantos graus celsius no bairro/cidade os equipamentos em
campo começam a travar?
*d)* Qual PoP ou qual cliente é costumeiramente afetado por granizo?

Para plotar no mesmo gráficos estes índices e o número de incidentes
preciso de uma fonte confiável destes dados. Com uma série história longa
começarei a prever downtime provocado por incidente meteorológico. Poderei
ver a previsão do dia e já presumir que um dado bairro ou PoP ou cliente
terá problemas e agir preventivamente.

O primeiro passo é: qual fonte de dados meteorológicos adotar?

Abraços,

Ayub
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Em seg, 11 de mar de 2019 às 19:18, Edinilson J. Santos <
edinilson at atinet.com.br> escreveu:

> Em 09/03/2019 18:43, T. Ayub escreveu:
> > Aloha,
> >
> > Enquanto escrevo este e-mail atrás do meu notebook há uma janela onde
> estou
> > assistindo o prédio do outro lado ser golpeado lateralmente por gotas de
> > água e granizo. Está chovendo e ventando tão intensamente que a chuva vem
> > paralela ao solo e não perpendicular a ele na região metropolitana de São
> > Paulo.
> >
> > Aqui Vivo e NET Virtua estão e pela cena que descrevi acima qualquer ISP
> > estaria. Eu gostaria de antecipar o downtime de redes de
> telecomunicações e
> > internet baseado na metereologia.
> >
> > Imagino ser possível tomar nota da precipitação em milímetros de chuva e
> > velocidade em quilômetros por hora do vento a cada episódio de donwtime
> de
> > um PoP (seja por danos às antenas, cabos ou falta de energia na região).
> Se
> > toda vez que passamos de 30 mm de chuva o PoP XPTO fica fora, se a
> previsão
> > do tempo diz que fará 35 mm em um dado dia, é possível já mandar equipe
> de
> > campo para o local e eventualmente até avisar os clientes.
> >
> > Vejo que a SOMAR, Climatempo e similares possuem serviço de
> monitoramento e
> > alerta meterológico voltado para eventos a seu aberto, agricultura e
> > canteiro de obras. Será que vale a pena contrar esse tipo de serviço para
> > um ISP ou operadora de telecomunicações?
> >
> > Alguém já implementou isso tem alguma experiência para compartilhar? Qual
> > fonte de dados meteorológicos usou? Implementou alguma automação?
> >
> > Abraços,
> >
> > Ayub
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> > Canal no *YouTube* "Eu faço a internet funcionar":
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>
> Como temos POPs em locais remotos, no passado (entre 2007 e 2012) eu
> tentei fazer algo +- do tipo que você está pensando.
> No meu caso, não seria especificamente para problemas com inundações, mas
> problemas com raios (na época sistemas solares ainda eram inviáveis).
> Queriamos desligar alguns POPs *ANTES* de tempestades de raios.
>
> Como estou em Atibaia/SP (60km de São Paulo Capital) acreditei que o CPTEC
> INPE daria as informações mais acuradas para minha região. Porém, não
> conseguimos, na época, chegar a resultados positivos pois as informações
> não eram condizentes/atualizadas com o que estava acontecendo num
> determinado dia/horário.
>
> Quando o INPE instalou o novo supercomputador chamado Tupã (1), achamos
> que iria melhorar bastante a previsão mas, na prática, não mudou muito.
> Confiávamos mais no nosso instinto de quem conhece a região que dava mais
> certo.
>
> Por um tempo, tentamos também nos basear no Projeto P&D - Monitoramento de
> Tempestades - COELCE -USP - UECE (atualmente chamado Raios Online) (2), mas
> para minha região não mostrava, na época, dados confiáveis e atualizados.
> Atualmente esse sistema Raios Online possui também as precipitações (3),
> talvez seja o que você quer. Não sei SE é confiável, teria que testar.
>
> Resumindo: não tive sucesso, na época, para a finalidade que queria.
>
>
> Acredito que a Defesa Civil de cada cidade utilize, atualmente, algum
> sistema mais preciso para a finalidade que você quer. Precisaria descobrir
> qual utilizam e se basear por esse sistema.
>
> Fica a dica: Como São Paulo (capital) é praticamente um mundo a parte,
> talvez seja interessante montar uma Startup e vender esse tipo de serviço
> para as empresas de Telecom....
>
>
> Edinilson
>
>
> [1] http://www.inpe.br/noticias/noticia.php?Cod_Noticia=2403
> [2] http://www.zeus.iag.usp.br/
> [3] http://www.zeus.iag.usp.br/sirt_novo.php
>
> --
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