[GTER] NET Virtua (AS28573) não tem aprendido rotas pelo ATM do de cas.ptt.br

THIAGO AYUB thiago.ayub at upx.com
Tue Jan 9 13:18:28 -02 2018


Olá Fabio,


O GeoIP do cliente não conta. Note que antes da conexão TCP ser
estabelecida entre o usuário e o edge da CDN, o que ocorre é a resolução de
DNS. E o que a CDN tem como saber é o IP do DNS resolver, quem perguntou ao
DNS autoritativo a resolução de DNS. Quando o IP do endpoint é conhecido,
essa eleição já foi feita. Ainda haveria a oportunidade de uma vez
conhecido, fazer um HTTP 302 para um FQDN com IP único de um edge mais
próximo, mas isso aumentaria o tempo do início da entrega do conteúdo (o
que para web apps é muito incômodo).

Talvez em algumas aplicações proprietárias alguém lance mão desse recurso
de usar o GeoIP do usuário mas nunca o vi. Nunca um content provider nos
procurou dizendo que faria isso. A decisão de qual edge de uma CDN entrega
o conteúdo ainda é baseado na esmagadora maioria dos casos na resolução de
DNS e por esse motivo, pensando em performance, ainda é importante usar o
DNS resolver do ISP em vez dos serviços gratuitos como Google DNS e Open
DNS.

Agora a forma de saber a eleição de edge mais precisa é você fazer ver qual
é o IP que resolve o FQDN que entregou o conteúdo (ex.:
images.nomedosite.com.br) e traçar rota para esse IP para tentar inferir se
ele está próximo ou longe.

Abraços,




*T. Ayub* | Chief Technology Officer

T.  +55 11 2626 3952 <+55%2011%202626-3952>

www.upx.com

Em 8 de janeiro de 2018 23:39, Fábio Rodrigues Ribeiro <
listas at farribeiro.com.br> escreveu:

> Olá, boa noite
>
> Obrigado! Desconhecia a forma de eleição, como explicou, dos CDNs.
> Acreditava que era melhor usar o DNS do provedor pois a reescrita da
> entrada (ou mascarando pacotes) da caixa apontando para o que está dentro
> do provedor. E o GEO do IP do cliente não conta?
>
> Sobre o que imaginei sobre a eleição usando GPS, talvez seria possível,
> mas a nível de aplicação, embora nem o mais perto é o que entrega a menor
> latência considerando a velocidade do link. Acredito que o IX mais próximo
> de mim não é qual estou conectado, embora as telecoms daqui preferem
> diretamente em SP, onde os big players se encontram lá, logo, são dois ou
> mais saltos. Fora dar a volta no estado inteiro (pela fronteira, SJRP e
> RIBEIRÃO), em vez de uma linha imaginária, cortando se no meio de fora a
> fora.
>
> Não sei, até uns 3a atrás, a última milha de fibra em SP STATE era Ilha,
> Araçatuba e Prudente. Cidades até a TRÊS LAGOAS era tudo por rádio. Agora é
> saber se estão elegendo corretamente, se não como fazer correções em
> entrada DNS recursivo?
>
> Em 08-Jan-18 17:24, THIAGO AYUB escreveu:
>
>> Olá Fábio,
>>
>>
>> A esmagadora maioria das CDNs elege o edge para entregar o conteúdo a
>> partir da consulta de DNS, ou seja, a geolocalização do IP do DNS resolver
>> importa. É o caso da nossa CDN UPX. Se o DNS resolver estiver nos EUA, os
>> endereços IPv4 e IPv6 da resposta de DNS corresponderão a um servidor nos
>> EUA. Isso se torna complicado quando se usa Google DNS ou outros DNS
>> resolvers abertos como o da Level 3, pois atrapalha a eleição de edges e
>> torna o conteúdo das CDNs mais lentos, o que é explicado nesse vídeo [0] e
>> na própria documentação oficial do Google DNS [1]. Esse é um dos motivos
>> de
>> o uso de Open DNS e Google DNS não ser recomendável na minha avaliação.
>>
>> Tanto o Google DNS como o Open DNS implementaram um recurso adicional que
>> ao fazer a consulta no DNS autoritativo, eles dizem qual é parte do
>> prefixo
>> do real solicitado para ajudar as CDNs a não acharem que todos os usuários
>> deste serviço estão nos EUA mas vale lembrar que o mundo não é feito só de
>> Akamai, Google e outras gigantes. A maioria das CDNs não suporta este
>> recurso e a penalização na performance será sentida.
>>
>> Outra técnica mas bem mais rara é o uso de BGP Anycast. Neste caso, não é
>> a
>> geografia que pesa e sim a telegeografia (ex.: ASPATH, rotas conhecidas
>> por
>> route servers em internet exchanges). CDNs que operam o próprio backbone
>> são as que conseguem fazer melhor uso desta modalidade.
>>
>> Nunca encontrei qualquer outra técnica além destas, nada sequer parecido
>> pelo uso de geolocalização do dispositivo como você imaginou. Apesar de
>> interessante num primeiro olhar, note que o fato de dois pontos estarem
>> geograficamente próximos não significa que eles estão conectados. Muitos
>> sistemas autônomos presentes na mesma cidade seja diretamente ou através
>> de
>> seus upstreams se encontram em São Paulo para só então o tráfego voltar a
>> suas cidades. Por esse motivo, a conectividade, o mapa da internet pesa
>> mais na performance que o mapa geográfico.
>>
>> Para as CDNs de aluguel (como a nossa), que estão à disposição de qualquer
>> dono de conteúdo, a distribuição dos edges leva em conta este tipo de
>> critério. É uma pena ainda encontrar RFPs e licitações públicas que tomem
>> como único critério o número de cidades com edges presentes. Uma CDN com
>> uma lista menor porém melhor conectada proporcionará melhor performance.
>>
>> Links:
>>
>> [0] https://www.youtube.com/watch?v=h_o7zeKMab
>> [1]
>> https://developers.google.com/speed/public-dns/faq?authuser=
>> 1&pageId=106568075635932514862#cdn
>>
>>
>> Abraços,
>>
>>
>>
>>
>> *T. Ayub* | Chief Technology Officer
>>
>> T.  +55 11 2626 3952 <+55%2011%202626-3952>
>>
>> www.upx.com
>>
>> Em 8 de janeiro de 2018 14:43, Fábio Rodrigues Ribeiro <
>> listas at farribeiro.com.br> escreveu:
>>
>> Olá boa tarde
>>>
>>> Em 26-Dec-17 15:43, THIAGO AYUB escreveu:
>>>
>>> Olá,
>>>>
>>>>
>>>> Tenho observado há pelo menos 3 meses que o NET Virtua não tem aprendido
>>>> rotas anunciadas no ATM do IX.br de Campinas/SP. Isso tem sido um
>>>> problema
>>>> principalmente para IPv6 pois a adjacência entre a hoje Claro (AS4230 -
>>>> na
>>>> prática único upstream do Virtua) e a Hurricane Eletric (AS6939, maior
>>>> Tier-1 em IPv6) se dá somente nos Estados Unidos.
>>>>
>>>> Como consequências, rotas IPv6 entre clientes NET Virtua e dos demais
>>>> ISPs
>>>> e CDNs poderiam ter latência nacional enquanto têm internacional. Até
>>>> pouco
>>>>
>>>>
>>> É uma dúvida bem genérica:
>>>
>>> Como saber/forçar/determinar os dispositivos* buscarem os CDNs
>>> corretamente? Será resolve com um recursivo. Existe como refazer a
>>> localização, embora correta, e já vi casos onde o geo era uma locura como
>>> cliente final? Mesmo com GPS do celular?
>>>
>>> E como poderei checar se os pacotes estão sendo roteado/destinados como
>>> deveria ser. E sem dar uma voltinha nos EUA.
>>>
>>> * acredito que são os apps/browser que determina qual será o CDN de
>>> destino, por (geo ou latência/jitter), entretanto, a resposta do
>>> DNS/pacote
>>> pode traduzida para que o AS determinou, mascarando destinatário correto
>>>
>>> tempo atrás, nas cidades em que empiricamente apurei, o NET Virtua tinha
>>>
>>>> uma rota default para o AS4230 e aprendia todas as rotas do ATM.
>>>>
>>>> Isso significaria uma mudança na política de roteamento do Virtua? Mais
>>>> alguém nesta ou em outra praça tem observado problema similar? Algum
>>>> profissional de BGP do NET Virtua poderia entrar em contato para
>>>> demonstrarmos o problema e auxiliarmos na melhoria dos serviços que a
>>>> NET
>>>> Virtua presta aos seus clientes?
>>>>
>>>>
>>>> Atenciosamente,
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>
>>>> *T. Ayub* | Chief Technology Officer
>>>>
>>>> T.  +55 11 2626 3952 <+55%2011%202626-3952>
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