[GTER] Franquias NET

Fred Pedrisa pedrisa at hyperfilter.com
Thu Mar 16 18:58:42 -03 2017


E aqui vamos nós:

http://g1.globo.com/politica/noticia/senado-aprova-projeto-que-proibe-franquias-para-banda-larga-fixa.ghtml

Rs...
On 27/02/2017 10:13, Lista wrote:
> Pergunta.
>
> Se vc vai na padaria e solicita 20 paẽs, e a atendente fala, olha vc só vai
> levar 10, pq vc come demais e eu preciso fornecer para outros clientes.(vc
> vai ficar puto), é a mesma coisa dos heavy-users, se o cara contratou o
> plano que assim seja.
> Acho que esta idéia de limitar ou fazer qq coisa para reduzir ou cortar a
> conexão, é uma discussão muito complexa e assim. Eu não gostaria de ter
> minha velocidade baixada porquê uso ela demais, já que contratei o plano X
> ou Y.
>
> qtos clientes normais x heavy-users temos na rede? acho que fica no tipo
> 10:1. IDK.
>
> Em 26 de fevereiro de 2017 21:05, Bruno Cabral <bruno at openline.com.br>
> escreveu:
>
>> Ola
>>
>> As empresas deviam linhas de planos de expansão, que enchiam o caixa do
>> tesouro ao invés de serem investidas na melhoria do serviço. O governo FHC
>> zerou esse investimento *antes de privatizar essas companhias*
>> http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi180112.htm tanto que após a
>> venda, já se conseguia instalação imediata de linhas sem esperar os anos
>> dos planos de expansão. Foram as novas administrações que investiram
>> rapidamente "100 bilhões" e resolveram tudo em poucos meses? Pense bem, se
>> tivesse entrado 100 bilhões em dólares vindos da Espanha e dos EUA, o
>> segundo governo FHC teria crise cambial?
>>
>> Outro fator que levou a baixa procura pelas concessões (tanto que o
>> consórcio telemar foi montado as pressas "no limite da irresponsabilidade"
>> para não micar aquela área) foi o artigo 86 da LGT que dizia que as
>> empresas deveriam operar *apenas o objeto da concessão* (telefonia fixa) *e
>> nenhum outro*. Já se sabia, na época, que o futuro seria redes de dados e,
>> deixo para a imaginação os motivos, nunca foi licitada a rede de dados nem
>> muito menos criado um serviço público de comunicação de dados (SLE e SRE
>> não contam). A "licença" SRTT foi expedida as pressas *pós privatização do
>> STFC* porque as empresas tinham redes de dados (similares a RENPAC) e ficou
>> o vácuo no processo justamente devido ao artigo 86. O absurdo foi tão
>> grande que após a criação do SCM (que é privado), as detentoras de SRTT
>> foram "convidadas" a fazer atualização das licenças para SCM pela agência.
>>
>> O modelo concorrencial previa duas empresas em cada área de concessão, a
>> privatizada e sua "espelho". Como as privatizadas tinham rede e começavam
>> com clientes, seria um investimento hercúleo fazer uma espelho funcionar. A
>> GVT conseguiu (devido ao já citado imbróglio na administração da BrT) mas a
>> Vesper, espelho da Telefonica e da Telemar, não, assim como nenhuma
>> espelhinho AFAIK conseguiu oferecer telefonia fixa nas cidades onde houve a
>> possibilidade.
>>
>> As concessionarias de "troncos" (Embratel e sua espelho, Intelig),
>> acabaram por receber autorização de telefonia fixa e a concorrência das
>> concessionárias que passaram a operar suas redes de troncos sozinhas, sem
>> aquelas. Ambas foram vendidas e revendidas, vale frisar.
>>
>> Essas empresas seguiram a revelia da Lei explorando os regimes de dados,
>> acabaram montando suas empresas de telefonia celular (o próximo filão) e
>> através de manobras como o subsidio da telefonia fixa para celular, o
>> subsidio cruzado entre a tarifa de assinatura (que deveria custear a oferta
>> do serviço em regime publico e os orelhões), e outros menos óbvios (como
>> comprar empresas de rede para dificultar a concorrência), lograram em se
>> tornar bastante lucrativas (vide as remessas de lucro para suas matrizes)
>> enquanto prestavam um serviço deficiente (mas que comparado a não poder
>> comprar até o governo FHC, ainda é visto por muitos como "melhora"). O
>> próprio artigo 86 da LGT depois foi mudado, meio na surdina, no congresso,
>> em 2011.
>>
>> Em outros locais a privatização ocorreu de forma diferente. O modelo bem
>> sucedido mais citado é o Openreach da Inglaterra, onde empresas privadas
>> compram da operadora de fios e conseguem concorrer numa boa. Também falam
>> de países pequenos onde há mais liberdade, mas nada continental quanto o
>> Brasil.
>>
>> A ideia da empresa modelo é calcular quanto custa operar uma rede e poder
>> confrontar com os investimentos e custos declarados pelas concessionárias,
>> permitindo saber se os reajustes tarifários são honestos. Sem esses
>> estudos, a agência dita reguladora precisa acreditar nos relatórios das
>> operadoras. A BrT teve muitos problemas judiciais entre os sócios devido a
>> acusações de desvios e a OI sabemos como está, então os dados contábeis ou
>> não são muito confiáveis ou a CVM nem a agência estão fazendo um bom
>> trabalho de auditagem. Por que?
>>
>> Tenho muitas decepções com o governo deposto, entre eles ter enterrado a
>> ADI 1688 da criação da anatel, engavetado a CPI dessa agencia reguladora,
>> não ter tomado de volta as concessões em 2005, mas o modelo foi criado bem
>> antes e os primeiros presidentes da agência dita reguladora saíram dela
>> direto para a presidência das concessionárias que fiscalizavam. Tem um
>> ótimo livro sobre isso, para quem se interessar pelo tema:
>> http://permita.me/?q=a+privataria+tucana+pdf
>>
>> Para quem perguntou do subsidio da assinatura fixa,
>> https://www.proteste.org.br/institucional/imprensa/press-
>> release/2012/fim-da-assinatura-basica-do-telefone-fixo
>>
>> Minhas soluções? Quebrar as concessionárias em empresas menores, como as
>> Baby Bells https://en.wikipedia.org/wiki/Breakup_of_the_Bell_System ou
>> pelo menos tomar de volta os fios e prédios das centrais que eram do
>> sistema Telebras, e permitir que *todos* tenham acesso a esses fios e
>> espaços, preferencialmente condicionando desconto no uso dos fios a troca
>> por investimento na expansão da rede
>>
>> E sim, tem que partir do Estado, porque telecomunicação é competência da
>> união segundo a CF88.
>>
>> []s, !3runo Cabral
>>
>>
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Fred Pedrisa - CEO/CTO
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