[GTER] RES: Petição para Internet sem Limite de Trafego.

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Fri Jan 13 23:21:56 -02 2017


Realmente estes planos de franquia são muito nocivos para o consumidor.  Se não usar perde e as franquias adicionais possuem preços diferenciados da primeira. As propagandas então nem se fala. Pois, o leigo tem a impressão de estar adquirindo algo diferente.

Na verdade no período atual onde a internet das coisas está cada dia mais presente precisamos de um plano que cubra o mês inteiro em máxima velocidade. Mesmo não usando o plano em velocidade máxima por 744 horas é bom saber que existe a possibilidade.

Então o maior perigo não é a existência de planos com franquia mas, a possibilidade de que não hajam planos que lhe permitam navegar em velocidade máxima por todo um mês.  Tal inexistência poderá nos fazer perder o bonde da quarta onda da revolução industrial.


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De: gter <gter-bounces at eng.registro.br> em nome de Mario Lobo <lobo at bsd.com.br>
Enviado: sexta-feira, 13 de janeiro de 2017 20:55:34
Para: gter at eng.registro.br
Assunto: Re: [GTER] RES: Petição para Internet sem Limite de Trafego.

On Fri, 13 Jan 2017 20:26:47 +0000
Roberto Alcântara <roberto at eletronica.org> wrote:

> Agua e energia tem um perfil de consumo totalmente previsível,
> diferente da Internet atual. E também possuem *os medidores aferidos
> por um teceiro confiável.*
>
> *Qual vai ser o medidor confiável da Internet ?*
>
> *sds*
>
>
> Em sex, 13 de jan de 2017 às 16:44, Sergio Maracajá - Link Flex
> Internet < listas at linkflex.com.br> escreveu:
>
> > Agua e energia são coisas totalmente diferentes em relação a
> > internet, não vou adiante nesta discursão porque tem muita gente
> > que tem a mente fechada pra certas coisas. Mas eu sugiro você
> > refletir sobre a venda por consumo da internet pelas operadoras.
> > usando Agua e energia como a comparação que você citou. Você paga o
> > que consumir! Não tem franquia de consumo. A única forma do cliente
> > ser menos prejudicado nessa historia é se fossem pagar apenas pelo
> > consumo. E não aceitar um plano com franquia mínima de consumo. Que
> > se paga usando ou não. Agua e energia não é assim paga apenas o que
> > usar.
> >
> >
> --
> gter list    https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter

Rapaz .... Li cada mensagem postada, e resolvi humildemente contribuir
(ou piorar, não sei) a discussão.

Quando compro/consumo qualquer coisa, eu pago a quem produziu o produto
final para consumo. Se eu compro um CD numa loja, já estão embutidos no
preço, desde o custo da cola do plástico da embalagem aos anos estudos e
instrumentos comprados pelo artista, em teoria pelo menos. E o dinheiro
vai parar nas mãos do artista, ou seja, quem produziu. De novo, na
teoria.

E se eu consumir mais, digamos, comprar 100 CDs, o preço por CD
provavelmente vai cair mais ainda.

Sempre ouvi desde menino por todos os "mercados" que já passei pela
vida, os famosos "pague 2 e leve 3" ou "20% de descontos para compras
acima de X unidades".

Ai vem as teles, na mais completa contra-mão do que aprendi, pra me
dizer "Consuma mais mais e pague mais"? E o que eu consumo na internet
foi alguma das teles ou provedores que produziram o conteúdo?

Querer cobrar franquia é querer ganhar em cima de quem produziu um
conteúdo/serviço que demandou acesso, sem investir um centavo pra isso!

Repassar custos na mensalidade por investimentos em estrutura para
suportar a demanda é absolutamente justo mas a franquia é parasitária,
e em minha opinião, até desonesta, pois é um lucro em cima de
uma produção para a qual nem teles nem provedores contribuíram EM NADA
para realizar.

Mesmo o empresario-provedor que está lá, teoricamente com a sua
infraestrutura em dia, cobrando seu preço justo e suas finanças
equilibradas, e ai vem uma "franquia" que vai possibilitar uma entrada
de dinheiro "extra", de repente! Do nada! E sem precisar gastar
absolutamente nada para isso. Qual fornecedor de acesso que vai
considerar se opor a isso?

Quanto a água e energia, acho que deveriam seguir o mesmo raciocínio,
ainda mais agora que o presidente da Nesstlé resolveu dizer que toda a
água do planeta devia ser privatizada.

Ninguém produz água nem eletricidade. Ninguém é dono destas coisas!.
Elas são captadas de graça da natureza, e a MENSALIDADE delas deveria
computar apenas o investimento inicial da captação/encaminhamento,
custos de manutenção/ampliação, acrescido de um percentual de lucro,
nunca por consumo!

Sei que consumo é uma métrica que serve para relacionar o estoque com
a demanda. Mas no caso da internet, que estoque? de quem? de que
produtor?

Sei que meu raciocínio é utópico, ao que tudo indica, é o que a
internet livre vai acabar virando em algum dia próximo.

--
Mario Lobo
--
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