[GTER] The end of the unencrypted Internet
Bruno Cabral
bruno at openline.com.br
Thu Sep 22 06:21:27 -03 2016
Você esta pressupondo equilíbrio de forças entre os individuais, e isso não ocorre quase nunca
Um empregador sempre pode forçar o empregado a trabalhar mais sob risco de demissão, uma Microsoft sempre pode mude unilateralmente uma politica de uso do serviço sob risco de perder o acesso, um juiz do STF sempre pode se dar vantagens pessoais que um normal não consegue por serem hipo suficientes frente a outra parte
É essa a necessidade do estado, tratar desigual os desiguais.
Quantos defendem estado minimo apenas para usa-lo privadamente como construindo aeroportos em terrenos da familia, recebendo propina para obras viárias ou licitando concessões publicas para rodovias pedagiadas sem no entanto diminuir a carga tributária (IPVA)? O estado continua recebendo mas temos que pagar o serviço "por fora", onde está o "minimo" nesse "estado"?
Sem a ideia do mediador vale a lei do mais forte, das milicias, o velho oeste norte americano, o boko haram e o estado islamico, sem falar no Patriotic Act ou na espionagem da NSA, ou para ficar num exemplo do GTER, receber um DDoS e em seguida a oferta de "proteção".
"As necessidades de muitos as vezes se sobrepõe as necessidades de poucos, ou de um só" (Spock, em ST2 A Ira de Khan)
!3runo
> Date: Wed, 21 Sep 2016 21:54:18 -0300
> From: listas at tiagosr.com
> To: gter at eng.registro.br
> Subject: Re: [GTER] The end of the unencrypted Internet
>
> Proteção do Estado, que retira a liberdade individual em favor de satisfazer a vontade da maioria?
> Bah... por essas e outras que dispenso a existência do Estado.
>
> Não é questão de não aceitar contrato social, mas sim que um contrato entre dois indivíduos (cliente
> e empresa, por exemplo), que não viola direitos de terceiros, deveria ter mais valor e ser mais importante.
>
> É tipo uma rota mais específica tendo maior preferência que uma menos específica no BGP. Entende? hehehe
>
> Mas o que o Rubens disse faz sentido, eu estava esquecendo dos provedores de conteúdo nessa equação.
>
> Pessoalmente, eu não veria problemas em alguém interceptar um website meu para fins de cache, desde
> que não fosse alterado nada e que nenhuma funcionalidade fosse comprometida. Na questão da segurança
> reduzida, a responsabilidade é de quem desenvolve e faz uso das soluções de caching. Cabe a eles evitarem
> que seja introduzido riscos de segurança em relação a informações sensíveis e eu até imagino ideias e
> implementações para isso.
>
> ---- On Wed, 21 Sep 2016 21:07:22 -0300 Bruno Cabral <bruno at openline.com.br> wrote ----
> > Parece-me que a questão ai está mais para direito x dever
> >
> > Você tem o direito a privacidade até o momento que seu direito não fira o direito de outros
> >
> > E é dever do estado proteger os direitos dos cidadãos, afinal é esta a definição de vida em sociedade
> >
> > Se você não aceita o contrato social vigente, sempre pode migrar de país...
> >
> > !3runo
> >
> >
> > > Em outras palavras, leis são a ditadura da maioria?
> > > Um indivíduo não pode aceitar ser interceptado, visando o ganho de performance,
> > > ou então aceitar limite de tráfego, se isso se mostrar economicamente mais interessante
> > > a ele, apenas porque outros indivíduos (irrelevante ser maioria) não permitem, por meio
> > > de uma lei?
> >
> >
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