[GTER] RES: MP estuda banir whatsapp e facebook

Diego Canton de Brito diegocanton at ensite.com.br
Wed Aug 3 13:41:46 -03 2016


Por falar em telefone criptografados, alguém sabe como seria um grampo num caso onde as 2 pontas utilizassem um  desses aparelhos sobre a linha pública?
Em tese o Juiz teria que enviar oficio para a empresa que desenvolveu o aparelho para grampear as chamadas, mas como fica essa mesma questão neste cenário? Afinal a empresa fornece criptografia negociada entre os aparelhos, assim como o WA e sua função é exatamente evitar grampos. Ela teria que cumprir? Tipo desativando, interceptando depois que for decodificada em uma das pontas, desviando e usando um backdoor para decodificar, ou deve ignorar?

Assim que citaram me surgiu essa dúvida, afinal o caso é muito próximo desse cenário do que de qualquer outro citado até agora.

Att,

-----Mensagem original-----
De: gter [mailto:gter-bounces at eng.registro.br] Em nome de Rubens Kuhl
Enviada em: quarta-feira, 3 de agosto de 2016 10:38
Para: Grupo de Trabalho de Engenharia e Operacao de Redes
Assunto: Re: [GTER] MP estuda banir whatsapp e facebook

2016-08-03 10:12 GMT-03:00 Felipe Trevisan <fetrevisan at gmail.com>:

> >
> > Lembrando que a lei hoje não obriga a construção propositada de
> backdoors e
> > mecanismos de interceptação.
>
>
>
> Rubens, mas não estamos falando de backdoors para a criptografia. A 
> partir do momento que recebe a ordem judicial, o WA desliga totalmente 
> a criptografia daquele terminal.


Isso não existe na aplicação, e seria uma backdoor. É um comando remoto para desligar criptografia, que pode ser feito ou pelo WA, ou por um concorrente que quer espionar esse usuário...



> O que o terminal falar daquele momento em diante vai ser lido, e não o 
> que já passou. É assim com interceptação telefônica também. A partir 
> do momento que a ordem foi recebida e até ele ser revogada.
>
>
Interceptação telefônica é diferente por não ser criptografada pelo terminal, exceto no caso de telefones feitos assim.

Não tem quebra de segurança. Todos os demais usuários podem ficar
> tranquilos pois não são alvos de investigação policial e portanto suas 
> criptografias estarão de pé, inviolável. Não há backdoor, porque a 
> criptografia simplesmente foi desligada e não quebrada ou invadida.
>
>
Há sim quebra de segurança, pois há uma chave-mestra que pode ser desligada.
Se a criptografia é o esperado pelo usuário, não estar ligada é uma quebra de funcionalidade do sistema.


Rubens
--
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