[GTER] Petição para Internet sem Limite de Trafego.

[wwguarda at uninove.edu.br]

Creio que a fusão das operadoras diminuindo a competição, favorece o aumento de preço.
O que penso desde a época em que acessava internet of-line nas BBSs é que o acesso deveria ser público. O mercado deveria prover uma maneira para que os provedores pudessem custear o acesso ao público e obterem lucro prestando serviços.
Fala-se muito em Netflix, youtube, mas, a verdadeira riqueza, está nos cursos on-line.
Hoje Faculdades presenciais já adotam um dia onde o EAD é obrigatório. E nestes cursos, também ocorre streaming de video.
Entendo que a adoção de franquias minúsculas que podem ser esgotadas em poucas horas em função da velocidade oferecida é no mínimo imoral. e deveria ser ilegal.
A franquia inicial deveria ser algo proporcional ao consumo para um mês ao menos. E as franquias adicionais deveriam ter preço igual ao da primeira e nunca como são cobradas hoje nos planos móveis.
Adotar a franquia em internet fixa sob o meu ponto de vista pode prejudicar também aos provedores de acesso.
Imagine que o provedor precise ampliar seu pacote para suprir a demanda de novos usuários e os pacotes adicionais sejam tarifados de forma diferenciada com preço mais elevado? Como sobreviver a isso?
Então, a adoção de tarifação por franquias além de mergulhar os cidadãos de baixa renda no abismo digital, ainda poderá causar quebradeira entre os provedores.
Naturalmente as operadoras tem direito de obter lucro em suas atividades. Porém a precificação deve ser justa.
No modelo atual que temos nos sistemas móveis indago se a primeira franquia é liberalidade caridosa das operadoras ou, as tarifas adicionais são abusivas?
E agora este modelo também deve ser adotado para internet fixa?


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De: gter <gter-bounces at eng.registro.br> em nome de casfre at gmail.com <casfre at gmail.com>
Enviado: quinta-feira, 21 de abril de 2016 11:00:17
Para: Grupo de Trabalho de Engenharia e Operacao de Redes
Assunto: Re: [GTER]     Petição para Internet sem Limite de Trafego.

2016-04-18 7:54 GMT-03:00 Leandro Carlos Rodrigues <
leandro at allchemistry.com.br>:

> Pessoal,
>
> Não sejam ingênuos ao ponto de querer resolver a parte técnica do
> problema. O problema técnico já está resolvido por diversas empresas de
> outros países. Tanto é que nestes países vocês não vêm a população
> assinando petição para se defender do mercado.
>
> Já é sabido que as grandes operadoras brasileiras vem tentando tirar do
> mercado empresas como Netflix e Youtube, porque elas são simplesmente
> incompetentes e mau acostumadas com a falta de competição e com a proteção
> Estatal. O que elas querem é achar um meio de desestimular o consumo destes
> serviços através do maior ponto fraco deles que é o consumo de tráfego.
> Então suas soluções não serão bem vindas pois isso não resolve o problema
> delas.
>
> Se querem uma revolução de verdade, tem que lutar pela abertura do mercado
> brasileiro. O Estado não deveria ter o papel de proteger empresas de seus
> consumidores assim como também não deveria ter o papel de proteger os
> consumidores das empresas.
>

Enquanto houver humanos envolvidos e uma disparidade imensa entre o poder
de barganha de consumidores e o poder de barganha de fornecedores, acho
pouco provável que esse cenário de "livre mercado" seja exequível.

Eu evito comparações com outros países, não só porque não conheço a
realidade deles, mas também porque não acho produtiva a ideia de se trazer
apenas um capítulo de outra novela e esquecer tudo que veio antes e tudo
que virá depois desse capítulo. E, o principal, esquecer os atores.

E continuo pensando no precedente.

Obrigado.

Cássio
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