[GTER] RES: RES: RES: PTT Fortaleza - Não faria sentido o seu fortalecimento logo ?

Tiago de Souza Ribeiro listas at tiagosr.com
Wed May 27 22:02:47 -03 2015


Hm... acho que viajei muito.
O problema é que não me lembro de ter consumido alguma erva, hahaha.

Mas se a Eletrobrás e dona dos cabos ópticos, e todo o holding dela pertence 
ao governo, ainda há a possibilidade da concessão de fibras para projetos do 
tipo, não?

Mas parece que só resta a conscientização mesmo.
Eu acho que um problema na ideia de ter um ponto de troca de tráfego 
geograficamente próximo é que os PTTs não estão próximos da maioria que 
precisa.

Estou em MG, a mais de 600Km de distância de BH. Prefiro ficar não me 
conectar a PTT algum do que pagar o mesmo que pagaria de transporte até 
SP para chegar em um lugar que não vai trazer o mesmo retorno.

Vi que já disseram a mesma coisa por aqui, mas quero acrescentar um outro 
problema: quem está longe do PTT não consegue influenciar para mudar a 
situação e aumentar a participação dos provedores do estado (!).

Outros provedores distantes, no interior, pensam da mesma forma quanto à 
lucratividade de se conectar a um PTT deserto, e os os que estão nas 
proximidades de BH eu não posso influenciar para uma mudança no cenário 
do PTT de lá porque não estou no meio deles para elaborar algo convincente.

Há uma cidade com aproximadamente 400.000 habitantes a 190Km daqui. 
É de lá que sai praticamente todo link usando por provedores nas cidades da 
região. Essa região aqui eu conheço, e também os provedores que trabalham 
aqui, ao contrário de BH.
Se houvesse um PTT nessa cidade, eu nem me importaria com conteúdo e já 
estaria lá e incentivando os demais por aqui.

O problema é que apenas capitais é muito pouco (exceto no Sergipe, talvez).
E se já é difícil convencer um provedor no interior a se conectar a um PTT que 
não o de SP, imaginem um provedor que atua em uma capital, onde é fácil e 
barato conseguir link de trânsito?

Assim, retornamos ao problema da falta de novos PTTs, já bem abordado nessa 
discussão, e sem solução definitiva para bancar os custos.
Ao mesmo tempo o problema da conscientização também existe, mas acho que 
tendo PTTs mais próximos fica mais fácil resolver isso.

---- On Wed, 27 May 2015 19:41:14 -0300 Rubens Kuhl  wrote ---- 
>2015-05-27 17:01 GMT-03:00 Tiago de Souza Ribeiro <listas at tiagosr.com>:
>
>> Acho que o NIC.br pode facilitar as coisas nesse ponto e permitir que a
>> interconexão seja
>> feita por um transporte L2, sem a necessidade de fibra apagada. Eles
>> exigem fibra
>> apagada para interconectar os PIXes, mas isso não é viável para
>> interconectar PTTs
>> distantes.
>>
>
>Fibra apagada é uma necessidade para expansão. É só notar o quanto o
>tráfego do PTT de SP cresceu; isso só foi possível por causa do requisito
>de fibra apagada. Se se a distância é grande, isso significa que deveria
>ser outro PTT.
>
>
>>
>> Sobre quem vai fazer... eu pensei na Eletronet, que é estatal.
>>
>
>Não mais, ela é uma massa falida gerida por seus credores, que são empresas
>privadas.
>
>
>> A rede deles passa por praticamente todas capitais do país, onde há todos
>> PTTs principais.
>>
>> É só o NIC.br conseguir junto ao governo que a Eletronet
>
>faça o transporte L2.
>>
>
>A Eletronet não é do governo, mas a Telebrás agora... agora, porque a
>Telebrás faria isso ? Porque ela prestaria gratuitamente um serviço de
>interesse privado com recursos dos contribuintes ?
>
>
>> Uns 10Gbps para cada PTT regional é fácil para eles.
>> Com a estrutura da Eletronet, até fibra apagada eles devem conseguir
>> fornecer se preciso.
>>
>
>Tanto a Eletronet quanto a Telebrás tem cessão de um par só de cada rota e
>olhe lá; as fibras em si são de empresas de energia elétrica e de
>transporte de petroquímicos.
>
>
>>
>> Como é algo temporário (só até o PTT se fortalecer), acho que dá para
>> estimar
>> mais ou menos por quanto tempo isso deve levar (e estabelecer um tempo
>> limite: se o tal
>> PTT não se fortalecer em X anos, desiste) e o governo conseguir uma verba
>> (do Fust ou do
>> mesmo lugar de onde estão planejando tirar para financiar o surreal PBLPT)
>> para custear
>> gastos com infraestrutura nesse período.
>>
>
>O governo está aumentando o FUNTEL para custear o rombo do tesouro... o
>dinheiro está indo no sentido contrário ao que você está prescrevendo.
>
>
>>
>> Depois que o PTT regional se firmar e estiver lá com seu CDN Netflix,
>> Akamai e GGC, o
>> transporte pode ser desativado. Só não imaginei ainda como faria o
>> fornecimento de link
>> para esses CDNs lá, talvez o NIC.br pudesse contratar de algum provedor ou
>> operadora
>> local, não sei se é assim que é feito em SP...
>>
>
>E porque o NIC.br contrataria esse link e como isso seria pago ?
>
>
>> Mas esse mundo de fibra da Eletronet tem que servir para algo maior que
>> fins comerciais.
>>
>
>Mesmo que sejam fins institucionais ou de política de estado, ainda sim não
>são fins assistenciais.
>
>
>>
>> Se possibilitar transporte L2, sem necessidade de fibra apagada, pode ser
>> que as
>> operadoras (TIM, Telefônica, Embratel, Oi...) sejam solidárias e sedam
>> alguma capacidade
>> ociosa nos enlaces deles para SP. 2Gbps de cada uma para cada PTT e está
>> solucionado.
>> Estou sonhando de mais? :p
>>
>
>Viajou bem. ;-)
>
>
>>
>> Acho que o pessoal que tem mais conhecimento de mercado e da forma como
>> funciona o
>> PTT nas questões financeiras consegue tornar ao menos alguma parte dessas
>> ideias viável.
>>
>
>Pelo contrário, quanto mais se entra no entendimento de estrutura do
>mercado menos essas idéias parecem viáveis.
>
>
>Rubens
>--
>gter list https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter




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