[GTER] RES: PTT (e PTT-SP) - Envolvimento da comunidade
Felipe Trevisan
fetrevisan at gmail.com
Tue May 19 02:35:59 -03 2015
Independente de ter acesso da comunidade ao PTT, ou ainda da distancia e
custo para se chegar ao pontos mais próximos, acredito que falte aos
provedores olhar para o BGP como estratégico e não apenas como custo.
Este é o coração do provedor, praticamente a única (ou maior) fonte de
diferenciação entre um e outro, e no entanto é tratado como se fosse um mal
necessário.
Todos sabem que a Internet é um emaranhado de interconexões de várias
redes. Para não somente baratear o trânsito, mas também melhorar a latência
e resiliência, sempre foi sugerido que se fizesse acordos bilateriais de
peering. Quanto mais, melhor. O PIX é apenas um facilitador para esta
tarefa.
O sucesso do PTT-SP e dos equivalentes europeus, mostra que a iniciativa é
acertada. Os preços de transporte vão cair a medida que a malha aumenta, e
a malha aumenta a medida que houver mais demanda para outros pontos.
Dito isso, penso que não há justificativa para se estar em SP e não estar
no PTT mais próximo, mesmo que primeiro se conecte ao de SP e depois no
mais próximo.
Quanto às sugestões da comunidade ao PTT, porque não criar algo como o
Uservoice (https://www.uservoice.com/plans/?ref=top_pricing) onde todos
podem sugerir, discutir, votar nas preferidas, e o NIC poderá responder e
interagir. Isto abriria o canal de comunicação com a Comunidade.
Abs,
2015-05-18 18:23 GMT-03:00 Carlos Ribeiro <cribeiro at telbrax.com.br>:
> Soares,
>
> Não acho que se trate de preferir. São coisas diferentes. Não vejo porque
> estar no PTT SP impeça você de estar no seu PTT local.
>
> Se você me disse que esses 500m custam mais caro do que a distância para
> SP, então tem algo muito errado..
>
> Carlos Ribeiro
> Em 18/05/2015 17:31, "Soares" <soares at tecnetce.com.br> escreveu:
>
> >
> > Nossa empresa fica próximo do (ppt-ce) etice de Fortaleza, precisamente
> > 500mts. Link http://www.etice.ce.gov.br/index.php/adesao-ao-ptt
> >
> > PTT-CE = 500Mts
> > PTT-SP 1,5 mil Km.
> >
> > Preferíamos o PTT-SP por meio de uma operadora.
> > Acho que não precisar dizer porque!!!
> >
> >
> >
> > Francisco Soares da Silva
> > Gerente de Redes
> >
> > -----Mensagem original-----
> > De: gter-bounces at eng.registro.br [mailto:gter-bounces at eng.registro.br]
> Em
> > nome de Douglas Fischer Enviada em: sexta-feira, 15 de maio de 2015 16:50
> > Para: Grupo de Trabalho de Engenharia e Operacao de Redes
> > Assunto: Re: [GTER] PTT (e PTT-SP) - Envolvimento da comunidade
> >
> > "mas gostaria de comentar o que eu acho que hoje
> > é o maior problema do PTT.br em escala nacional:
> > a busca desenfreada por se conectar apenas em SP."
> > Acredito que é nesse trecho que a expressão "vítima do próprio sucesso"
> se
> > enquadre melhor.
> >
> >
> >
> >
> > Dois ASNs conterrâneos, vizinhos por menos de 1000m, andam mais de 2-3
> mil
> > Km cada um para trocar tráfego lá em SPO.
> > E fazem isso mesmo tendo um PTT a menos de 30-40 Km de casa.
> >
> > E porque isso acontece?
> > Porque esses ASNs não estão em busca de troca de tráfego, e sim do que
> > eles chama de trânsito barato que o PTT-SPO oferece.
> >
> > E porque eles pensam dessa maneira?
> > Porque a postura do PTT-metro, visando garantir o sucesso do projeto
> > especificamente em São Paulo, tem sido justamente essa! Com praticamente
> > todos os provedores de conteúdo dentro do PTT-SP, um provedor típico pode
> > ter mais de 2/3 de seu tráfego vindo pelo ATM+bilateral.
> >
> >
> >
> >
> > E isso não é ruim por ser assim! É ruim por ser assim só em SPO.
> > Oque falta agora é espalhar essa metodologia para os demais PTTs.
> > E COMO FAZER ISSO?
> >
> >
> > É certo que não é função do PTT.br pagar por interconexões entre os
> > provedores de conteúdo e os PTT-locais.
> > Mas isso não significa que o PTT.br não possa fomentar que esse custo
> seja
> > viabilizado pelos próprios participantes.
> >
> > Talvez um trabalho menos no escopo técnico e mais no escopo estratégico.
> > Algo com uma cara muito parecida com as campanhas de aderência ao IPv6.
> > Quase como um tutor/conciliador entre os ASNs regionais, mostrando que
> > o trabalho em conjunto deles pode:
> > - reduzir custos de transporte
> > - otimizar comunicação inter ASNs
> > - viabilizar a instalação de caches-oficiais locais
> >
> >
> > Sei que isso pode parecer utópico, mas pelo que li a respeito, iniciativa
> > parecidas acontecem lá pras bandas do Euro-IX.
> >
> > Em 15 de maio de 2015 13:13, Rubens Kuhl <rubensk at gmail.com> escreveu:
> >
> > > >
> > > > O que me chamou mais a atenção, recentemente, foi a explicação
> > > > segundo a qual os problemas intermitentes com o Google Cache são
> > > > decorrência do estouro de capacidade de alguns PIX do PTT de SP. (Se
> > > > eu entendi errado
> > > me
> > > > desculpem...)
> > > >
> > > >
> > > Essa foi a teoria que alguém levantou, mas que não parece se sustentar
> > > na prática. É muito mais comum o Google atingir limite de capacidade
> > > de seus servidores de SP do que do PIX aonde ele está ligado ou dos
> > > PIX aonde os "eyeballs" estão conectados recebendo o tráfego do
> > > Google. O Google tem um mix de serviços (vídeo, busca, e-mail, mobile
> > > app store, docs) que requer um bom número de RUs (rack-units) /Gbps...
> > > mesmo o vídeo que é o de maior relação ainda sim não é tanto asim.
> > >
> > > Diferente por exemplo de caras como Netflix, UPX, Globo.com etc. que
> > > com um ou dois racks geram 100 Gbps fácil. Esses tem um poder muito
> > > alto de saturar o PIX alheio... e o Netflix em Porto Alegre teve um
> > > efeito desses, por exemplo.
> > >
> > >
> > >
> > > O outro ponto só pode ser discutido depois de superado o ponto
> > > inicial, mas
> > > > vale a pena ser apresentado. O modelo de PTT no Brasil é
> > > > elogiadissimo mundo afora como uma solução inovadora, que aliou um
> > > > pragmatismo técnico
> > > e
> > > > comercial, com o modelo de abertura de pontos de interconexão (PIX)
> > > > de forma bastante democrática. Isso levou ao crescimento do PTT,
> > > especialmente
> > > > de SP, de forma exponencial.
> > > >
> > >
> > > Esse modelo, incluindo o do ccTLD nacional alavancar os IXs, foi aliás
> > > recentemente replicado no Canadá.
> > >
> > > Eu pincei só algumas partes e não comentei o principal da sua
> > > mensagem, o que deixo para outros fazerem, mas gostaria de comentar o
> > > que eu acho que hoje é o maior problema do PTT.br em escala nacional:
> > > a busca desenfreada por se conectar apenas em SP. Enquanto na Europa
> > > muitos estão ao mesmo tempo no AMS-IX, no LINX e no DE-CIX, aqui as
> > > diferenças de participação entre (por exemplo) SP, Rio e Belo
> > > Horizonte são muito grandes...isso gera uma dependência de ponto único
> > > que não precisaria existir, pois muitas redes de acesso vem buscar
> > > conteúdos, tipicamente muito mais ágeis do que uma rede de acesso. Cai
> > > o POP de uma operadora no PIX dela de SP e a Caiu é inundada de
> > > mensagens "Caiu o PTT", mostrando como essa dependência se manifesta.
> > >
> > >
> > > Rubens
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> > Douglas Fernando Fischer
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