[GTER] PTT (e PTT-SP) - Envolvimento da comunidade
Alexandre Guimaraes
alexandre.fguimaraes at gmail.com
Fri May 15 15:32:32 -03 2015
Esse é o ponto..... infraestrutura...
Vamos lá..... digamos que somente o Google use 500Gbps em troca de
trafego.
Ponto 1
Quem paga o switch para a interconexao do Google?
Ponto 2
Interconexao de PTTs:
Digamos entao, que façamos a interconexao por regiao Brasil... Norte,
Nordeste, Sul, Sudeste, Centro Oeste.
Pegamos entao a Sudeste... Todo mundo lá... juntinhos no Peering
Fabric....
Aee o NetFlix e o Google, que rodam sozinhos seus 1Tbps láááááá em Sao
Paulo.
Ae a turma do RJ que contratou transporte até o PTT SP, cancela tudo e
fica somente no PIX RJ... ja que está tudo interconectado.
Ae vem a pergunta, quem paga o transporte de, sei lá, 300Gbps? Entre
SP e RJ para que a turma conectada no RJ possa acessar o Google e NetFLix
em Sao Paulo?
Lembra daqueles 500Mil reais e as baterias do meu Kadett? Nao vao ser
o suficiente....
2015-05-15 15:15 GMT-03:00 Rafael Possamai <rafael at gav.ufsc.br>:
> Carlos, interessante as perguntas que voce fez. Eu imagino que o problema
> se criou por causa de dois problemas: 1) falta de estrutura / custo para
> melhorar infraestrutura 2) eh muito facil vender produto/servico ruim no
> Brasil e quem se ferra geralmente eh o consumidor final.
>
> Entao, se nao tem estrutura (ou eu nao quero investir, pois o custo brasil
> eh absurdo) e nao tenho motivacao externa para investir (meu servico
> prestado de ADSL / DOCSIS eh uma porcaria, mas raramente eu levo uma multa
> da ANATEL) - qual eh a motivacao de ir pra fora de SP e gastar dinheiro
> extra se por enquanto funciona (funciona no padrao de qualidade Brasil)?
>
> Talvez seja uma maneira pessimista de olhar o problema, mas gostaria de
> saber sua opiniao.
>
> 2015-05-15 12:50 GMT-05:00 Carlos Ribeiro <cribeiro at telbrax.com.br>:
>
> > Rubens,
> >
> > Obrigado pelas considerações! Você tem razão em várias das suas
> colocações:
> >
> > 1) a concentração em SP não é boa para a Internet brasileira. Tanto que a
> > Telbrax está entrando no PTT do RJ, já era para estar ativo, só não foi
> > ligado por conta de problemas pontuais.
> >
> > 2) Veja também que a equação econômica da Internet faz com que as grandes
> > CDNs perpetuem a situação, ao colocar todos seus pontos de distribuição a
> > partir de SP. É difícil viabilizar a disponibilização de conteúdo em
> outros
> > centros; BH é um bom exemplo porque as CDNs dizem que a latência não
> > justifica, da para concentrar tudo em SP, e elas não querem arcar com o
> > custo do upstream para alimentar seus sistemas.
> >
> > 3) sobre o eventual estouro de um PIX, por conta de um tráfego excessivo,
> > concordo que são dos problemas diferentes. Ampliar um PIX ou a ligação
> > entre os PIXs é só uma parte do problema; porém ampliar capacidade em
> rack
> > também pode ser mais simples em um datacenter grande. Não é exatamente o
> > mesmo problema, mas em alguns cenários a solução centralizada é mais
> > simples de ampliar (apesar de ter seus próprios defeitos).
> >
> > 4) Não estou criticando o modelo do PTT no Brasil, pelo contrário; estou
> > apenas defendendo mais diálogo com a comunidade. Acho que os provedores
> > podem ser mais do que meros clientes do PTT, e o diálogo poderia
> maximizar
> > os resultados. Digo isso tanto com relação ao planejamento de
> arquitetura,
> > como com relação aos procedimentos operacionais.
> >
> > Atenciosamente,
> >
> > Carlos Ribeiro
> > Em 15/05/2015 13:14, "Rubens Kuhl" <rubensk at gmail.com> escreveu:
> >
> > > >
> > > > O que me chamou mais a atenção, recentemente, foi a explicação
> segundo
> > a
> > > > qual os problemas intermitentes com o Google Cache são decorrência do
> > > > estouro de capacidade de alguns PIX do PTT de SP. (Se eu entendi
> errado
> > > me
> > > > desculpem...)
> > > >
> > > >
> > > Essa foi a teoria que alguém levantou, mas que não parece se sustentar
> na
> > > prática. É muito mais comum o Google atingir limite de capacidade de
> seus
> > > servidores de SP do que do PIX aonde ele está ligado ou dos PIX aonde
> os
> > > "eyeballs" estão conectados recebendo o tráfego do Google. O Google tem
> > um
> > > mix de serviços (vídeo, busca, e-mail, mobile app store, docs) que
> requer
> > > um bom número de RUs (rack-units) /Gbps... mesmo o vídeo que é o de
> maior
> > > relação ainda sim não é tanto asim.
> > >
> > > Diferente por exemplo de caras como Netflix, UPX, Globo.com etc. que
> com
> > um
> > > ou dois racks geram 100 Gbps fácil. Esses tem um poder muito alto de
> > > saturar o PIX alheio... e o Netflix em Porto Alegre teve um efeito
> > desses,
> > > por exemplo.
> > >
> > >
> > >
> > > O outro ponto só pode ser discutido depois de superado o ponto inicial,
> > mas
> > > > vale a pena ser apresentado. O modelo de PTT no Brasil é
> elogiadissimo
> > > > mundo afora como uma solução inovadora, que aliou um pragmatismo
> > técnico
> > > e
> > > > comercial, com o modelo de abertura de pontos de interconexão (PIX)
> de
> > > > forma bastante democrática. Isso levou ao crescimento do PTT,
> > > especialmente
> > > > de SP, de forma exponencial.
> > > >
> > >
> > > Esse modelo, incluindo o do ccTLD nacional alavancar os IXs, foi aliás
> > > recentemente replicado no Canadá.
> > >
> > > Eu pincei só algumas partes e não comentei o principal da sua
> mensagem, o
> > > que deixo para outros fazerem, mas gostaria de comentar o que eu acho
> que
> > > hoje é o maior problema do PTT.br em escala nacional: a busca
> desenfreada
> > > por se conectar apenas em SP. Enquanto na Europa muitos estão ao mesmo
> > > tempo no AMS-IX, no LINX e no DE-CIX, aqui as diferenças de
> participação
> > > entre (por exemplo) SP, Rio e Belo Horizonte são muito grandes...isso
> > gera
> > > uma dependência de ponto único que não precisaria existir, pois muitas
> > > redes de acesso vem buscar conteúdos, tipicamente muito mais ágeis do
> que
> > > uma rede de acesso. Cai o POP de uma operadora no PIX dela de SP e a
> > Caiu é
> > > inundada de mensagens "Caiu o PTT", mostrando como essa dependência se
> > > manifesta.
> > >
> > >
> > > Rubens
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