[GTER] Controle de acesso (era: Duvida elementar sobre PPPoE)

Rubens Kuhl rubensk at gmail.com
Mon Mar 30 12:03:38 -03 2015


2015-03-30 10:18 GMT-03:00 Carlos Ribeiro <cribeiro at telbrax.com.br>:

> PPPoE tem muito em comum com outra tecnologia 'controversa', que é o NAT:
>
> - Ambos surgiram para resolver problemas práticos de gente que tinha um
> problema para resolver, e (na época) não podia se dar ao luxo de esperar
> pela solução perfeita;
>

O que é um bom motivo para redes que fizeram escolhas à época, não quando
hoje é possível fazer com mais ou menos estado na rede... o caso que citei
nesta thread é bem prático: substituição de x86s por RB-450G num papel de
BRAS numa rede com uns 15 mil assinantes. Não teria sido possível com
PPPoE, que exigiria um empilhamento e granularidade bem chatos de
implementar... com DHCP, foi só alegria.


> - Ambos são soluções 100% implementáveis em software, com todos prós e
> contras que isso traz.
>

Há hardware fazendo NAT e PPPoE, dentro de limitações... e eu não duvido
que seja possível criar soluções 100% hardware, mesmo que isso custe
desenvolver ASICs específicos e armazenar estado em memória associativa. Se
isso realmente resolver o problema de um número significativo de clientes
com potencial de compra, vai surgir.



> - Por fim, acusar soluções em software de serem ineficientes economicamente
> é um argumento fadado ao fracasso.


Pelo contrário, é mais fácil o software engolir o que normalmente se
faz/fazia em hardware...


> Que o diga o protocolo IP, que durante
> décadas viveu sob a constante ameaça de "não escalar" porque dependia de
> software. O bom ia ser o ATM, depois o MPLS, que poderiam teoricamente ser
> otimizados mais facilmente em hardware, e por aí vai. Vejam que o MPLS
> pegou, mas vive apoiado na infra IP...
>

A lembrança do ATM é interessante, pois ele é um primo do PPPoE em tunelar
algo que nativamente não é daquele jeito em outro jeito, e em algum momento
alguém coçou a cabeça e perguntou "Por quê ?", e acabou se livrando dele.

O MPLS pegou, na minha opinião, pois permite níveis selecionados de
armazenamento de estado a gosto do freguês... quem quer apenas virtualizar
o plano IP, consegue isso com basicamente o mesmo nível de estado do IGP;
quem quer colocar RSVP controlando cada coisinha, pode também, outros usos
como AToM idem. Ser apoiado no IP ajudou por aproveitar sinalizações já
existentes, mas tem muito backbone grande MPLS usando IS-IS que não é IP...


Rubens



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