[GTER] Linux + ksoftirqd

Raimundo Santos raitech at gmail.com
Tue Jul 28 14:34:29 -03 2015


2015-07-28 8:29 GMT-03:00 Antonio Modesto <modesto at isimples.com.br>:

> Na minha opinião, olhando somente para a arquitetura do sistema, o modelo
> do Tanembaum é muito superior, é ridículo um S.O travar por causa de um
> driver que não seja essencial para o sistema, como audio, rede, ou
> dispositivos externos.


Mas isso é bem menos comum hoje em dia. O modelo de microkernel é bem
curioso mesmo, mas existe o custo da troca de mensagem entre os processos
que formam o núcleo, seja em kernel ou em userspace. O Darwin, núcleo do
Mac OS X, trabalha nessa linha - e é open source.

O jeitão monolítico de ser tem seus benefícios: boa parte da comunicação
interprocessos de núcleo fica bem mais simples de acontecer. Aliás, é por
isso que largar os processos de rede, sejam em user ou kernelspace, com a
mesma cpu affinity da rotina (em geral, o driver) de tratamento de
interrupções da placa de rede faz tanta diferença. Não sei se é o caso num
microkernel.


> Quanto ao BSD, eu particularmente não acho certo chamar um sistema de
> engessado por possuir um modelo de desenvolvimento totalmente organizado,
> muito diferente do que é o Linux hoje. O próprio Torvalds disse que o
> kernel do Linux está "inchado" e com funcionalidades desnecessárias, tudo
> isso devido ao modelo de desenvolvimento.


Com toda certeza não é engessado, concordo. E, pessoalmente, prefiro as
escolhas de projeto feitas no mundo BSD. São bem mais duradouras - o
próprio tempo mostrou isso, não precisou nenhum barbudo militar. Reparem:
duradouro não quer dizer, necessariamente, melhor, mas as reclamações aqui
colocadas sobre o ksoftirqd têm mostrado, também, que tais decisões foram
melhores a longo prazo.

Não é mesmo preciso criticar quem usa outros sistemas. Se lhes atende e
eles o gerenciam bem, ótimo! :) (Talvez RouterOS seja a exceção,
hahahaha...)

[]s
Raimundo Santos



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