[GTER] novas tarifas numeracao
Rodrigo Baldasso
rodrigo at loophost.com.br
Thu Dec 31 00:02:27 -02 2015
40 reais um IP Roberto?
Tem países que estão sem ip há muito mais tempo e não cobram esse absurdo.
Acho muito mais válido investir em política de justificação de uso.
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> On Dec 30, 2015, at 23:27, Roberto Bertó <roberto.berto at gmail.com> wrote:
>
> IP tem custo ficticio que eh a vontade do Nic de recuperar blocos baseado
> em custo financeiro e por isso devem ter usado o dolar para aumentar preco.
>
> Sou a favor da politica do NIC e acho a motivacao boa.. Eu acho que o preco
> que os provedores de hosting cobram pelo IPv4 eh muito baixo. Deveria ser
> 30 reais em 2016, 40 em 2017 e assim vai, mas tem gente dando quase/de
> graca.
>
>
> Em qua, 30 de dez de 2015 às 22:13, Rubens Kuhl <rubensk at gmail.com>
> escreveu:
>
>>>
>>>
>>> Concordo em partes. Embora o IP seja um identificador mundial , em
>>> “teoria” só podemos anuncia-lo a partir do Brasil e portanto, utiliza-lo
>> a
>>> partir do Brasil, “brasilnet" controlada pelos fornecedores de links
>>> brasileiros, que todos cobram em Real e não utilizam o dólar diretamente
>>> para balizamento. Nesse raciocínio, o preço do mega deveria ser em dólar
>>> também, regra global de conectividade.
>>>
>>
>> Várias coisas aqui não batem:
>> - Se você vai usar IPs brasileiros para atender brasileiros, mesmo assim
>> pode comprar link de trânsito diretamente nos EUA como fazem Algar e
>> Embratel.
>> - Há fornecedores aqui com cláusula de reajuste se o dólar passar de X. Eu
>> tinha um fornecedor assim, e isso não é incomum em serviços com foco em
>> trânsito internacional.
>> - Ainda não dá para saber se o aumento do dólar terá ou não impacto em
>> custos de trânsito Internet. Pode ser que não tenha, por causa de um modelo
>> econômico "exótico" onde o trânsito nacional é mais caro que o
>> internacional, por falta de competição no mercado interno.
>>
>> Outros identificadores mundiais, como por exemplo a matrícula de aeronaves,
>>> que são reconhecidas mundialmente pelos tratados e anexos da ICAO, não
>> tem
>>> seus preços balizados em dólar e ainda sim são identificadas em todo
>> mundo.
>>> Cada pais gerencia da sua forma, e cobra com sua moeda local de acordo
>> com
>>> seus processos e necessidades. Tanto faz o valor do dólar, para obter-se
>>> uma matricula, o valor será aquele fixado em Real. O mesmo vale para
>>> RadioAmadores, e assim vai.
>>>
>>
>> Isso é factível com sistemas totalmente hierarquizados onde um determinado
>> espaço é usado exclusivamente por um país. É o caso por exemplo dos números
>> de telefone, onde tudo abaixo de +55 é Brasil, e já foi o caso de endereços
>> IP enquanto o Brasil usava o 200.128/9. No caso atual de IPs na América
>> Latina, se trata de um pool único compartilhado.
>>
>>
>>>>
>>>>> E mais do que ninguém, as empresas e organizações públicas não
>> deveriam
>>>>> fazê-lo.
>>>>>
>>>>
>>>> A distribuição de IPs no Brasil segundo as políticas e preços do
>> LACNIC é
>>>> feito por uma organização de direito privado, o NIC.br, não por uma
>>> empresa
>>>> ou organização pública…
>>>>
>>>
>>> Nic.br <http://nic.br/>, subordinado ao CGI.BR , criado a partir de um
>>> decreto da presidência da república, integrado por membros titulares e
>> seus
>>> suplentes, em sua maioria ligados a entidades públicas como Ministérios
>>> (Ciência e Tecnologia, Comunicações, Defesa, Anatel, etc), com alguns
>>> representasse do setor comercial.
>>
>>
>> O CGI.br não tem identidade jurídica, mas mesmo ele tem maioria de membros
>> do setor privado (12) e não de governo (9).
>> http://www.cgi.br/membros/
>>
>>
>>> Ainda sim, IPs não são mercadorias importadas, mas tão somente
>>> identificadores.
>>
>>
>> E por sinal, não são propriedade nem dos usuários designados, nem do
>> NIC.br, nem do LACNIC... são um bem comum universal. Não é IP que se está
>> pagando, e sim o uso dos mecanismos de gestão do sistema.
>>
>>
>>> Uma vez que aqueles destinados ao BR são gerenciados por empresas
>>> brasileiras,
>>
>>
>> Apesar de cobrados e analisados por uma organização brasileira,
>> efetivamente são geridos pelo LACNIC, baseado no Uruguai.
>>
>>
>>> deveriam respeitar a moeda nacional. Até porque, como mencionei, em
>>> “teoria” só podem ser anunciados a partir do Brasil, portanto explorados
>>> dentro do território nacional e sujeitos a moeda nacional e suas
>> correções
>>> e não o dólar.
>>>
>>
>> Só podem ser usados para atender brasileiros, mas podem ser anunciados a
>> partir de outros lugares, se tal característica constar da solicitação dos
>> recursos. Esse tema já foi abordado aqui na GTER pelo Patara.
>>
>>
>> Rubens
>> --
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