[GTER] Modelo de venda de transito no Brasil

Carlos Ribeiro cribeiro at telbrax.com.br
Mon Sep 15 12:35:42 -03 2014


Pessoal,

A idéia do Frederico é bem válida mas eu ainda vejo alguns problemas
estruturais em atendê-la. E olha que eu posso falar disso pensando nos dois
lados, porque a gente compra banda mas revende para provedores menores.

O grande problema do "95th percentile" para um provedor como a Telbrax é
que eu só consigo oferecer isso para o meu cliente se (a) eu for "tier 1" e
puder jogar tráfego excedente com custo zero, ou (2) dispuser do mesmo
mecanismo de "burst" no upstream. É um efeito cascata. Se eu tiver que
dimensionar minha rede para o pico, preciso repassar esse custo para a
frente, e fora isso a conta não fechar.

Parte do problema é que no Brasil, banda IP é mais caro do que transporte
(ainda). Isso dificulta as coisas.

Então, vivemos um problema de "ovo ou a galinha". Felizmente, o impasse
pode ser quebrado como já está sendo: primeiro, aumentando o volume de
tráfego nos PTTs e reduzindo o peso do upstream contratado; e segundo, com
a queda dos preços do IP, de forma que a conta seja dominada pelo
transporte. Acho que em cima disso o mercado vai evoluir muito, mas é
preciso ter paciência.

*Carlos Ribeiro*
*Sócio*
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www.telbrax.com.br

Em 14 de setembro de 2014 14:09, Rafael Possamai <rafael at gav.ufsc.br>
escreveu:

> Oi Kurt,
>
> PTTs regionais prometem, porem entendo que em algumas ocasioes a entrada de
> membros nem sempre eh livre? Se fosse 100% livre (entra e sai quando
> quiser, sem muita papelada), acho que rapidamente veriamos mudancas nas
> ofertas.
>
>
>
>
> 2014-09-14 11:13 GMT-05:00 Kurt Kraut <listas at kurtkraut.net>:
>
> > Olá Rafael,
> >
> >
> > Te dou toda razão e é justamente por isso que acho importante os PTT
> > regionais para compra de trânsito. Um lugar, um espaço físico em que mais
> > de uma operadora encontra mais de um cliente e lá a disputa de preço é
> > franca e aberta: todo mundo já fez os investimentos que precisam para
> > chegar lá, o que vier é lucro. Num PTT com múltiplos clientes potenciais
> e
> > múltiplos fornecedores de trânsito, entre vender link 95th percentil e
> > perder a venda, certamente vão optar pela primeira opção.
> >
> > Além dessa questão de oferta-procura, como múltiplos clientes podem ser
> > atendidos pelo fornecedor de trânsito pelos mesmos ativos e passivos de
> > rede, o CAPEX reduz, o OPEX reduz e ficam mais palatável manter a
> operação
> > com a rentabilidade que as grandes telcos estão acostumadas.
> >
> >
> > Abraços,
> >
> >
> > Kurt Kraut
> >
> > Em 14 de setembro de 2014 12:40, Rafael Possamai <rafael at gav.ufsc.br>
> > escreveu:
> >
> > > Fernando,
> > >
> > > Acho interessante sua ideia, mas por que vender 10mbps burstable se
> voce,
> > > como uma operadora no Brasil, pode enfiar 100mbps goela abaixo no seu
> > > cliente? A estrutura atrasada do pais nao garante competicao honesta e
> a
> > > comparacao com Europa e EUA nao eh muito justa (modelos sensatos que
> > > funcionam no exterior geralmente nao dao certo aqui). Nos EUA voce
> entra
> > > num DC carrier-neutral e o pessoal se joga em cima pra vender banda,
> pois
> > > todo mundo tem equipamento decente, fibra boa, caminhos diversos, e
> > varios
> > > revendendo com modelos de negocio bem interessantes. Da pra conseguir
> > > 100mbps unmetered da Cogent por U$500 por mes, e usar um link decente
> > como
> > > primario via TW Telecom por exemplo por $1500/mes.
> > >
> > > Soh meus 2cents aqui.
> > >
> > >
> > > Att.,
> > > Rafael
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > > 2014-09-13 19:05 GMT-05:00 Fernando Frediani <fhfrediani at gmail.com>:
> > >
> > > > Prezados colegas,
> > > >
> > > > Estive conversando recentemente com alguns amigos proprietarios e
> > > gerentes
> > > > de provedores de internet no interior do estado e citei sobre nossa
> > > > discussão aqui sobre a venda de transito em modo burstable  e com
> > medição
> > > > 95th percentile. Todos disseram desconhecer, acharam muito
> > interessante e
> > > > manifestaram desejo de poder contratar transito desta maneira mais
> > > flexível.
> > > >
> > > > Tenho uma sugestão a fazer a todos que também tem o mesmo interesse:
> > > > Contatem seus gerentes de conta e manifestem o interesse em
> > eventualmente
> > > > poder comprar transito desta maneira. Só leva alguns minutos.
> > > > Eu sei como isso funciona pois sempre trabalhei com desenvolvimento
> de
> > > > novos produtos e ofertas e vira e mexe o cara de vendas ou gerente de
> > > > contas vinha na minha mesa e dizia: "Este mês tivemos X numero de
> > > clientes
> > > > manifestando interesse em comprar determinado produto que não temos.
> > Será
> > > > que não está na hora de investigarmos a viabilidade de formatar e
> criar
> > > > isso como um produto ?"
> > > > Sendo isso um ponto mais cultural do que técnico, a partir dai é uma
> > > > questão de tempo até alguma empresa começar a oferecer dessa forma
> que
> > o
> > > > restante segue.
> > > >
> > > > Um abraço a todos.
> > > > Fernando Frediani
> > > >
> > > >
> > > > On 09/09/2014 12:31, Carlos Ribeiro wrote:
> > > >
> > > >> Eduardo,
> > > >>
> > > >> Sua situação não é tão ruim assim. Primeiro porque seu link já tem a
> > > filha
> > > >> necessária para garantir que você pode usar os 100% da banda mínima
> > (em
> > > um
> > > >> link normal, o limite prático seria de 80%, como já foi dito
> antes). E
> > > >> segundo, porque você fica muito mais preparado para gerenciar o
> > > >> crescimento
> > > >> futuro do consumo. Não é o mundo ideal, mas é melhor do que muita
> > gente
> > > >> consegue.
> > > >>
> > > >> Carlos Ribeiro
> > > >> Em 09/09/2014 07:38, "Eduardo Rigler" <erigler at gmail.com> escreveu:
> > > >>
> > > >>  Kurt,
> > > >>>
> > > >>> Pensei que só eu sonhava um mundo ideal com cobrança por 95
> > percentil,
> > > >>> banda efetivamente utilizada ou algo do gênero.
> > > >>>
> > > >>> Depois de muita negociação consegui ser cobrado dessa forma, mas
> para
> > > >>> isso
> > > >>> acontecer tive que contratar o link full com uma velocidade mínima
> e
> > a
> > > >>> banda adicional vem à parte com base no cálculo no 95 percentil.
> > > >>>
> > > >>> O contra é que a velocidade mínima que tenho que pagar como
> > "garantia"
> > > >>> já é
> > > >>> alta o suficiente à ponto de não passar o 95 percentil quase nunca,
> > > >>> fazer o
> > > >>> que :-)
> > > >>>
> > > >>>
> > > >>> []'s
> > > >>>
> > > >>>
> > > >>> Em 8 de setembro de 2014 11:22, Kurt Kraut <listas at kurtkraut.net>
> > > >>> escreveu:
> > > >>>
> > > >>>  Aloha,
> > > >>>>
> > > >>>>
> > > >>>>
> > > >>>> Tenho um cliente com um budget muito enxuto, daqueles de centavos
> > > >>>> fazerem
> > > >>>> diferença. Quando peço link com tarifação em 95 percentil para
> > gerente
> > > >>>> de
> > > >>>> contas, eles sempre reagem espantados sobre o porquê (ou
> > dizer/fingem
> > > >>>> não
> > > >>>> saber o que é). Quando explico que quero ter meu link principal e
> > > >>>> somente
> > > >>>> quando este falhar utilizar o de redundância mas sem ter que pagar
> > > >>>> tarifa
> > > >>>> cheia por um link ocioso, recebo sempre duas respostas:
> > > >>>>
> > > >>>> *1)* Nossa empresa não trabalha com esse tipo de link. Somente
> 100%
> > de
> > > >>>> banda garantida e pagando o preço cheio por ela.
> > > >>>> *2)* Nós somos melhores/mais baratos, contrate conosco o link
> > > principal
> > > >>>> e
> > > >>>> com outra empresa o de redundância.
> > > >>>>
> > > >>>> O problema do item 2 é que todo mundo adotando a mesma postura,
> > nunca
> > > >>>> consigo algum link de redundância :D Resultado? Por racionalização
> > de
> > > >>>> custos, pego um link de internet compartilhada e um link dedicado
> e
> > > fico
> > > >>>> sem poder usar de forma relevante um ASN próprio :/
> > > >>>>
> > > >>>> Passei por este problema com: Oi, Embratel, Vivo, Algar, GVT, UOL
> > > Diveo,
> > > >>>> WCS, Unitelco, Americanet e Level 3.
> > > >>>>
> > > >>>> Abraços,
> > > >>>>
> > > >>>>
> > > >>>> Kurt Kraut
> > > >>>>
> > > >>>>
> > > >>>>
> > > >>>> Em 8 de setembro de 2014 09:22, Alexandre J. Correa (Onda) <
> > > >>>> alexandre at onda.net.br> escreveu:
> > > >>>>
> > > >>>>  Nos primordios.... em 1997 a OI (Era Telemar AS7738), me vendeu
> um
> > > link
> > > >>>>> (não era ISP na época) com 95%... era uma velocidade bem modesta
> > > (128k
> > > >>>>>
> > > >>>> com
> > > >>>>
> > > >>>>> burst até 1M).
> > > >>>>>
> > > >>>>> Nunca mais tive noticias de produtos assim nas operadoras
> > nacionais..
> > > >>>>>
> > > >>>>>
> > > >>>>> On 06/09/2014 14:17, Rubens Kuhl wrote:
> > > >>>>>
> > > >>>>>  Completamente errado. O monopolio a elas garantido aqui faz com
> > que
> > > >>>>>>> estejam ainda na idade da pedra e sem incentivo nenhum para
> > mudarem
> > > >>>>>>> seus modelos de negócio. Neste quesito só algumas de fora se
> > salvam
> > > >>>>>>> (L3, NTT, Highwinds como alguém citou)
> > > >>>>>>> Aqui infelizmente a realidade é: quer mais, vai pagar a mais e
> > > >>>>>>>
> > > >>>>>> assinar
> > > >>>
> > > >>>> extensão de contrato por 12/24/36 meses.
> > > >>>>>>>
> > > >>>>>>>   Eu tinha burstable com a Oi-BrT (AS 8167) na região III(SP),
> o
> > > que
> > > >>>>>>>
> > > >>>>>> apesar
> > > >>>>>> de vir com erros na conta todo mês exigindo muito trabalho de
> > > >>>>>>
> > > >>>>> reclamação,
> > > >>>>
> > > >>>>> sugere que há sim espaço para conseguir isso com tais
> fornecedores.
> > > >>>>>>
> > > >>>>>>
> > > >>>>>> Rubens
> > > >>>>>> --
> > > >>>>>> gter list    https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
> > > >>>>>>
> > > >>>>>>
> > > >>>>> --
> > > >>>>> Sds.
> > > >>>>>
> > > >>>>> Alexandre Jeronimo Correa
> > > >>>>> Sócio-Administrador
> > > >>>>>
> > > >>>>> Office: +55 34 3351 3077
> > > >>>>>
> > > >>>>> Onda Internet
> > > >>>>> www.onda.net.br
> > > >>>>>
> > > >>>>> --
> > > >>>>> gter list    https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
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> > > >>>> gter list    https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
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> > > > gter list    https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
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