[GTER] Borda ideal para provedores

Uesley Correa uesley at gigalink.com.br
Fri May 9 07:25:54 -03 2014


Bruno,

          Vou poder dar meus 2 cents, pois conheço um pouco a estrutura da
NQT. Ela tem SCM e ASN, vende transporte, lambda, fibra apagada e Link IP.
A empresa que eu trabalhei tinha contrato de 4Gb com eles, entregues
picotados em vários locais diferentes. Não sei a questão de preço, mas,
funcionava. E tipo: tem a possibilidade de se, por exemplo, você vender um
link grande para um provedor usando fibra da NQT, eles irem lá e oferecerem
o mesmo serviço mais barato. Nunca vi acontecer, mas existe.
          Usam Datacom em 99% da rede, e provisionam toda a rede usando o
software da Datacom. Jogam a vlan no software, start device, end device e
ele provisiona tudo no meio do caminho. E migraram algumas estruturas
recentes que aumentaram muito de banda para MPLS.

Grato,


Em 9 de maio de 2014 00:05, Felipe Trevisan <fetrevisan at gmail.com> escreveu:

> Shine, Vamos discutir o assunto a exaustão. Essa é uma oportunidade de
> aprendizado para mim também.
> Eu nao sou um tecnico de redes. Conheço um pouco e consigo ir até certo
> ponto. A partir dali preciso pedir ajuda aos universitarios. Peço paciencia
> caso não consiga responder de pronto todas as questoes.
>>
>
>
> 2014-05-08 20:38 GMT-03:00 Shine <eshine at gmail.com>:
>
> > Oi Felipe,
> >
> > Obrigado pela paciência em discutir o assunto.
> > A minha participação aqui é puramente técnica, sem nenhum interesse ou
> > vínculo comercial. Eu não trabalho nesta área, o intuito é mesmo trazer
> > mais detalhes para me atualizar tecnologicamente.
> >
> > Ainda tenho mais dúvidas, se você puder esclarecer para nós da comunidade
> > agradeço...
> > >
> > Desculpe eu não fui claro... estava falando de ter um opex para o
> provedor
> > de serviços.
> > Ele vai ter que ter um procedimento operacional para cuidar da gestão da
> > rede, de registrar o cliente, de correlacionar o cliente dele com o
> serviço
> > prestado pelo provedor de rede.
> > Sei que não é relacionado diretamente com a sua estrutura, mas imagino
> que
> > seja um desafio operacional para o provedor de serviço.
> >
> > Esta dificuldade que vc menciona não é maior do que a enfrentado por
> muitos provedores atualmente. Como se provisiona um novo cliente? O mesmo
> processo pode ser replicado. Grande parte é automatizado.
>
> No momento que o provedor inicia seu relacionamento com o provedor de rede,
> ele define os produtos que vai oferecer, as velocidades e demais
> caracteristicas técnicas de cada um dos serviços. Define tambem valores
> para cobrar do cliente final, os textos que aparecem no site, o link para
> seu contrato de prestação de serviços, etc. Estes ultimos podem ser
> alterados pelo ISP livremente a qualquer tempo.
> Quando o cliente escolhe um determinado serviço daquele provedor, o sitema
> faz as associações automaticamente. No final do periodo o sistema emite um
> relatorio da quantidade de clientes em cada serviço e os valores que devem
> ser cobrados.
>
> Não tenho certeza se esclareci sua dúvida.
>
>
> > > Normalmente quem opera o DHCP é o provedor. O cliente passa pela rede
> do
> > > provedor de rede de forma transparente até os roteadores do ISP. Esta
> > > estrutura do ISP que gerou a duvida inicial desse thread.
> > > Existe uma opção no sistema para o provedor cadastrar seu bloco de IP
> > para
> > > cada tipo de serviço e o sistema do do "operador do unbundling"
> > administra
> > > e mantem os logs. Não é comumente usado mas daria para ser feito.
> > >
> > Na verdade se o DHCP passa transparente, o provedor de serviço tem que
> ter
> > um servidor DHCP na VLAN correspondente. Esse design tem alguns desafios
> > que precisam ser pensados, só para citar alguns:
> > 1) como restringir o acesso de vários clientes na mesma vlan? Claro que
> em
> > termos de velocidade ele já se provisiona, mas vamos pensar que a conexão
> > na vlan pode ter um bridging no cliente e ele pode ver vários
> dispositivos.
> > Como o provedor de serviços vai diferencial por qual circuito passa cada
> > cliente, como ele vai fazer o dimensionamento de pool? Existem
> alternativas
> > como relay e option 82, mas é em cima de rede roteada e aí tem implicação
> > de estrutura de camada 3.
> > 2) como evitar um rogue DHCP na rede?
> > 3) como evitar que um usuário use IP fixo e gere problemas de duplicação
> na
> > rede?
> >
> >
> 1) A configuração de cada serviço é pré-configurada também através de
> service profiles (eu atualizei aquele ppt e isneri a imagem da configuracao
> de um service profile). Nele vc limita a quantidade de ip´s permitidos.
> Confesso que estamos no limiar do que consigo responder tecnicamente e
> talvez precise pedir ajuda.
> As informações do option 82 podem ser repassados ao ISP.
> 2) Na VLAN dedicada ao provedor só vai haver o DHCP dele. As restrições são
> normalmente bloqueadas na porta do switch onde o cliente está conectado.
> 3) Não é o provedor que aloca o IP fixo do cliente? Ele teria de controlar
> de alguma forma.
>
>
>
>
>
> >    - Eu tenho mais dúvidas ainda. Como acoplar a rede dos provedores?
> > >       - O provedor tem um ou mais pontos de interconexao com os
> > >       equipamentos do provedor de rede. Pode ser feito através do PTT
> > > inclusive.
> > >
> > Bom, assumindo que ele recebe uma rede camada 2 do cliente diretamente,
> > acho que não dá para usar PTT não... com a palavra os mestres da lista.
> >
> > Q-in-Q? O PTT pode entregar cada provedor em uma porta do PIX. Este é
> conectado ao switch de interconexão normalmente. Tanto faz se o ISP esta no
> rack do lado ou através do PTT.
>
>
>
> >
> > >       - Porque haveria redundancia entre os provedores? O provedor deve
> > >       manter seus equipamentos funcionando. Pode optar por se
> > > interconectar em
> > >       mais de um ponto, mas a interconexao entre estes dois pontos do
> ISP
> > > é de
> > >       responsabilidade dele.
> > >
> > Você confiaria em uma única conexão entre o provedor de serviço e o
> > provedor de rede? Manter equipamento funcionando é obrigação, claro, mas
> > acho que o cliente não vai esperar reparar um equipamento de core ou uma
> > fibra que interliga o provedor de serviço e o provedor de rede...
> >
> > Não, nao confiaria em uma unica conexao. O provedor deve ter duas
> interconexoes. O provedor de rede disponibiliza as duas portas, seja no
> mesmo local ou em locais alternativos. Isso sim se parece com o PTT. O
> provedor pode chegar em dois PEX e pedir duas portas, uma em cada um. O
> modo de chegar em cada PIX é de responsabilidade do provedor.
>
>
>
>
>
> >
> > >       - Essa duvida faz parte da duvida inicial de como montar a borda
> > >       ideal. Este é um problema para o ISP resolver que eu estou
> querendo
> > > saber
> > >       como fazer tambem. O provedor de rede vai dar o tubo, a mágica é
> > > com o ISP.
> > >
> > Acho que entendi o modelo, mas ele traz uma série de desafios técnicos ao
> > provedor de serviços.
> >
> >
> Não entendo porque. O que muda em relação ao que ele faz? Como deveria ser
> entregue a conexao do provedor de rede para minimizar o trabalho do ISP?
>
>
>
> >       - Voce pode me envair as duvidas, ou entao marcamos um call.
> > >
> > Sem call... a dúvida não é para mim, mas para a comunidade. ;)
> >
>
> :-)
>
>
> >
> >
> > > *Se houver problemas na rede de acesso.
> > >       - Atualmente, se seu provedor te deixar na mao, vc liga no noc
> > dele e
> > >       abre um chamado, depois acompanha o ticket.
> > >       - Aqui vc vai acompanhar o ticket sem precisar abrir o chamado,
> > pois
> > >       voce terá acesso direto na mesma base de informação que o
> > > responsavel por
> > >       arrumar a rede (supondo que seja um problema de rede).
> > >
> > Mas operacionalmente o provedor de serviços precisaria de um staff
> técnico
> > de alta qualificação para poder acompanhar o problema... no final isso
> gera
> > mais custo para o provedor de serviço.
> >
>
> De novo, o provedor já não tem este tipo de pessoal em seus quadros?
>
>
>
> >
> >       - Nao tem filtro. A informacao trocada entre o provedor de
> serviços,
> > >       o operador do unbundling e o prorietario de rede é vista por
> todos.
> > > Todos
> > >       ficam ao par do que ocorre. Um novo tipo de relacionamento.
> > >
> > Isso se ambos entendem as informações... o que eu não contaria como
> certo.
> >
> >
> Bom, eu nao estava considerando isso como um problema. Talvez esta seja um
> dos pré-requisitos para o ISP poder particpar da rede.
>
>
> >
> >
> > >       - O ticket vai conter as informacoes. Elas sao enviadas pelas
> > equipes
> > >       responsaveis. O coordenador das equipes de campo pode alimentar o
> > > sistema.
> > >       - Tem razão. A experiencia mostra que a maior parte dos problemas
> > são
> > >       resolvidos pelo atendimento nivel 1 dado pelo proprio ISP quando
> > > o cliente
> > >       liga. O ISP nem abre o ticket no sistema compartilhado pois
> > > resolve dentro
> > >       de casa.
> > >       - Caso efetue todos os testes e não consiga resolver dentro de
> sua
> > >       estrutra, o ISP abre um ticket na plataforma e imediatamente é
> > visto
> > > por
> > >       outros envolvidos.
> > >
> > A idéia de deixar a plataforma aberta ao provedor de serviços é
> > interessante, mas isso demanda ter staff técnico adequado. E isso tem
> > custo.
> >
>
> A condição para o sistema funcionar é justamente estar aberta ao provedor.
> Não tem como ser diferente. Por isso o sistema foi criado em torno disso.
> Deve ser esta a duvida com relação ao alto acoplamento que o Rubens
> mencionou. Estou certo?
>
>
>
> >
> >
> > >    - O modelo seria por tempo de serviço ou por quantidade de dados?
> > >       - Este é um controle do ISP. O uso da rede é por usuario/por
> > >       serviço/por velocidade.
> > >       - Exemplo: um tubo de 100 Mb poderia custar 100 reais, o de 200Mb
> > 200
> > >       reais. IPTV adiciona mais 20, VOIP adiciona mais 5.
> > >
> > OK, simples. Mas dizendo que ele altere a velocidade por demanda do
> > usuário, isso precisa ter um sistema CRM bem sincronizado, fora um
> sistema
> > de auditoria... não me parece simples para o provedor de serviço, mas
> acho
> > que os colegas da lista estão mais atualizados do que eu... quem sabe
> > alguém escreve um artigo me dizendo o que evoluiu nesses anos...
> >
>
> O CRM e a auditoria fazem parte do sistema do provedor de rede, sem isso
> nada funcionaria.
> No sistema estao concentrados os dados do cliente, endereços, serviços,
> provedores e todo o historico de contratacoes, cancelamentos, upgrades e
> trocas. Informacoes de ativações, bloqueios pro falta de pagamento,
> liberacao apos pagamento ter sido efetuado, mudanças de endereços, enfim,
> tudo concentrado na plataforma.
>
>
>
>
> >
> >
> > >       - Como o sistema faria a auditoria de uso?
> > >       - O sistema é todo auditável. O provedor de rede somente
> monitora o
> > >       trafego das portas e se elas estao de pé. Garante que não haja
> > > gargalos
> > >       entre os nós, fazendo os upgrades neessários quando a capacidade
> > > demandar.
> > >    - Como seria a qualificação da qualidade de serviço, como seria a
> > tomada
> > >    de métrica do serviço?
> > >       - Pode haver uma configuracao geral dizendoq ue VLANs de voz tem
> > >       prioridade sobre as de dados dedicados, que tem prioridade sobre
> as
> > > de
> > >       dados compartilhados. Este tipo de filtro só é ativado se houver
> > > gargalo. A
> > >       idéia é que não haja gargalos.
> > >    - Coisas como jitter, latência, taxa efetiva de transferência de
> dados
> > >       - Mesmo caso da resposta acima.
> >
> > Então suponho que o provedor de serviço tenha acesso a uma ferramenta do
> > sistema que emula uma consulta SNMP nas portas e somente nas portas que
> ele
> > locou com o provedor de rede? E como isso é feito? O sistema emula um
> > serviço SNMP no espaço de gerência onde somente as portas locadas para o
> > provedor estão conectadas em tempo real?
> >
>
> Cada cliente esta conectado a uma porta. O procedimento é simples:
>
> ISP acessa o sistema
> Busca o cliente
> No Overview do cliente ele verá a porta e o switch onde o cliente esta
> conectado.
> Clicou no icone, o sistema faz uma consulta em tempo real ao switch e busca
> as informacoes. Vc fica sabendo na hora se a porta esta admin up, e com o
> cabo conectado, qual vlan, modo trunk ou access, trafego acumulado. Se ele
> estiver com DHCP ativado, ja ve o ip alocado ao cliente o mac address
> resolvido do que estiver conectado na ponta.
> Dependendo do switch, vc consegue fazer aquele teste para saber o estado
> dos cabos utp ou das fibras.
> O sistema mantem um grafico MRTG de cada porta ativa. Nesta mesma tela, o
> ISP poderia clicar e enxergar os graficos de consumo da porta, por dia,
> semana, mes e ano.
>
> Existem algumas CPE homologadas. Se o cliente estiver conectado através de
> uma CPE, o ISP enxerga o CPE e todas as suas portas. Vai saber por exemplo
> qual VLAN esta associada em cada porta do switch, qual esta com cabo
> conectado, quais linhas de telefone estao associados a portas SIP,
> controlar o SSID e ativar, desativar SSID´s remotamente.
>
>
>
>
> Abs,
>
>
>
>
> > --
> > gter list    https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
> >
> --
> gter list    https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
>



More information about the gter mailing list