[GTER] Iminência da Votação do Marco Civil

Douglas Fischer fischerdouglas at gmail.com
Tue Mar 11 10:47:45 -03 2014


Em 11 de março de 2014 10:13, Eng. Fabio Roberto <engfabiobaptista at gmail.com
> escreveu:

> O que eu vejo de problemas seria outros dois pontos:
>
> /a) Art. 9º O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o
> dever de tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem
> distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação. /
>
> Atualmente de acordo com o serviço prestado dentro da mesma modalidade
> podemos ter QoS diferentes para clientes residenciais, comerciais e
> empresariais. De acordo com esse texto, o tratamento deve ser o mesmo, ou
> seja, esse artifício já não poderia ser aplicado. Tudo bem que os
> responsáveis em fiscalizar não tem conhecimento para tal, mas sob o prisma
> das regras estipuladas nesse artigo, não poderia e ponto.
>
Existe exceção.
Para prestação de serviços como VOIP e similares, que demandam QoS, ele
podem ser sim implementados. Porém dependem de aprovação do usuário.

Sobre a priorização de determinados clientes em detrimento de outros, se já
fazes isso, te alerto que já está em prática ilegal.
Não sei lhe citar exatamente os aspectos jurídicos referente a isso, mas
são públicas diversas jurisprudências sobre tal.
Posso citar os casos de shaping da GVT e telefônica que deram muito pano
para manda do MP.

Pelo que me consta, o que se pode fazer nesse tipo de caso, é vender um
produto diferenciado.
Um exemplo seria teres um L2 diferenciado até seus upstreams para atender
clientes corporativos.


> /b) Art. 9º § 3º Na provisão de conexão à Internet, onerosa ou gratuita,
> bem como na transmissão, comutação ou roteamento, é vedado bloquear,
> monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo dos pacotes de dados./
>
> Nós provedores de conexão à internet (ISP), não poderemos mais utilizar
> ferramentas de monitoramento para fins de segurança na rede contra ataques,
> pois a maioria dessas ferramentas necessitam analisar o pacote e/ou seus
> conteúdos para saber se é um tráfego normal ou se é algum tipos de vírus ou
> malwares. Sabemos que alguns destes simplesmente se baseiam em DDOS com
> objetivo de derrubar a rede e mais nada, mas outros não possuem tal
> comportamento e aí que precisamos saber o conteúdo do pacote para
> analisarmos se é um tráfego útil. Uma simples análise de analisar
> quantidade de pacotes por segundo já infere esse artigo, uma vez que ele
> não distingue cabeçalho e dados do pacote (header e payload), mas o
> classifica de forma genérica.
>
Denovo o Marco tem exceção para isso.
Se não me engano existe exceção prevista para casos de falha de segurança,
e pelo que me lembro fala sobre a autorização ser explicita, sem cláusulas
impostas em contratos, parágrafos perdidos, ou letras miúdas.

>
> Agora quanto ao registro de conexão, acho mais que justo guardar pois isso
> serve para rastrear os indivíduos. Na minha opinião, o que não seria
> correto seria guardar o fluxo de cada conexão, aí sim estaríamos invadindo
> a privacidade, mas a conexão em si, ou seja, inicio e final da sessão e
> quantificação do período acessado acho muito bom, principalmente para fins
> de investigação da justiça sobre diversos tipos de crimes praticados hoje
> na internet e que muitas das vezes não é possível localizar os responsáveis
> pois não há uma lei obrigado o registro das conexões.
>

> Att.
>
>
> --
> ---
> Eng. Fabio Roberto
> S.O do Brasil Telecom
> (24) 9 9940-0814
>
>
>
> Em 10/03/2014 23:08, Paulo Henrique - BSDs Brasil escreveu:
>
>  Embora pareceu primariamente abrangir pura e exclusivamente a opnião
>> técnica, sinceramente não era esse o objetivo, se colocar a real
>> necessidade disso ou melhor a opinião clara de minha pessoa, espero que
>> sempre vá para o lado oposto, o que quero dizer é estar tentando novamente
>> resolver um problema no qual a solução é deles e não nossa.
>> Eles tem capacidade plena e total de analisar cada usuário, lei é lei e
>> pronto, agora eles não querem investir nisso, querem que vocês donos de
>> provedor, pais de familia façam isso.
>> Está mais do que na hora deixar a hipocrisia de lado e cobrar as devidas
>> providencias de quem realmente é o responsavel, e não nat não é o problema
>> é passivelmente logico e viavel a um custa satisfatorio de o governo
>> monitorar plenamente todas as comunicações da internet sem ter que usar
>> recursos de outros.
>>
>> Para responder a pergunta do companheiro, sim eu me coloco no lugar dos
>> outros, mais não quero cobrar de outros que não tem nada haver com o
>> problema a solução, e sim não tenho muito a que me orgulhar dessa opnião
>> que defendo
>>  é simplesmente a verdade clara e objetiva.
>> Att.
>> Em 10/03/2014 22:41, Rubens Kuhl escreveu:
>>
>>> Independente do que faça a capacidade de armazenamento mesmo com
>>>> compactação de formatos TXT será astronômicas, e não coloco isso como um
>>>> desafio para um provedor com 1000 usuarios mais considerando que a lei
>>>> valera para todos, imagina a telefônica com os seus 2 milhões de
>>>> usuarios,
>>>> um data-center, muito processamento e RH destinado somente para nos
>>>> monitar
>>>> !!
>>>>
>>>>  É por isso que soluções mais pensadas que evitem isso tendem a ser
>>> adotadas
>>> pelas operadoras, como a de controle de alocação de portas.
>>>
>>>
>>>  Deveríamos deixar a internet neutra não somente ao nível de trafego mais
>>>> sim a nível de monitoramento.
>>>> Não somos pagos para ser policiais do governo, se o governo quer isso,
>>>> ok,
>>>> mais que saia do bolso dele ( nossos impostos ) não dos nossos bolsos.
>>>>
>>>>  Não é governo (poder executivo), se aprovado isso representa a vontade
>>> da
>>> sociedade. Se até hoje os pequenos puderam usar arquiteturas com falha na
>>> capacidade de registro, isso não é direito adquirido em violar preceitos
>>> legais.
>>>
>>> Notar que pelo menos na versão que eu tinha visto, os operadores de
>>> acesso
>>> gratuito não tinham esse tipo de requisito. Já os que desenvolvem
>>> atividade
>>> econômica com isso, tem.
>>>
>>> Eles tem capacidade suficiente de fazer o que querem que nós fazemos e
>>>
>>>> recursos, penso eu , superiores ao que temos.
>>>> Não é colocar a cabeça no buraco e deixar o problema passar, é
>>>> simplesmente tomar um posicionamento, que no caso é o lado dos mais
>>>> fracos
>>>> economicamente dizendo.
>>>>
>>>> Opnião técnica !!
>>>>
>>>>  Opinião técnica é dizer qual o volume de storage necessário ou quais
>>> arquiteturas podem ser usadas para nem precisar de storage... e que é o
>>> foco de uma lista como a GTER.
>>>
>>>
>>> Rubens
>>> --
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>>
>>
>>
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Douglas Fernando Fischer
Engº de Controle e Automação



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