[GTER] Viramos piada na internet mundial
Flavio Amaral
famaral at netflix.com
Thu Sep 26 17:44:37 -03 2013
Quando falamos dos custos altos de banda e infra-estrutura no Brasil não há
uma única causa, existem N fatores que contribuem para que tudo seja mais
caro aqui. Começa com os altos impostos em equipamentos, depois em banda,
preço de obras para passar fibras, taxas para passar fibras em postes de
empresas de energia elétrica, cross conexões em data centers e por aí vai.
Equipamentos aqui custam pelo menos o dobro do que em outros países. No
último evento do LACNIC na Colombia vi em uma palestra que a Colombia tirou
impostos em equipamentos de TI e um dos resultados apresentados foi a
inscrição de milhares de desenvolvedores de apps nas app stores da apple e
google. Sem falar que investimentos em ampliações de redes ficaram mais
baratos.
Os preços de cross connexões em data centers aqui também são altos e tudo
isso vai no preço final. Neste caso, os próprios clientes podem resolver
negociando diretamente com os data centers. Muita gente se preocupa apenas
com preço de rack, energia e banda quando contrata serviços de DC. Basta
negociar com uma operadora e pedir para instalar uma cross para ter o
primeiro grande susto. Se isso for negociado *antes* de começar a operar no
data center, isso pode ser evitado. Senão, vai ser uma eterna queda de
braço. Pois quem passou por migrações de DC sabe o pesadelo que é migrar
ambientes que não podem sair do ar.
Para desenvolver a Internet no Brasil cada um tem que fazer a sua parte.
Toda caminhada começa com o primeiro passo. Que ele seja dado.
2013/9/24 Humberto Galiza <humbertogaliza at gmail.com>
> Falando em piada...mais uma da série:
>
> http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/09/1346657-espionada-dilma-quer-regulacao-internacional-da-internet.shtml
>
> Não conseguimos regular a Internet nem internamente, e já queremos dar
> exemplo ao mundo... :p
>
> Humberto Galiza
>
>
> Em 24 de setembro de 2013 18:29, Everton Marques
> <everton.marques at gmail.com> escreveu:
> > casfre at gmail.com
> >> Sem intervenção do estado, em um mercado em que há grande desequilíbrio
> >> de forças, os 'menores' serão massacrados e o mercado será dominado
> pelos
> >> poucos 'grandes' que sobreviverem. Pode não ser a melhor forma, mas
> ainda
> >> parece necessária.
> >
> > Oba, economia na GTER.
> >
> >
> > *O mito do monopólio natural: telefônicas*
> >
> > O maior de todos os mitos neste quesito é a noção de que os serviços de
> > telefonia são um monopólio natural. Economistas ensinaram a gerações de
> > estudantes que os serviços de telefonia são um exemplo "clássico" de
> falhas
> > de mercado e que a regulamentação estatal em nome do "interesse público"
> > era amplamente necessária. Porém, como recentemente demonstrou Adam D.
> > Thierer, não há absolutamente nada de "natural" em relação ao monopólio
> do
> > setor desfrutado pela AT&T nos EUA por várias décadas; foi tudo puramente
> > uma criação da intervenção governamental.
> >
> > Assim que as patentes iniciais da AT&T expiraram em 1893, dezenas de
> > concorrentes surgiram. "Ao final de 1894, mais de 80 novos e
> independentes
> > concorrentes já haviam conquistado 5% do mercado ... após a virada do
> > século, já havia mais de 3.000 concorrentes". Em alguns estados
> > americanos, havia mais de 200 empresas de telefonia operando
> > simultaneamente. Já em 1907, os concorrentes da At&T haviam capturado
> 51%
> > do mercado de telefonia, e os preços vinham apresentando uma queda
> > acentuada em decorrência desta competição. Ademais, não havia nenhuma
> > evidência da existência de economias de escala, e as barreiras de entrada
> > eram, obviamente, quase que inexistentes, contrariamente ao que defende a
> > teoria do monopólio natural.
> >
> > Fonte:
> > http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1309
> > --
> > gter list https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
> --
> gter list https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
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