[GTER] Lentidao no Youtube e Netflix
Flavio Amaral
famaral at netflix.com
Thu Aug 1 09:25:25 -03 2013
Um dos problemas do Brasil é a carga tributária em serviços de
telecomunicações que é a terceira maior do mundo(
http://www.teleco.com.br/tributos.asp). Outro problema é a mesma carga
tributária em equipamentos de TI, onde pagamos no mínimo o dobro para ter o
mesmo que outros países possuem. Com esses dois fatores em cena, vocês
ainda acham que é possível ter preços justos e é barato investir nas redes
dos provedores (que isso também reflete nos preços)?
Nos EUA, há estados que nem imposto em banda cobra. Os preços de
equipamentos lá são justos. Em alguns países asiáticos, o imposto de
importação é de 5 a 10%.
O governo desonerou impostos na linha branca e nos automóveis, porque não
faz o mesmo com equipamentos de telecomunicações? Os ganhos não seriam
maiores com mais gente acessando a Internet e consumindo mais serviços
(mais clientes de provedores, mais vendas on-line, comércio eletrônico
etc.) Sem falar que daremos condições para que mais empresas on-line possam
surgir. A Colômbia é um dos países da região que desonerou equipamentos de
TI e está colhendo bons frutos.
Não vejo a sociedade se mexer em relação a isso. Vou a enventos do setor e
vejo muito pouca gente reclamar dessa situação brasileira. Parece que nos
acostumamos a pagar caro por tudo e não queremos mudar isso. O Brasil
deveria ter preços de equipamentos similares aos EUA e ponto final.
Deveríamos lutar por isso. Com isso resolvido, o preço da banda já cairia
um pouco (seria mais barato investir) e poderíamos ver como trabalhar as
desonerações para reduzir ainda mais. Nos EUA é possível encontrar preço de
banda em torno dos 2 dólares o Megabit. Já paramos para pensar o que
conseguiríamos se tivessémos no Brasil essas mesmas condições (equipamentos
+ banda)?
Se queremos tratar das consequências, devemos conhecer as causas.
Questionar o porquê de tudo aqui ser mais caro e entender as razões é o
primeiro passo.
Flávio
2013/7/31 Roberto Alcântara <roberto at eletronica.org>
> Rafael, essas comparações entre países sao muito complicadas. A situação
> do Japão, que é do tamanho de um estado do Brasil, é completamente
> diferente em uma série de aspectos. Com os americanos também.
>
> Querer uma conexão maravilhosa com um preço baixo e para todo mundo, óbvio
> que eu quero. Mas a situação atual do país e da rede que existe, não vai
> permitir. Isso é um fato.
>
> Então se escolhermos uma lei para regular este ponto, o preço vai subir
> para quem usa pouco. E no Brasil existe muita gente que precisa dos preços
> mais baixos para ter algum acesso à Internet. Limitar a cota de tráfego é
> uma forma. Das existentes e praticadas no mercado é a melhorzinha, pelo
> menos está clara no contrato e você possui opções sem o limite para
> contratar, se assim desejar.
>
> A neutralidade, por outro lado, IMHO é essencial e factível. Prefiro
> focar neste ponto, que me parece ser o típico caso que você descreve,
> aonde o tráfego está sofrendo dificuldades dependendo do seu destino,
> deliberadamente.
>
> Sds
>
>
> Em 31/07/2013 19:07, "Rafael Koike" <koike.rafael at gmail.com> escreveu:
>
> > Na verdade Roberto, se você observar países como EUA e Japão o preço é
> > justo e a banda também.
> > Infelizmente no Brasil temos o famoso "custo brasil" no qual as empresas
> > percebendo que seus consumidores brasileiros pagam qualquer coisa que
> lhes
> > entreguem vendem produtos inferiores a preços mais altos.
> > Ou seja, você se conformar em pagar um plano mais barato mesmo que
> > "limitado" não é algo que nós devemos buscar.
> > Muito pelo contrário, se existe algo lá fora melhor, devemos buscar o
> mesmo
> > ou superá-los. (Claro que vai ser difícil superar os EUA)
> > Mas com certeza não devemos achar que aqui tudo é mais caro e por isso é
> > mais difícil de conseguir e por isso temos de nos conformar com isso.
> > Não é certo as alterações na lei do marco civil, assim como não acho
> certo
> > o que algumas operadoras tem feito com o YouTube e Netflix.
> > O problema é que no caso das operadoras a questão é mais complicada
> porque
> > cada uma paga seu custo para manter a infra-estrutura e transportar
> trafego
> > de outros na sua rede gera custos que muitas vezes não são interessantes.
> > O link com o artigo explica muito bem isso pois há muitas vezes uma
> tráfego
> > assíncrono entre quem envia dados e quem recebe, o que gera as discussões
> > de por que devo aumentar minha banda se é voce quem está demandando mais.
> > Só que o mais engraçado nisso tudo é que lá fora o custo de aumentar
> banda
> > representa 0.02% do que se fatura e mesmo assim gera uma briga dessas.
> > Anyway, não acho justo cobrar por "dados" trafegados.
> > Inclusive imagine você baixar uma ISO de links com 1GB e no final ela
> > estiver corrompida. ( O provedor vai creditar 1GB depois para você da sua
> > franquia?)
> > Percebe que não rola assim?
> >
> >
> >
> > Em 31 de julho de 2013 08:56, Roberto Alcântara
> > <roberto at eletronica.org>escreveu:
> >
> > > Senhores, respeito a posição de todos, mas não acredito que isso seja
> > > caracterizado como quebra da neutralidade.
> > >
> > > O recurso é escasso - não existe banda ilimitada nem faixa de
> frequência
> > > disponível infinita - e, na minha opinião, é aceitável haver a
> distinção
> > > quanto ao consumo. Eu utilizo no móvel um plano com essa
> característica e
> > > me atende. Pago mais barato por isso.
> > >
> > > Eliminar essa possibilidade significa aumentar os preços globais. Eu,
> que
> > > uso muito pouco tráfego no telefone, precisaria pagar um plano com o
> > dobro
> > > ou o triplo do valor pelo plano "sem franquia". Como consumidor seria
> > > prejudicado, pois não preciso de franquia ilimitada. Eu quero ter a
> opção
> > > de pagar menos para usar o que me atende.
> > >
> > > A neutralidade seria quebrada se a diferenciação da banda fosse feita
> > > baseada no conteúdo ou origem/destino. Nesse caso sim, concordo que
> não é
> > > aceitável.
> > >
> > > sds,
> > > - Roberto
> > >
> > >
> > >
> > >
> > > - Roberto
> > >
> > >
> > > 2013/7/31 Rafael Koike <koike.rafael at gmail.com>
> > >
> > > > Veja com seus próprios olhos:
> > > >
> > > >
> > >
> >
> http://info.abril.com.br/noticias/internet/2013/07/alteracao-no-marco-civil-autoriza-internet-lenta.shtml
> > > >
> > > >
> > > >
> > > > Em 30 de julho de 2013 23:07, casfre at gmail.com <casfre at gmail.com>
> > > > escreveu:
> > > >
> > > > > 2013/7/30 Rafael Koike <koike.rafael at gmail.com>:
> > > > > > E para piorar os nossos queridos politicos aceitaram fazer uma
> > > > alteração
> > > > > no
> > > > > > marco civil da Internet onde os provedores não serão mais
> > > responsáveis
> > > > > pela
> > > > > > entrega de velocidades minimas. (Um total retrocesso brasileiro e
> > um
> > > > > enorme
> > > > > > prejuizo para os consumidores).
> > > > >
> > > > > Isso já passou e foi aprovado?
> > > > >
> > > > > Obrigado.
> > > > >
> > > > > Cássio
> > > > > --
> > > > > gter list https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
> > > > >
> > > > --
> > > > gter list https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
> > > >
> > > --
> > > gter list https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
> > >
> > --
> > gter list https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
> >
> --
> gter list https://eng.registro.br/mailman/listinfo/gter
>
More information about the gter
mailing list