[GTER] Ptt free

Juliao Braga juliao at braga.eti.br
Fri Apr 12 17:28:55 -03 2013


O debate está interessante, o que me anima adicionar algumas ponderações.

1. PTT é Ponto de Troca de Tráfego.

2. Uma coisa é, por exemplo, juntar um grupo de provedores com interesse
de baratear o custo do trânsito. Pensar em criar um PTT com este
objetivo, não faz sentido e torna a solução muitíssimo mais cara.
Compartilhamento de trânsito se faz via roteadores, inclusive
remotamente, como sabemos. Há soluções baratas por ai. Conheço diversos
grupos de provedores que já fazem assim.

3. Mas, se existe um PTT no qual um grupo de provedores já troca
tráfego, claro que a possibilidade do trânsito se torna mais barata, uma
vez que haverá demanda via os participantes do PTT. Neste caso, uso do
trânsito é feito via acordos bilaterais, mesmo que haja milhares
utilizando o trânsito.

4. Se há um ambiente para troca de tráfego (aka, PTT), e se for
disponibilizado neste ambiente, algum recurso além da troca de tráfego
(p. ex., um servidor cache), já não se tem mais um PTT. Tem-se outra
coisa. Quem sabe, Ponto de Apoio para Ações entre Provedores (PAAP),
exemplificando. O gerenciamento de um PAAP excede ao já complicado
gerenciamento de um PTT.

5. Quem entende de PTT no Brasil é o Nic.br, para nossa felicidade. Anos
de experiência. A experiência visível de um PTT não gerenciado pelo
Nic.br é o Terremark. O Terremark é muito mais do que um PTT, como
sabemos e por isto ele é chamado de Terremark e não de PTT. E, ele se
tornou viável, na época, porque adotou um PTT já existente. Depois,
viabilizou-se pelo imenso "datacenter", ou em outras palavras, um
considerável aporte de capital. Fosse ele um PTT, puro e simples, já
teria sido defenestrado há muito tempo. Esta é a visão simplista e
parcialmente política.

6. Entrar em um PTT remotamente localizado tem sido uma opção viável
para muitos provedores. A principal motivação é o trânsito barato, a
partir de alguns PTTs, em acordos bilaterais (frise-se). A aritmética é
simples transporte + transito_bilateral_em_um PTT <<<...<
trânsito_local. Conheço, também, muitos provedores que fazem isto.
Aliás, o tráfego em um PTT como o de São Paulo já torna-se viável sem
trânsito. Traz economia de demanda de trânsito local: Google, Netflix,
Yahoo, etc. Assim, a fórmula aritmética anterior pode ser melhor
interpretada.

7. O Nic.br é uma instituição fechada, na ótica dos provedores (pequenos
e médios). Vê-se que há problemas para atender a demanda de PTTs. O
Nic.br não responde e-mails sobre isto, é certo, ou nos oferece
argumentos comuns, como por exemplo em outras demandas como o telefone
do INOC-BR e já citados em mensagens anteriores. Entretanto, venhamos e
convenhamos, o Nic.br tem sido eficiente no que nos aparenta e atinge.
Falta aos provedores um acesso mais formal via uma representação
efetiva. Aparentemente, também.

8. Fechado, mas com a eficácia satisfatória, o que os provedores deviam
fazer era ajudar o Nic.br a se abrir. Claro, via a representação efetiva.

[]s, Julião



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