[GTER] BGP

Rafael Cresci cresci at gmail.com
Fri Mar 30 19:16:17 -03 2012


Rubens,

1) Seus emails para a GTER e caiu estão caindo sempre na caixa de Spam do meu Gmail, curioso, outros usuários do Gmail que mandam para a lista não caem no Spam.

2) É compreensível de 2 lados: 
Por um lado, o técnico, isso garantiria em tese a integridade dos anúncios, mas isso já vimos que não impede o hijacking dos prefixos, fora do Brasil, portanto, é completamente ineficaz hoje em dia. Naquele tempo, quando a EBT era o único backbone do país por ser a única operadora, ninguém tinha a opção de NÃO ser cliente deles, direta ou indiretamente.

Já pelo outro lado, o de estratégia comercial, isso funciona num monopólio, porém aí creio que o bom-senso do LIR (no caso o NIC.BR) deveria restringir o tamanho das alocações para estes ASNs que nào permitem anúncios para multihoming, pois não só "atrasa tecnologicamente" como causa um desperdício de IPs. Creio que estes blocos enormes /16-/19 de Embratel e Telefonica e Oi e o mais que caiam neste quesito (não poder ser anunciados pelos clientes destas, para outras redes, de modo a poderem ter redundância e multihoming) poderiam ser melhor utilizados se delegados diretamente às entidades finais interessadas, seja como end-user, seja como ISP multihomed.  O entendimento do que seria "alocação eficiente" já está mudando; já tem datacenter mudando alocação inicial de /29 por cliente/VLAN para /30 por servidor individual. Talvez a moda agora passe a ser olhar para a otimização dos anúncios dos blocos já existentes, antes de se delegar novos blocos.

Nisso, eu acho que ajudaria que o pedido de alocação mínima direto ao NIC.BR fosse possível de ser de prefixos mais longos do que /22. Talvez essa regulamentação tenha sido feita inicialmente pensando em provedores de acesso (onde um /22 é até brincadeira de criança); mas para provedores de conteúdo/hosting, nem sempre fica fácil justificar um /22 logo de cara, mas talvez um /24 ou um /23 fosse factível, e já daria para anunciar sem problemas.
Dá quase no mesmo que os IPs "sobressalentes" por exemplo da Cogent/PSINet (38/8) e Level3 (3/8 e 8/8) que estão sobraaaando. Inclusive agora todo mundo está querendo abrir contratinhos mínimos com estes dois carriers, só pra poder garantir suas alocações extras, que serão sim anunciadas para os outros carriers principais destes clientes.

Não sei se isso já foi discutido em um GTER anterior ou no processo de policy-making, portanto, posso estar ressuscitando assunto surrado de porrete, morto e enterrado.

Just my $0.02.

[]s
Rafael Cresci

On 30/03/2012, at 17:44, Rubens Kuhl wrote:

> 2012/3/30 Rafael Cresci <cresci at gmail.com>:
>> Não há nada tecnicamente falando que impeça (e nem na regulamentação por parte dos RIRs), se ele tiver autorização dos detentores do bloco.
>> Nos EUA é inclusive muito comum, essa autorização se chama LOA (Letter of Agency).
>> 
>> O que não quer dizer que as operadoras sejam forçadas a aceitar, ou que as detentoras sejam forçadas a autorizar, não o são. Parece que a política de algumas operadoras brasileiras é negar, mas não sei com que bases.
> 
> Já nos primórdios a Embratel se posicionou contra isso e sempre deixou
> bem claro que jamais emitiria uma autorização dessas para o CIDR dela.
> Provavelmente por isso se tornou default do mercado não permitir.
> 
> Notar que com RPKI essa autorização vai precisar ser manifestada de
> forma técnica também em ROAs, mas será possível pelo que entendi.




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